𝐜𝐡𝐚𝐦𝐩𝐚𝐠𝐧𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐛𝐥𝐞𝐦𝐬

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ʏᴏᴜ ʜᴀᴅ ᴀ ꜱᴘᴇᴇᴄʜ, ʏᴏᴜ'ʀᴇ ꜱᴘᴇᴇᴄʜʟᴇꜱꜱ
ʟᴏᴠᴇ ꜱʟɪᴘᴘᴇᴅ ʙᴇʏᴏɴᴅ ʏᴏᴜʀ ʀᴇᴀᴄʜᴇꜱ
ᴀɴᴅ ɪ ᴄᴏᴜʟᴅɴ'ᴛ ɢɪᴠᴇ ᴀ ʀᴇᴀꜱᴏɴ
ᴄʜᴀᴍᴘᴀɢɴᴇ ᴘʀᴏʙʟᴇᴍꜱ

[Nome] Vacchiano, 17 anos
Veneza, Itália, 4:00 PM
Barca

A vista do mar era linda e calorosa apesar do inverno próximo, mas nada fica bonito o suficiente quando o seu mundo inteiro desaba completamente

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A vista do mar era linda e calorosa apesar do inverno próximo, mas nada fica bonito o suficiente quando o seu mundo inteiro desaba completamente. É estranho como a temperatura é tão distinta da cidade de onde eu moro, ajeito o fone na minha orelha que ressoa a melodia de "The Smallet Man Who Ever Lived - Taylor Swift". Ainda sinto vontade de chorar, mesmo com o vento batendo com uma velocidade enorme pelo meu rosto enquanto bagunça o meu cabelo e com todas as pessoas ao redor.

Os últimos dois dias foram o completo caos, me recusei a voltar pra casa. Passei os esses últimos momentos na minha cidade natal com a minha avó. Mesmo tendo corrido pra casa dela no meio da noite, ela foi a única pessoa capaz de me fazer voltar a lucidez com toda a situação. Mamãe apareceu lá com duas malas dizendo que iriamos sair da cidade e iriamos para a chacará da nossa familia em um lugar bem longe. Vovó Marjorie achou que a melhor opção seria eu ir junto, porque no final, era um momento ruim pra minha mãe também.

Estamos em uma espécie de barca, tem outras pessoas à bordo. Estamos indo pra uma ilha que eu só visitei uma vez quando criança, pra um tipo de chacará ou coisa assim. Não avisei a ninguém que vinha, nem mesmo a Vivi. Não me senti a vontade pra falar sobre qualquer coisa relacionada a esse assunto agora.

Me sinto observada pelas pessoas, o que é até comum quando não se é todo dia que você ve alguém com cabelo azul. Olho pra minha mãe sentada ao meu lado, olhando pro chão de madeira do lugar, com um olhar vazio, deve ser até mais difícil pra ela do que pra mim.

Olho em volta pras pessoas que navegam junto com a gente e me deparo com um homem de costas e um chapeu nela. Uma grande tatuagem cobria parte das suas costas mas com o chapeu na me permitindo ver ela completamente, mas mostando partes do que parecia ser uma cruz.

Desvio o olhar quando percebo o mesmo se virando, como se sentisse que estava notado que alguém estava o olhando. Volto a olhar pro mar, fingindo que naturalidade. Até que o tento olhar de forma discreta e sendo pega na hora exata. O homem de chapéu se vira completamente e, por um breve momento, nossos olhares se cruzam. Sinto um arrepio na espinha, como se algo em seu olhar tivesse despertado um sentimento antigo e desconfortável. Mas ele apenas sorri de forma enigmática e volta a olhar para o horizonte, como se não tivesse percebido nada.

A brisa constante mistura com o som suave das ondas batendo contra o casco da barca, e eu tento me concentrar no ritmo da música que continua a tocar no meu fone. "The Smallest Man Who Ever Lived" parece refletir meu estado emocional - pequeno e impotente diante de uma tempestade emocional que não consigo controlar.

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⏰ Última atualização: Sep 12 ⏰

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𝐸𝑣𝑒𝑟𝑚𝑜𝑟𝑒 - 𝐼𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛𝑒 𝑃𝑜𝑟𝑡𝑔𝑎𝑠 𝐷. 𝐴𝑐𝑒Onde histórias criam vida. Descubra agora