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LUIZA'

Descobri ontem que estamos na mesma praia que os meus amigos. Eu e minha família chegamos aqui na quinta e ontem o Doprê postou storys com a localização daqui.

Pelo o que eu vi eles estão a 5 minutos da minha casa mas vou fazer de tudo pra não encontrar o pessoal. Eu já aceitei mas não superei Otávio, sem contar que se eu aparecer o clima vai ficar muito chato.

Meu natal foi bem tranquilo, passamos em família e eu pude rever alguns parentescos. Alice e Luna não param de me encher o saco para irmos tomar sorvete mas a única sorveteria daqui fica na rua da casa que Brennuz alugou.

— olha só, a noite vocês vão poder comer quanto sorvete quiserem mas agora a gente não pode ir lá comprar —

— por que não Luiza? eu quero agora — Luna disse e cruzou os braços ainda brava.

— não é não Luna —

— se fosse a Alice que tivesse pedido você ia comprar com ela — os olhos da pequena encheram de lágrimas e meu coração cortou de dó.

— vem cá — peguei ela no colo e coloquei encima do balcão — por que você acha que eu só faço as coisas que a sua irmã quer? —

— porque você gosta mais dela —

— quem te disse isso? eu amo você cara — apontei o dedo pra ela brincando.

— você nunca faz o que eu quero, só fica com a Alice e não gosta de mim —

ela tem essa visão de mim?

— luna eu amo você, você também é minha irmã e eu amo as duas igual! —

— você tá mentindo —

— não tô mentindo, você é a Alice são as pessoas que eu mais amo nesse mundo, agora para de falar que eu não gosto de você! vamos fazer bolo? —

— vamos —

Ela abraçou meu pescoço e eu deixei a garota no chão. Não gostei de ouvir isso da minha irmã, Luna sempre foi mais afastada e eu achava que era o jeito dela, na real ela só se sentia excluída. Me dói saber que eu não estava sendo uma boa irmã pra ela.

. . .

Acabamos de chegar na praia e meu pai está alugando um quiosque para nós ficarmos. Estou com um vestido branco que valoriza os meus seios porém é soltinho embaixo. Como estamos na praia, coloquei um havaianas branco no pé e as meninas estão iguais a mim.

Já é por volta das 23:10 e as gêmeas se lembraram do bendito sorvete, agora vou ter que ir atrás.

— os dois furacões, vem, vamos comprar o sorvete —

As duas pularam de felicidade e seguraram na minha mão. Saímos do quiosque e fomos procurar algum carrinho de sorvete por aqui.

—  ali irmã — Luna apontou para um cara que estava vendendo picolé —

— vamos lá —

Elas pegaram dois sorvetes cada uma e eu paguei, agradeci o moço e nós fomos caminhando para o quiosque, estávamos meio longe por sinal.

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