𝗥𝗜𝗩𝗔𝗜𝗦 𝗡𝗢 𝗢𝗡, 𝗔𝗠𝗔𝗡𝗧𝗘𝗦 𝗡𝗢 𝗢𝗙𝗙

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Estou cansado e a premiação está longe de acabar. Minha categoria será anunciada em breve, mas não posso ir para casa imediatamente; independentemente do resultado, haverá um after-party e eu não posso faltar. Vou lançar meu estúdio em breve, e para isso, preciso de pessoas influentes para me apoiar. Festas como essa são sempre boas para se formar vínculos empresariais.

Há muitas pessoas e muitos cheiros diferentes, o que está mexendo comigo. Estou sentado para evitar cair e causar um alvoroço. Deveria estar socializando, mas o pequeno ser no meu interior parece ser avesso a isso.

Acaricio minha barriga, adorando sentir a pequena elevação. Depois do susto inicial, estou começando a aceitar melhor a ideia de que serei pai. Meus próprios pais contribuíram muito para isso. Antes de vir, minha mãe mandou mensagem perguntando como estamos.

Não muito longe de onde estou, Barcode está conversando com alguns produtores; Pond está ao seu lado, o que não é novidade, e quase colada a ele está Fryda, a modelo que não o larga por nenhum segundo. É visível seu desconforto. Não duvido nada que Pond esteja forçando essa relação, aproveitando-se da covardia de Barcode para empurrá-lo em mais uma enrascada.

- Que pai eu fui arranjar para você, filhote - sussurro, balançando a cabeça. Quando olho na direção de Barcode, encontro ele me encarando. Não desvio o olhar, mantendo-me firme mesmo que por dentro meu coração esteja batendo estupidamente rápido.

O apresentador finalmente sobe ao palco para anunciar os vencedores da próxima categoria. As luzes diminuem, e a sala fica em silêncio. Meu nome é chamado como um dos indicados, e sinto um frio na espinha. Olho para Barcode novamente, e ele está com os dedos cruzados, como se me desejasse sorte. Eu sorrio, mas rapidamente paro ao me lembrar do grande idiota que ele é.

- O grande vencedor é... - o apresentador faz suspense - Jeff Satur.

Aplausos ecoam pelo salão enquanto levanto. Agradeço primeiramente aos meus fãs que estão no andar de cima e, em seguida, a todos os presentes. Caminhar até o palco é mais difícil do que imaginei. Cada passo parece um esforço monumental, e sinto meu estômago revirar. Preciso disfarçar meu desconforto, mas a náusea é intensa.

Ao subir ao palco, me forço a sorrir. A luz intensa dos refletores me cega momentaneamente, e os aplausos parecem ensurdecedores. Pego o troféu das mãos do apresentador e me viro para o microfone.

- Boa noite a todos. - Minha voz soa firme, apesar do tumulto interno. - Quero agradecer aos meus fãs, que são a razão de eu estar aqui hoje. Sem vocês, nada disso seria possível. Agradeço também à minha equipe, que trabalha incansavelmente para tornar tudo isso realidade.

Faço uma pausa para respirar, tentando controlar a tontura. Olho para a plateia e vejo Barcode ainda me observando, um misto de surpresa e... orgulho? Tento não me prender a isso.