- 𝚄𝚛𝚜𝚊 -

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A família que os ajudou estava agora escondida no canto, e enquanto Jepp batia e literalmente matava alguns dos soldados, um outro entrara na residência . Ameaçando matar se os híbridos não se entregassem.
Com pena da pequena família acolhedora, Gus acabou suspirando pesadamente, fazendo barulho, o que atraiu a atenção do soldado imediatamente, no ato de desespero, o garoto cervo correu até ele e literalmente dera uma chifrada no homem, com o próprio chifre o perfurando na perna, Tommy chegou por trás, terminando o serviço.
A única pulga que poderia ficar atrás da orelha era: Por que o Grandão os defendeu, Se iria embora de madrugada e largar os híbridos aos cuidados dos donos da casa?
Liv deu um belo grito quando o Grandão acabou com a vida do cara, e após esse acontecimento, ela não conseguiu dormir, então esperava pacientemente que seu irmão acordasse para irem, quer dizer, ela não era tão paciente assim.

— Gus.
— .. Fala Liv, tô com sono.
— Acorda.
— Tá muito cedo.
— Quanto mais cedo a gente for, mais cedo vamos achar a Birdie. Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda!! Eu não vou mais deixar você dormir.

O menino bufou, percebendo que não dormiria mais, ele levantou, os dois foram para a mesma sala de onde Grandão matara o último homem.

— Olha, quando a gente achar a mamãe, Liv, eu prometo que você nunca mais vai ver aqueles homens maus.

A garota sorriu em resposta, encostando a cabeça no ombro dele.

— Sabe Gus, acho que a gente é muito jovem pra saber a verdade.
— Verdade do que?
— Do por quê odeiam tanto a gente sabe... Do por quê o paba escondeu a gente até a morte.

Gus acariciou os chifres delicados da menina, ele não queria odiar os homens, e não queriam que odiassem eles.

— Quando a gente achar a mamãe, a gente pergunta como podemos fazer pra nos redimir do mal que fizemos pros humanos.

Liv assentiu, se desencostando dele, as crianças brincaram de pega pega até que o Grandão e a parentela acordaram, logo após isso, o trio foi embora. Após se despedir do amigo humano, eles entraram em "uma máquina-mágica-super-hiper-mega-ultra-legal", como Liv batizou o bondinho que estava os levando ao chão, descendo-os da colina.

— Olha Grandão! Isso não é legal? — Ela falou, olhando para baixo enquanto descia—
— Pulgas, eu queria falar uma coisa.
— Fala Grandão! — Gus pronunciou—
— Eu vou levar vocês até uma estação de trem, pra vocês pegarem a passagem pro Colorado.
— SÉRIO!? — As crianças gritaram, com felicidade nos sorrisos que se abriram—
— Sim, MAS eu não vou com vocês, só vou comprar as passagens.

Elas assentiram, empolgadas demais para pensar, assim que chegaram ao chão, seguiram o grandão pela mata por horas, o Homem que agora acomphanhava as crianças estava as levando pro lugar onde ele guardava suas coisas, tipo seu econderijo. Para Tommy levar eles para a estação de trem, primeiro precisava camufla-los da melhor forma possível por razões um tanto óbvias.
Gus seria um pouco mais fácil de camuflar, já que as únicas coisas significativamente vaidosas nele eram os chifres e as orelhas, um capacete e fita dariam conta do problema.
Mas como Grandão esconderia as asas da menina, ou as pequenas escamas brancas que se mostravam dançar em seu pescoço? Como caralhos ele esconderia os olhos violeta e as pupilas finas ? Bem, ele precisa arranjar algum jeito, e rápido. Ela é bem magra, daria para esconder as asas colocando várias camadas de roupas em cima dela, mas isso provavelmente não daria certo, não está tão frio a ponto disso.

Dragon's Heart - Sweet ToothOnde histórias criam vida. Descubra agora