Bem e Mal

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Três dias se passaram rapidamente, estávamos preparando as mochilas para podermos partir, estava sentindo meu coração bater mais rápido a cada minuto que passava, estava aflita e com medo.

Tentei me tranquilizar com a ideia de que talvez seja possível ele sobreviver, estava constantemente pensando nisso.

-Tudo pronto.

Disse

Ele acenou com a cabeça e logo depois o vi indo para o quarto, após alguns minutos ele voltou vestido com seu manto. Em sua mão direita estava sua Katana, o mesmo me entregou.

-O que?

Perguntei

-Quero que fique com isso, guarde e cuide dela pra mim.

Pediu

Há algum tempo atrás ele havia me contado o motivo pelo qual parou de usá-la. O peso de ter matado a sua família e seu clã com ela o fez querer parar de usar a Katana. Ele ainda guardava, como eu lembrei do que fez.

-Tem certeza? Deve ter outra pessoa de confiança.

Eu sabia o peso que aquela katana possui, o valor sentimental, o peso da culpa....

-Você é a pessoa de confiança que eu tenho.

O olhei

-Obrigado pela confiança.

Ele deixou um leve beijo em minha bochecha.

-Vamos, temos algumas horas de caminhada.

Um aperto no coração.

-Vai ficar tudo bem ...você é forte sei que vai conseguir superar.

Disse ele sorrindo

Como ele pode ter tanta tranquilidade ao saber que sua própria morte está há algumas horas de distância, como ele pode ter tanta certeza que vou superá-lo?

Ele se aproxima novamente, tocando minha testa com os dois dedos. Ele costumava fazer aquilo sempre que precisava me consolar ou demonstrar afeto. Nunca entendi, mas sempre deixava.

-Não lembre de minha morte, lembre dos momentos felizes que tivemos.

-Sim..

Disse baixo

Após aquilo, saímos da cabana e seguimos rumo a Konoha, eu iria ser deixada há alguns dias de viagem de Konoha, Itachi ia me deixar seguir sozinha pois era a melhor opção para ambos.

Corremos por alguns minutos e paramos. Assim seguiu a viagem por algumas horas. No meio do caminho conversamos uma coisa ou outra, às vezes nos pegávamos, nas com maldade, apenas carícias de amor.

Chegamos em uma ponte, onde iriamos nos separar, meu coração estava a ponto de sair de minha boca, minhas mãos começaram a tremer, eu sabia o que era aquilo.

Senti seus braços ao redor de mim, retribuir aquele carinho, um abraço apertado e longo. Tudo que estava dentro de mim deixei sair, aquele era o momento, o momento para deixar meus sentimentos falarem por si.

Nunca havia chorado como estou chorando agora, eu não sabia se estava chorando por tristeza ou por felicidade. Eu iria voltar para minha vila, para meus amigos, para minha família, mas também iria dar adeus ao único amor correspondido de toda minha vida.

Vou mesmo deixar ele ir embora assim? Vou mesmo repetir o mesmo erro duas vezes?

-Itachi....

-Não diga nada meu amor.

Além da ilusão - ItaSaku-Onde histórias criam vida. Descubra agora