Príncipe Cativo: A Execução dos Mortos

13. Espelho

NOTAS DA AUTORA

Quando escrevi este texto, eu o chamei de escada do porão porque ele tinha potência de mostrar dados pontuais da trama, mas podia proporcionar também um escorregão. Antes de publicá-lo, a intenção era deixá-lo com a alcunha de Lado B do capítulo anterior e fazer uma manobra textual de criar realmente um espelho, como um anexo do capítulo 12. Depois, descartei essa ideia.

Lembrei de um professor universitário meu uma vez chamando a minha atenção por eu ter posto em nota de rodapé uma análise em um trabalho acadêmico, que desvendava um mistério da trama de um livro e ele disse que isso era um erro a se cometer e que eu devia criar um capítulo a mais para aquela discreta nota de rodapé. A literatura não é inocente. Ele me disse que um escritor ou um pesquisador nunca devia se isentar de lembrar isso ao leitor.

Enquanto escrevia este capítulo longo, pensei em fragmentá-lo e colocá-lo em pedaços, mas não queria misturar esta história com o passado de Vere que é outra rota que se colidirá com o final como a veia de um rio.

No fim, resolvi apresentá-lo aos leitores como um capítulo mesmo e torcer para que o aceitassem com a mesma generosidade que vem aceitando os outros capítulos. Sei que todos estão aqui pelo casal Lamen e eu também, mas há uma trama e ela não faria sentido algum sem esta parte e este POV do leste.

Aqui, é narrada a guerra de Vask e de Patras e algumas dúvidas de Damen, Laurent e do Conselho serão, finalmente, esclarecidas. A guerra é inclusive mencionada no livro 1 da Trilogia quando Damen fala de Torveld para Erasmus. O fim me dá arrepios e nos últimos capítulos de A Execução dos Mortos, espero me fazer clara do porquê.

Estamos nos aproximando mais do final (caramba, não tô pronta pra isso) e o ritmo vai ficar mais acelerado.

Boa leitura para todos.

Com amor e gratidão,

GRAVADO EM OURO SOBRE O TRONO DE SKARVA E EM PEDRA, NOS TEMPLOS DE VER-TAN