𝗡𝗼𝘃𝗲

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𝖠𝗆𝖺𝗒𝖺 𝖲𝗍𝗈𝗇𝖾

𝘔𝘺𝘴𝘵𝘪𝘤 𝘍𝘢𝘭𝘭𝘴, 2010

-Tenho orgulho de te chamar de filha -minha mãe diz assim que termino de contar o que aconteceu na mansão Salvatore- eu viajo por uma semana e quando volto você conseguiu descobrir o passado da Katherine e deu uma surra no Damon

-Acontece -digo sem dar muita importância ao que ela fala

-O que mais aconteceu? -ela pergunta cruzando os braços e arqueando a sobrancelha

Tomo o líquido em meu copo de uma vez, sem saber como contar a ela a história de Katherine sobre as filhas, quando contei sobre a nossa conversa na tumba, pulei as partes específicas sobre a gravidez

-Eu acho que Katerina Petrova é minha mãe biológica -digo sem a encarar e ouço o barulho de vidro quebrando

Olho para o chão assustada e vejo o copo que antes estava em sua mão estrasalhado no chão

-O que disse? -ela pergunta, parecendo pálida

-Mãe... -ela me interrompe

-O. Que. Você. Disse? -pergunta novamente

-Eu acho que Katherine Pierce é minha mãe biológica. A história bate com a minha -observo ela se sentar no sofá e fazer um aceno com a mão para eu contar a história- ela engravidou solteira aos 17 anos e deu a luz a duas meninas em 1490, na Bulgária. Mas a família tirou as bebês de suas mãos, porque afirmavam que ela levou desgraça a família

Encho o copo com mais whisky e me sento na poltrona, dando um gole enorme no líquido em meu copo

-Eu passei a semana toda tentando não pensar nisso, mas é difícil não reparar nas coincidências, principalmente quando são tantas. E isso não muda nada, saber quem foi a mulher que me deu a luz não muda nada

Ela não me olha ou desfere uma palavra, apenas encara o chão

-Mãe, diz alguma coisa, por favor

-Eu vou limpar isso e subir para o meu quarto, a viagem foi cansativa

Ela se levanta e sai da sala, me deixando sozinha. Respiro fundo, bebendo o resto do líquido e deixando o copo em cima da mesa de centro. Vou até a geladeira e pego duas bolsas de sangue, voltando pra sala logo em seguida e pegando minha jaqueta em cima do sofá e a chave do carro na mesa do hall de entrada e saio de casa, batendo a porta. Entro no carro e dirijo em direção a floresta

Levo uns vinte minutos até chegar na tumba, estaciono o carro ali mesmo na floresta e saio do carro. Entro na tumba pela mesma entrada da última vez e desço as escadas, encontrando a parede do local que Katherine está fechada. Seguro a pedra com as duas mãos e a tiro do caminho

-Cadê você? -chamo- trouxe um presente

-O que quer? Já contei tudo sobre o meu passado -ela fala saindo da sombra

-E chegou a hora de eu contar o meu -jogo a bolsa de sangue pra ela que agarra como se fosse o melhor presente do mundo

-E quem disse que eu quero saber?

-Acredite, você quer -afirmo me sentando perto da entrada

Ela me encara com um sorrisinho irônico e eu reviro os olhos

𝗜𝗡𝗩𝗜𝗦𝗜𝗕𝗟𝗘 𝗦𝗧𝗥𝗜𝗡𝗚 - 𝗞𝗹𝗮𝘂𝘀 𝗠𝗶𝗸𝗮𝗲𝗹𝘀𝗼𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora