Morte e Nascimento

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>>>Avisos: Essa historia será um pouco mais sombria e séria do que as outras historias que eu tenho, um dos motivos é o fato de que Vampiro: A Máscara é um jogo de RPG no qual os assuntos mais maduros são abordados por causa de cada clã, claro que como essa historia é inspirada, ela não terá absolutamente tudo de Vampiro: A Máscara, mas será um norte para onde eu gostaria de levar toda essa trama. Por ter temas mais adultos que as demais das minhas historias, eu venho aqui fazer esse aviso de antemão porque sempre tem um que cai aqui de paraquedas e nem se dá ao trabalho de ler a sinopse ou os avisos, então se você não curte esse tipo de temática eu te convido a se retirar e a ler minhas outras historias que são mais tranquilas do que essa será.  

E quem sabe.... a gente depois que essa historia estiver lá em sua metade a gente possa abrir um jogo de RPG sobre ela.

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6 anos atrás...

Manhattan, 23 de Julho

- MALDIÇÃO!

Vidros estavam estilhaçados pelo chão, a cadeira virada, a mesa quase tendo o mesmo destino, com um forte som de trovões ecoando pelos corredores do Elísio como um aviso fúnebre.

- Meu príncipe, precisamos ter calma nesse momento. - avisou o Senescal, que na ordem hierárquica da organização que eles representavam, a Camarilla, era o segundo no comando quase como um vice-príncipe. - Esse assunto precisa ser mantido em sigilo dos demais membros, caso contrário, acabaremos expondo uma fraqueza que pode nos prejudicar de maneira incomensurável.

- O Senescal tem razão, meu príncipe. - afirmou um dos anciões que estava presente vendo uma catástrofe se formar bem diante de seus olhos. - Precisamos ter cautela e acima de tudo, precisamos confirmar de fato se o que estamos lidando aqui é um assassinato...ou uma deserção.

- Não! Você não vai supor isso em minha presença, ancião da casa das Bestas! - o príncipe apontou o dedo tremendo de raiva em direção ao ancião que apenas se calou, era uma suposição válida porém quando se tratava da casa do príncipe o assunto se tornava delicado de ser abordado. - Não houve deserção! A minha filha foi morta, eles jogaram o corpo carbonizado dela dentro do Elísio, o que mais vocês querem para entender que isso é um ato de guerra?!

- Com todo o respeito, meu príncipe, mas devemos reconhecer que fizemos um ato hostil primeiro. - avisou outra anciã com suavidade em sua voz. - Matamos uma das crias de Julian a pouco mais de seis meses atrás, não seria nenhuma surpresa se ele tivesse feito essa retaliação agora.

- Correção, anciã da casa dos Vidros, VOCÊS mataram uma criança de Julian a pouco mais de seis meses atrás, eu não me recordo de ter dado nenhuma ordem de execução mesmo contra uma criança da noite do Sabá! - rebateu o príncipe pousando firmemente suas mãos sobre a mesa ainda no mesmo lugar.

- Ela não era uma criança da noite, já era uma neófita. - corrigiu um dos anciões recebendo um olhar fuzilador de seu príncipe.

- Eu estou pouco me fodendo para o que ela era! A minha filha foi morta por um erro de vocês! - o príncipe partiu a mesa ao meio com apenas um soco. A sala ficou em completo silêncio. - Eu deveria arrancar a cabeça de todos vocês nesse momento...

- Não devemos nos precipitar, meu príncipe. A neófita do Sabá foi morta porque estava quebrando a máscara por toda a Manhattan, a casa dos Vidros nada mais fez do que a obrigação deles como membros da Camarilla de se livrarem daquele... problema, e limparem qualquer rastro que ela tenha deixado pela cidade. - o Senescal tomou a palavra novamente, como sendo o segundo depois do príncipe, em situações como aquela, era a voz mais coerente de ser ouvida por todos já que o próprio príncipe se encontrava instável. - Eu compreendo sua fúria e sua dor, mas agora o senhor precisa ser racional. Estamos de frente com uma ameaça notória, afinal de contas o Sabá conseguiu matar alguém da casa dos Lírios com facilidade, não podemos abaixar nossa guarda por nenhum segundo.

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