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Vida ordinária.

Aegon.

Ele se considerava um homem sortudo e feliz.

Estava prestes a completar 19 anos e não tinha sido obrigado a se casar, nem mesmo tinha planos de noivado; o que era maravilhoso, visto que Aegon faria da vida de seu cônjuge um inferno se realmente fosse obrigado a se casar com alguém que não gostava.

Desde que nasceu, era muito próximo de Rhaenyra. Ela sempre foi uma figura de graça, doçura e compreensão em meio às tantas expectativas que a corte colocava sobre seus jovens ombros; sua irmã era, na verdade, sua mãe aos seus olhos. Por isso que quando os jovens cavalheiros vieram a cortejar, o pequeno Targaryen se sentiu esquecido por ela e apenas começou a espantar todos os homens que a incomodassem. E também era uma das principais razões de defender tanto seus sobrinhos de maus olhares e boatos maldosos.

Na mesma medida que Viserys o ignorava e fingia que seu primeiro filho homem simplesmente não existia, sua mãe não conseguia fazer o mesmo, infelizmente. Alicent Hightower vivia falando sobre como seu filho era uma ameaça ao futuro reinado de Rhaenyra e como ele deveria se preparar para reinar no lugar da meia-irmã. Para o desespero dela, o jovem príncipe nunca deu ouvidos à todas essas falas, pois sabia, com toda certeza do mundo, que sua irmã mais velha estaria lá para ele não importasse a situação.

A rainha não entendia que seu marido nunca o apoiaria no trono, até porque o rei teve apenas um amor em sua vida que se chamava Aemma Arryn; sua primeira esposa o abençoou com somente uma filha e aquilo teria sido o suficiente para Viserys se não fosse pela pressão da corte.. apenas quando teve três filhos homens entendeu que não precisava sonhar com um filho – que nunca atenderia às suas expectativas – se já tinha sua menininha ao seu lado e aquilo bastava para ele, embora que não para os outros.

Aegon não era tão próximo assim de seus irmãos mais novos, apesar de carregar um grande carinho por eles. Aemond era muito sério; Helaena vivia em seu próprio mundo e Daeron sempre havia sido um merdinha prepotente – embora soubesse encantar as pessoas ao seu redor – e apenas piorou ao ir para Vila Velha. Seus sobrinhos eram muito jovens para o garoto conversar sobre os assuntos que queria e Rhaenyra era muito ocupada com seus deveres, apesar de sempre ouvi-lo quando tinha tempo livre.

Era quase como se não existisse.. mas não de uma maneira ruim. Claro, às vezes era péssimo se sentir tão sozinho e incompreendido, mas grande parte do tempo agradecia aos deuses por conseguir se livrar de todos os olhares cheios de esperança e expectação  que as pessoas o lançavam.

A única pessoa que parecia entendê-lo completamente sem ter nenhuma expectativa ou pressão a mais para depositar em seus ombros era sua doce prima, Rhaena. Todos o consideravam engraçado e não refletiam muito sobre as piadas que ele fazia, mas a menina o deixou muito confuso quando perguntou se estava tudo bem depois de ouvir uma brincadeira dele sobre sua relação conturbada com a mãe.

ENCHANTED ⋆  hotd Onde histórias criam vida. Descubra agora