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↳ ❝ 𝗝𝗲𝗳𝗳 𝗦𝗮𝘁𝘂𝗿, um cantor que batalhou arduamente para conquistar seu lugar na indústria do T-pop, jamais imaginou que um simples comentário em uma entrevista pudesse gerar tanta repercussão. Sempre reservado e cuidadoso para mante...
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Ainda não são sete da manhã e eu já estou de pé, preparando o café. Dormi pouco ontem à noite e pensei bastante na conversa que tive com Barcode. Cheguei à conclusão de que sim, eu irei contar sobre como me sinto. Por tudo o que vivenciamos nos últimos dois anos e pelo sexo incrível ontem, não há como continuar negando o que está óbvio. Posso não ter certeza dos seus sentimentos sobre mim, mas há algo ali; não há como eu estar enganado sobre isso. Talvez ele só esteja com medo do que isso possa acarretar, e eu não tiro sua razão.
- Hm, que cheiro bom - ouço sua voz rouca, seguida dos seus braços envolvendo minha cintura. - Bom dia.
- Bom dia - respondo, virando-me para deixar um beijo em sua bochecha. - Senta, já vou servir.
Ele devolve o beijo e se afasta, sentando e colocando as mãos sobre a mesa, como um bom garoto. Rio, transferindo os ovos mexidos para um prato. Encho dois copos com suco e retiro os bacons da frigideira.
- Não quer ajuda? - Ele oferece e eu recuso gentilmente.
- Aqui, espero que goste - digo, deslizando o prato com bacon e ovos para ele.
- Se não for pedir muito, eu gostaria de algum talher - diz e eu bato a mão na testa, repreendendo-me.
- Merda, sim.
Abro a gaveta e pego tudo que preciso, entregando a ele e sentando-me ao seu lado. Ele agradece e ao invés de provar, ergue a colher com uma pequena porção para mim.
- Obrigado - agradeço, timidamente.
Ele dá de ombros, comendo. Durante um tempo, comemos em silêncio. Estou reunindo coragem para confrontá-lo. Somente uma coisa tenho certeza, a partir de hoje, seremos namorados ou verdadeiros inimigos.
- No que você tanto pensa? - ele pergunta, empurrando o prato vazio para o lado.
Suspiro, encarando o meu prato quase intacto.
- Esse provavelmente não é o momento certo, mas bem, foda-se, eu gosto de você - digo de uma vez.
- Também gosto de você, Jeff.
- Não, Barcode, eu... Eu gosto de você bem mais que um amigo. Na verdade, não sei se um dia realmente fomos amigos. Eu não beijo meus amigos, tampouco transo com eles. Eu gosto de você.
Ele engole em seco, desviando o olhar. Isso é um mau sinal, mas mantenho-me firme. Agora que falei, não há como retirar minhas palavras.
Coloco a mão sobre a sua, atraindo seu olhar para nossas mãos entrelaçadas.
- Quando disse que estava cansado ontem, eu falei disso. Cansei de fingir que não sinto tanto quanto eu sinto.