𝐸𝑝𝑒𝑟𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑔𝑜𝑠𝑡𝑒!
𝑃𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟: @taisinha04
Era um sábado à tarde e estávamos no quarto de Mad como fazemos todos os fins de semana. Mad e eu somos amigas desde o segundo ano do ensino médio. Estávamos jogando conversa fora e ouvindo música. De repente, a porta se abriu e Vinnie o irmão mais velho de Mad, entrou sem bater, como de costume. Vinnie era alto, loiro, tinha uns cachos bagunçados, tinha também algumas tuagens que sem dúvidas eram lindas e combinavam com ele. O garoto tinha também um gosto bem definido, um garoto "lindo" por fora, mas ele vivia implicando comigo.
Nós já flertamos algumas vezes, mas nada além de flertes, na implicansia ou na brincadeira. Vinnie além de ser bem imaturo, às vezes ele sempre abusa um pouco nas brincadeiras.
– E aí, pestes – disse ele, com aquele sorriso irritante. – O que vocês estão fazendo?
– Nada que te interesse, Vinnie – respondi, revirando os olhos. Ele sempre aparecia do nada, só pra provocar.
– Tá bom, S/a – ele disse, usando meu apelido de propósito. – Só vim buscar meu fone de ouvido. Você pegou, Mad?
– Está na escrivaninha – respondeu ela, sem tirar os olhos do celular.
Ele se aproximou e, ao passar por mim, deu um leve empurrão no meu ombro, rindo.
– Você é insuportavél puta que pariu. – falei, empurrando ele de volta, mas sem força.
– E você fica muito fofa quando está irritada – ele retrucou, pegando os fones e saindo do quarto, ainda rindo.
– Não liga pra ele, S/a – disse Mad, finalmente olhando pra mim. – Ele é chato assim com todo mundo.
– Eu sei – suspirei. – Mas às vezes ele passa dos limites.
Ficamos mais um tempo no quarto, conversando sobre a escola, os garotos e nossos planos pro fim de semana. Decidimos assistir a um filme, então descemos pra sala. Estávamos no meio do filme quando Vinnie apareceu de novo, dessa vez com um balde de pipoca.
– O que vocês estão vendo? – perguntou, sentando-se ao nosso lado no sofá.
– Um filme de terror – respondi, tentando não mostrar que estava incomodada com sua presença.
– Ah, adoro filmes de terror – disse ele, se acomodando. – Posso assistir com vocês?
– Não tem escolha, né? – brinquei, meio sem graça.
Assistimos ao filme juntos, e eu percebi que, quando Vinnie estava concentrado em algo que não fosse me provocar, ele era até suportável. No meio de uma cena assustadora, dei um pulo e derramei pipoca no chão. Vinnie riu alto e eu senti meu rosto esquentarolhei para o garoto como se fosse mata-lo.
– Medrosa – provocou ele, rindo.
– Cala a boca, Vicent – respondi, pegando a pipoca do chão. – Pelo menos eu não gritei como uma menininha.
Ele olhou pra mim, parando de rir fingindo estar ofendido, e depois riu mais ainda.
– Você me paga, Sn – disse ele, ainda rindo. – Um dia eu te pego desprevenida.
O filme acabou e Mad decidiu subir para se deitar. Fiquei sozinha com Vinnie na sala, o que sempre me deixava um pouco nervosa. Ele parecia saber desse efeito sobre mim e se aproximou.
– Não quero que você fique chateada comigo por causa das minhas brincadeiras – disse sério pela primeira vez na vida e se aproximou um pouco mais.
– Às vezes você exagera e passa do limite, Vinnie – respondi, desviando o olhar para os lábios dele quando o silêncio se fez presente.
Vinnie passou uma de suas mãos pelo meu pescoço e me puxou para um beijo lento e com desejo, como se sempre tivesse vontade de fazer aquilo. Logo, ele pediu passagem com a língua, e eu cedi quase automaticamente. Sua boca era macia e seu beijo era viciante.
Meu coração batia acelerado, e uma mistura de surpresa e excitação tomou conta de mim. Minhas mãos subiram involuntariamente até os cabelos dele, e o puxei mais perto. O beijo se intensificou, e eu senti uma onda de calor percorrer meu corpo.
Finalmente, nos separamos, ambos ofegantes. Vinnie manteve a testa colada na minha, e pude ver um brilho novo em seus olhos.
– Isso foi... – comecei, sem saber exatamente como descrever o que tinha acabado de acontecer.
– Incrível – completou ele, com um sorriso que parecia um pouco nervoso. – Eu sempre quis fazer isso, você não tem ideia.
– Vinnie, eu... – tentei falar, mas as palavras não queriam sair. Eu nunca imaginei que ele sentisse algo por mim, além de vontade de implicar.
– Eu sei que eu sou um idiota na maior parte das vezes – disse ele, segurando meu rosto com as duas mãos. – Mas é só porque eu não sabia como admitir.
Meu coração deu um salto, e eu senti um misto de alegria e confusão. Tudo parecia estar acontecendo rápido demais, mas ao mesmo tempo, parecia certo.
– Eu também gosto de você, Vinnie – admiti, finalmente.
Ele sorriu, e me puxou para outro beijo, mais suave dessa vez. Quando o beijo termina dou dois selinhos nele e ficamos apenas olhando um para o outro, como se estivéssemos descobrindo algo novo.
– Então, o que fazemos agora? – perguntei, tentando entender o que isso significava e o que fariamos a partir dali.
– Vamos com calma – disse ele, acariciando minha bochecha. – Tudo o que começa muito intenso acaba muito cedo, então vamos devagar.
– Gosto dessa ideia! – respondi, com um sorriso. – Vamos ver onde isso vai nos levar.
Nos levantamos do sofá, ele me deu um abraço e um selinho. Subi para o quarto de Maddison com um sorriso bobo no rosto, e um coração cheio de esperança. Deitei na cama ao lado dela, que já estava dormindo, e fiquei olhando para o teto, pensando em como tudo tinha mudado em uma noite.
O futuro ainda era incerto, mas pela primeira vez, eu estava animada para ver o que ele reservava e de alguma forma, sabia que Vinnie faria parte dele.
𝙽ã𝚘a 𝚜𝚎 𝚎𝚜𝚚𝚞𝚎ç𝚊𝚖 𝚍𝚎 𝚟𝚘𝚝𝚊𝚛 𝚎 𝚌𝚘𝚖𝚎𝚗𝚝𝚊𝚛.
𝙵𝚊ç𝚊𝚖 𝚜𝚎𝚞𝚜 𝚙𝚎𝚍𝚒𝚍𝚘𝚜.
𝙺𝚒𝚜𝚜𝚎𝚜 𝚍𝚊 𝙰𝚞𝚝𝚘𝚛𝚊.