#02 Dia de devolução •°🔮°•

66 15 5
                                    

⌜ A hora marcava 07:00 da manhã.

O rapaz olhava aquela peça de roupa indignado. Suspirou alto, puxando sua mochila e enfiando o casaco ali dentro. Fechou o zíper com uma certa alteração.

Pôs a bolsa nas costas, essa bem pesada. Começava a ir até a porta de seu quarto, girando a maçaneta arredondada e saindo do cômodo.

Seguindo pelo corredor, que dava até as escadas, que deciam para o andar de baixo, na sala. Visualizou a iluminação fraca da própria casa. Sua expressão mudou para uma levemente desanimada, e até mesmo receoso.

Começava a descer o lance de escadas, de vagar. Olhou para baixo, agora andando cabisbaixo.

Faltando alguns degraus para descer, olhou de canto para a sala de estar, especificamente, para um dos três grandes sofás que tinham ali.

Distinguindo um ser sentado. Parecia ler um livro, concentrado. Jhony engoliu em seco, soltando um suspiro baixo, nervoso. O jovem apressou o paço, mirando na porta de saída de sua residência, um pouco distante ainda.

Então, bem perto da saída. Ouviu um estralo, que o fez congelar no lugar. Tal sujeito havia fechado o livro com força, o deixando há cima de seu colo.

— Já está indo, jovem Jhon? — A voz sinistra questionou.

Então, olhou para o garoto, continha olhos totalmente roxos, seu rosto ofuscado pela iluminação ruim. Usava um manto com o capuz para baixo, cabelos já totalmente grisalhos, a não ser pelas raízes, ainda tendo resquícios da colocação preta, cor original dos seus fios.

Jhony segurou na alça da mochila, virando um pouco a cabeça para o lado. Olhou de relance para o ser. Seu parente e líder.

J — Ah.. sim, senhor Flamel... — Respondeu, receoso.

H — Sabes que basta me chamar por, Hakon. — Corrigiu. A mão pegou o livro novamente. — Vá, e lembre-se de chegar no horário certo. — O homem folheava as páginas.

J — Sim, senhor.. — Acenou, voltando a caminhar até a porta.

Saiu o mais rápido possível. Sentiu uma dor de cabeça ruim o consumir repentinamente. Jhony fechou os olhos com força, caminhando para chegar logo na escola. ⌟

...

Questionava se o maldito delinquente faltaria aquele dia, já que, eram umas 07:15 e o mesmo não tinha chegado ainda na sala de aula.

O de olhos arroxeados rabiscava uma folha do caderno, esperando o tempo passar.

Seus colegas fazendo um forduncio na sala, como sempre, e professor havia saído para buscar algo na diretoria.

Aquilo estava tão chato. Quer dizer, seus dias no colégio sempre foram chatos, repetitivos..

Suspirou guardando o lápis no estojo. Começava a encarar o quadro branco, se perdendo em seus devaneios.

Se o tal Alexey realmente faltasse? Teria que ficar com o seu casaco fedorento mais um dia?

Na primeira faxina que fizessem em seu quarto, achariam aquela peça de roupa. Céus, causariam um forduncio querendo saber de quem era. Seus familiares eram um tanto quanto fofoqueiros, isso o frustrava..

Ouviu, de repente, a voz de Alexey soou longe.

A — Eae! — Várias vezes repetindo aquilo.

Jhony olhou para o lado, o rapaz a comprimentar todos da sala, um por um. Era inimigo da quietude..

Alexey olhou para o mago e deu um sorriso gigante. O de olhos roxos desviou o olhar rapidamente,disfarçando.

A — Jhony!! — Aparece do nada ao lado da mesa.

O rapaz tomando um leve sustinho. Franziu o cenho e olhou para o delinquente.

J — Oi.. Alexey. — Comprimentou.

A — Ah, pensei que ia me iguinorar. Igual as outras vezes. — Brincou se escorando mais ali.

J — Desencosta? — Pediu, não tinham toda aquela intimidade. — Você demorou muito. — Virava, as mãos indo até o zíper da mochila.

A — Foi mal, tava conversando com a coordenadora no corredor. — Olhava para os lados, distraído.

J — "Hun, tem amizade até com a coordenação? Eu em.." — Pensou entortando a boca para o lado.

Tirou o casaco de dentro da bolsa, a mesma esvaziando drasticamente. Realmente, todo o volume era apenas aquele tecido amassado. O jogou em direção ao dono, quase que não sendo segurado pelo moreno.

J — Vê se não faz aquela atrapalhada de novo. — Fechou. — Eu não sinto frio, para sua informação. Cachorrinho. — Revirou os olhos se aprumando na cadeira.

A — Tá, foi mal querer ajudar. Mago emo. — Retrucou amarrando o tecido envolta da cintura. Deu um sorrisinho mínimo.

J — Emo? — O olhou arqueando as sobrancelhas.

A — Sim, emo. — Deu um sorriso implicante.

Se virou e sentou-se na própria carteira. Seu sorriso besta estampando seu rosto.

Jhony balançou a cabeça brevemente para os lados, voltando a olhar para frente. Esperava que a aula começasse logo.

...

Alexey odeia emos <3

𝐎 ❂𝐒𝐨𝐥 𝐜𝐮𝐫𝐨𝐮 𝐨 ⑇𝐀𝐛𝐢𝐬𝐦𝐨 |ʲʰᵒⁿˣᵉʸOnde histórias criam vida. Descubra agora