Capítulo 3

13 0 0
                                    

Depois daquilo todos nós corremos para a ala hospitalar, eu não me importava em esbarrar em algumas pessoas e gritar ou murmurar um pedido de desculpas, eles não eram tão importantes quanto o meu Harry. Eu corri sem parar nenhum minuto, subi alguns bons lances de escadas correndo, prestes a cair e me machucar, mas em momento algum eu pensei nisso.

Chegando no corredor, quando os Weasley me viram eles se colocaram de pé e puxaram suas varinhas, como se eu fosse um risco para o meu garoto. Hermione e Pansy se colocaram em minha frente e Ronald foi falar com a família, levando alguns minutos desesperados para explicar tudo.

Ou pelo menos alguma coisa, já que ele não tinha ideia de qual era meu plano.

Já cansado da enrolação eu passei pelas garotas e comecei a correr em direção a porta, eu não me importava em levar uma azaração por ele. Como eu já falei antes, por ele vale a pena. Molly e os gêmeos foram os primeiros a tentarem me parar, mas Goyle e Crabbe entraram na frente dos gêmeos e Hermione na frente de Molly.

Já Pansy estava vindo atrás de mim com sua varinha em mãos. Chagando perto de sua maca meu coração relaxou um pouco e eu larguei minha mochila sem preocupação alguma no chão eu sorri, e toquei sua bochecha.

— Eu espero que essa seja a solução, você sabe que você é o único em todo o mundo que pode me lançar uma azaração e sair ileso.

Eu falei sorrindo e selei sua testa com carinho, eu me afastei um pouco para olhar seu rosto e respirar fundo, tentando puxar todo o ar que parecia fugir de meus pulmões. E naquele momento parecia que naquela sala só existíamos nós dois.

Eu aproximei meus lábios aos seus de forma calma, quando eles se chocaram foi como se de repente, todo o mundo ganhasse cor. Seus lábios eram macios, fofos e doces, mesmo depois de duas semanas desacordado ainda parecia que ele estava acordado e cuidando mais dos lábios do que do cabelo.

Meu peito estava quentinho, mas meu coração parecia querer abrir um buraco em minha caixa torácica, só pela brutalidade em que ele estava batendo. Quando eu separei nossos lábios eu deitei minha cabeça em seu ombro, e só então percebi que a sala estava silenciosa e sem nem mesmo abrir os olhos eu pedi baixinho para ele acordar.

— Por favor, Harry, acorda... — Eu supliquei baixinho depois de alguns segundos em silencio.

— Eu já estou acordado. — A voz estava rouca e baixa, mas ainda sim era a voz dele. A voz do meu garoto. Eu ergui a cabeça totalmente surpreso e com os olhos arregalados para ter certeza que não estava sonhando.

E lá estava ele, sorrindo para mim, depois de duas semanas desacordado, ele estava acordado e sorrindo, me impedindo de conter o sorriso também. Ele se sentou na maca me fazendo eu me afastar para ele fazer isso e então ele se jogou sobre mim, me abraçando forte o suficiente para me fazer perder o ar.

Não sei quanto tempo ficamos abraçados, mas foi tempo o suficiente para Pomfrey chegar, junto de Dumbledore e da professora Minerva. Eles nos obrigaram a nos separar, e me tiraram de perto dele, mas nós ainda sorriamos abertamente.

Madame Pomfrey fez todos os feitiços necessários para ver se ele estava bem, e tudo estava normal e perfeito, assim como sempre deveria ter sido. Os Weasley estavam comemorando, gritavam e se abraçam totalmente felizes pelo meu garoto estar acordado.

Harry pediu cinco minutos para se vestir e nós demos para ele esse tempo, fora da sala, já parados cada um em seu canto no corredor, Hermione chegou perto de mim sendo seguida pelos Weasley.

— Draco, seu sonserino sem noção. — Ela me abraçou de repente e eu lembrei do que eu havia prometido, então meu sorriso sumiu aos poucos.

— Eu consegui Mione, ele acordou, está bem... — Eu falei calmo e tentando sorrir.

ObliviateOnde histórias criam vida. Descubra agora