3- 16 chamadas perdidas

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Luana's pov- 12:59 PM
DEPOIS DA BATALHA DO ANA Rosa, ontem. Eu fiquei bem animada pra rever o pessoal, gostei bastante deles, principalmente do Barreto, do Bask e do Apollo, sem contar a Lili e a Nath, que são maravilhosas!

Eu peguei o insta de regal, e de alguns o Whatsapp também. Só fiquei meio chateada por não ter pegado o número do Dropê, não que eu esteja 'cegamente apaixonada por ele' ou, 'amor a primeira vista' muito pelo contrário, eu só achei ele intrigante, digamos assim. E eu não sei exatamente o que me faz prestar tanta atenção nele, ele só, parece ser um cara interessante, só isso.

Eu nunca me dei muito bem com o amor, relacionamento sérios, também não são pra mim. E faz muito tempo que eu me relacionei seriamente com alguém. E da última vez não deu certo. Vinícius, é o nome do cara que me traumatizou. Nós terminamos ano passado, quer dizer, eu terminei com ele. Ele era ciumento, e muito abusivo, e eu não notava, eu tinha uma dependência emocional muito forte. Não largava dele por nada no mundo, até, a Vitória minha amiga, ter um papo sério comigo, e nisso, falamos sobre tudo que poderia se tornar pauta entre nós, principalmente o Vinícius. Nesse mesmo dia, terminei com ele. Nós nunca mais nos vimos depois disso, mas ele ainda me mandava uns mensagens, até um dia desses.

Eu estava na casa da minha mãe, vim ajudar- la a fazer as malas, porque amanhã, ela viaja pra Itaquera, visitar a minha vó que estava doente.

Eu até pensei em ir junto dela, mas não sei se sou forte o suficiente pra ver a minha vó naquele estado. Faz 6 meses que descobrimos que ela está com câncer de pulmão, e eu não vou na casa dela desde então, tenho medo do que eu posso encontrar por lá. Sempre fui muito ligada a minha vó, e a ver assim, pode me fazer um mal gigante.

S: Filha, pode pegar minha escova de dente, ela está no banheiro.- A mais velha diz, enquanto dobrava algumas roupas.

-Posso sim.- Confirmo, e logo vou até o local.

Pego a escola na qual minha mãe tinha pedido, e vou pro seu quarto.

-Aqui.

S: Obrigada, meu amor.- Ela pega o objeto, e volta a dobrar as roupas.

-Quanto tempo a senhora pretende ficar lá?

S: Não sei, acho que até a segunda quimioterapia, ou mais, não sei.

-Entendi... Vai demorar, né?- Ela confirma com a cabeça.

S: Filha, vamos comigo. Sua vó ficaria feliz em te ver...

-Não! Eu não quero ir, eu não tô pronta pra ver aquilo.

S: Filha, o "aquilo", é a sua vó! Que mais do que nunca, precisa do apoio da família dela.- Ela diz dando ênfase no "aquilo".

-Por isso que a senhora tá indo, não é não?- Ela nega com a cabeça.

S: Luana, isso é ridículo! Como você vai se negar em ver sua vó, que por sinal, está com câncer?

-Me negando, é simples, não é? Me desculpa se eu não consigo ver ela naquele estado, eu não consigo!

S: Ela pediu pra você ir, e você não vai? Ela precisa de nós.

-E COMO EU POSSO AJUDAR NISSO? ME RESPONDE, VAI!- Não consigo evitar gritar, perco a paciência que eu nem percebo.

S: OLHA O TOM COMIGO, VOCÊ ME RESPEITE!- Respiro fundo e conto até 10 mentalmente.

-Eu só... Não vou.

S: Você é uma orgulhosa, que só faz suas vontades! Eu tô cansada disso tudo. Você tá' ficando igual ao seu...

Sua cabeça quenteOnde histórias criam vida. Descubra agora