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LUIZA'

— ontem a noite nós conversamos e agora vamos começar a ficar sério — contei para Khauane.

— que bom amiga, assim vocês começam a se entender melhor e quem sabe não namoram futuramente —

— nós não pensamos em namorar tão cedo mas eu tô começando a gostar dele de verdade sabe? como foi com o jota? —

— o que você quer saber exatamente? —

— como você descobriu que gostava dele ao ponto de querer namorar —

— a gente ficava sério a uns quatro meses e criamos um vínculo muito forte. Antes eu era a confusa e ele fala que pensou em namorar comigo desde o primeiro beijo, emocionado — nós rimos — mas eu percebi que gostava de passar o tempo com ele, senti que eu posso ser eu ao lado do João Pedro, amo o que ele me proporciona e acho foi assim que eu mudei meu pensamento —

é exatamente assim que eu me sinto com ele.

— eu me sinto assim com ele e não consigo aceitar, talvez seja por que nos conhecemos a três meses e estamos ficando a dois. Tudo aconteceu bem rápido e eu tô assustada com isso — desabafei.

— primeira coisa que você tem que fazer é aceitar isso, não deixa que os traumas do passado interfiram no seu futuro. Otávio não é lá das melhores pessoas para namorar mas da pra ver que ele gosta muito de você, dá uma chance pra vocês Luiza —

— bom eu dei um passo a frente quando disse para ficarmos sério, vou deixar as coisas fluírem e esperar. —

— isso! não deixa seu lado racional falar mais alto que o seu coração. Vai por mim — ela disse e eu assenti.

Otávio estava sorrindo enquanto falava com os meninos e quando eu olhava para ele parece que tudo fica em câmera lenta. Esse menino está me enlouquecendo.

Quando ele percebeu que estava sendo observado por mim, falou algo para os meninos e veio onde eu estou.

— tá gostando da vista gatinha? — disse enquanto passava o braço através do meu pescoço.

— você não sabe o quanto, itália. —

— eu imagino — ele sorriu e me deu um dois selinhos — minha mãe quer que eu vá jantar na casa dela hoje, vamo comigo? —

— não vai ser estranho? —

— estranho por que? é só um jantar Luiza —

— tá bom, eu vou. Antes preciso ir pra casa pegar uma roupa descente —

— eu te pego lá —

— só lá? — brinquei e ele riu —

— 20:00, combinado? —

— combinado — dei um selinho nele.

A galera se sentou ao nosso redor e eu fui buscar algo para beber. Alva fez uma bebida estranha mas eu só comecei a tomar, prefiro não saber o que tem dentro desse copo.

Voltei para o sofá onde estávamos e sentei no colo do garoto loiro já que não tinha espaço. Abracei seu pescoço e ele fez carinho na minha coxa.

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