- Capítulo Cinco

239 28 0
                                    

CAPÍTULO CINCO: PARTE UM ONDE O PASSADO GANHA VIDA


SILAS OBSERVOU JACOB CAMINHAR EM DIREÇÃO À FOGUEIRA. O shifter foi até o meio das árvores com um pouco de madeira nos braços e jogou-o no chão. Ele compartilhou um olhar com o vampiro mais velho e depois olhou para Benjamin, que sorriu e usou seus poderes para produzir fogo com a ponta dos dedos e jogou-o na madeira, as chamas os cobrindo segundos depois.

— É disso que estou falando. Uma pequena fogueira antes da batalha. Contar histórias de guerra. Jacob sorriu sentando-se em um dos troncos, sentando-se ao lado de Silas, que acenou para ele com um sorriso malicioso.

— Ou apenas parados ali como malditas estátuas. Silas bufou alto quando Jake o cutucou com uma risada. Uma rajada de vento soou e Silas revirou os olhos de brincadeira quando Garrett apareceu diante deles, com um sorriso malicioso nos lábios.

— Cite qualquer batalha americana. Eu estava lá. Ele se vangloriou, inclinando-se em direção ao fogo e sorrindo amplamente, fazendo Silas rir divertido.

— Pequeno Bighorn. Disse Jacob

— Cheguei tão perto de morder Custer.  Ele mostrou a distância entre o polegar e o indicador. — Mas os índios o pegaram primeiro.

Kate estava lá um segundo depois, empoleirada no colo de Garrett com um sorriso malicioso no rosto.
— Experimente o ataque de Oleg a Constantinopla. Ele não venceu sozinho.

— Se você está falando de batalhas, está falando da Guerra dos Onze Anos. Ninguém se rebela como os irlandeses. Liam, um vampiro do clã irlandês, falou, fazendo Tiana olhar para ele com uma sobrancelha levantada onde ela estava sentada entre as pernas de Cecília no chão frio.

— Você perdeu a Guerra dos Onze Anos. Ela e Garrett disseram isso ao mesmo tempo, fazendo com que algumas risadas surgissem das pessoas ao seu redor.

— Sim, Liam sorriu. — Mas foi uma rebelião e tanto.

Silas sorriu quando Peter se juntou a ele no tronco, o homem de cabelos compridos compartilhando o olhar.

SILAS E SEU COVEN SENTAM-SE PARADOS ENQUANTO OS ROMANOS CONTARAM SUA HISTÓRIA. Cecelia revirava os olhos de vez em quando enquanto Peter apenas sorria divertido. Tiana tremia de risada silenciosa o tempo todo, ganhando um olhar severo do mais velho do clã.

— Quando governamos, tudo veio até nós. Presas, diplomatas, buscadores de favores. Tal era o nosso poder. Mas nunca colocamos chapéus brancos e nos chamamos de santos. Vladimir disse, sentando-se ereto enquanto deixava seu olhar vermelho percorrer as testemunhas.

— Fomos honestos sobre o que éramos. Stefan acrescentou, com um aceno de cabeça – seu corpo ligeiramente tenso.

— Ficamos parados por muito tempo. Não percebemos que estávamos começando a ficar petrificados. O loiro cinza suspirou inclinando-se levemente para frente com os braços apoiados nos joelhos.

— Talvez os Volturi nos tenham feito um favor quando queimaram nossos castelos. Stefan falou tristemente antes de balançar a cabeça e olhar para Vladimir, acenando para o amigo que retribuiu o gesto.

— Esperamos 1.500 anos para retribuir esse favor. Há muito tempo que estamos prontos para a batalha. Vladimir terminou com um rosnado nos lábios.

— Bem, para começar, os Volturi tinham todo o direito de fazer o que fizeram. Cecilia murmurou ganhando um tapa na nuca do irmão mais velho.

Stefan zombou da morena e Silas rosnou com os olhos ficando obsidianos. — É claro que você e sua família concordariam.

— Eu poupei sua vida há 10.000 anos, Stefan. Silas sibilou, os olhos encarando o vampiro romeno. — Não me faça me arrepender agora.

Todos podiam sentir a tensão que girava em torno dos dois clãs. Eles também podiam sentir um medo sombrio fervilhando ao seu redor.

— Então Silas, Jake falou, fazendo com que o homem mais velho olhasse para ele, os olhos voltando ao vermelho.
— Qual é a sua história?

Silas ergueu uma sobrancelha, enquanto Cecilia zombou. — Ótimo, agora vamos ficar aqui por horas.Ela murmurou baixinho, sibilando quando Silas chutou sua canela.

— Não me lembro muito de como me transformei, mas lembro-me de ter ido procurar Cecilia. Eu a transformei, depois viajamos por alguns milhares de anos antes de conhecer um homem. Os olhos de Silas se estreitaram. — Ele era ambicioso e pensei que talvez ele tivesse alguma utilidade como vampiro, mal sabia eu que iria me arrepender dessa decisão.

— Ele viajou conosco antes de encontrarmos outro homem que eu transformei. Cecelia falou rosnando baixinho.

— Então eles encontraram a mim e ao meu irmão mais velho. Estávamos viajando sozinhos, indo para os mercados, quando Silas nos encontrou. Eu havia levado um tiro de um bandido e estava sangrando, então ele entregou a mim e ao meu irmão. Peter acrescentou com um encolher de ombros.

— Quando vimos como o mundo estava um caos, proclamei que deveríamos ter um novo governo vampiro e todos os nossos novos membros concordaram. Embora o poder subisse à cabeça. Silas suspirou, encontrando os olhos de Carlisle e o loiro assentiu.

— Aro enlouqueceu por poder, e Caius não ficou muito atrás. Cecília riu.
— Aquele loiro não sabe quando parar de fazer birra.

— Espere, então vocês dois fundaram os Volturi?!Emmett ficou boquiaberto e os irmãos assentiram.

— Mhmm. Embora tenhamos saído depois de um tempo, Aro estava começando a nos deixar loucos. Cecília murmurou.

— Eu deixei meu irmão para trás, Marcus disse que todos eles compartilhavam um vínculo de irmão de alma e por mais que eu odeie Caius e Aro, não quero machucar meu irmão. Peter murmurou.

Edward encontrou os olhos de Silas. — Então, se Aro temeria alguém, seria você.

Silas deu-lhe um sorriso cruel.
— Correto, Edwrd.

✓ | NYCTOPHILIA - Jane Volturi  - TRADUÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora