🤘CAPÍTULO 4🤘

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O PRIMEIRO ENSAIO RUMO AO SUCESSO E O ACIDENTE DE CARRO

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O PRIMEIRO ENSAIO RUMO AO SUCESSO E O ACIDENTE DE CARRO

Salem.
2010, 04 de setembro.

Quem em pleno sábado assiste a um jogo de futebol? Eu queria hibernar por uma semana! É meio contraditório eu dizer que não gosto de barulho, sendo que eu quero ser musicista e fazer muito barulho, mas a uma diferença crucial entre o barulho proferido por pessoas desconhecidas e o proferido por você mesma.
Hoje se inicia uma nova temporada, a escola vai à loucura, eu curto um pouco; o time, Cat Black, é bizarro, eles levam esse lance de torcida organizada a sério demais; são exatamente sete horas da noite, e cá estou eu, segurando uma placa maior do que a cabeça do zelador, escrito "Vocês conseguem", eu não consigo sentir meus braços muito menos sentir minhas cordas vocais, nunca gritei tanto pelo mascote, como hoje.

- Trouxe pipoca, quem tá ganhando? - Mira perguntou colocando o pacote da pipoca inteiro na boca.

- Não faço ideia, ei! Eu quero também - reclamei, em um segundo a pipoca já estava no estômago dela.

- A Mads não vai vir?

- Ela tá com os amigos de turma - não é ciúmes okay? Mas em uma semana ela passou mais tempo com eles, do que com a gente, somos uma equipe, temos até um nome!

- Ela tá mesmo fazendo amizade com eles, fala sério, é a turminha do Rick comercial de dentes.

- É... - talvez a gente esteja em momentos diferentes da vida, ou tudo isso é um passo pra ela dar adeus.

- O Luke perdeu um dente.

- Quem é Luke?

- Não faço ideia, mas sei que o cara ficou banguela.

Não entendi nada do jogo, mas ri e gritei muito, acho que entendi o espírito da coisa, quando o time da escola ganhou a gente saiu correndo das arquibancadas para ver uma briga aleatória que começou com os pais do time adversário.

- Amanhã tem ensaio! Sem falta, ok? - anunciei olhando para as meninas que confirmaram de longe.

As ruas estavam vazias ao extremo, nunca andei tão rápido na minha vida, as noites são assustadoras, e não tinha iluminação nenhuma ali, entrei num mercado qualquer, só pra passar o tempo e não ser sequestrada tão fácil.
Alguns minutos depois, fui em direção a minha casa, acabei comprando um taco de beisebol, só por precaução, e comprei suco de caixinha e macarrão instantâneo, um jantar mui fino, senhoras e senhores.
No caminho vi alguns carros passando, deveria ser do pessoal que estava no jogo, famílias e jovens meio bêbados. Quando cheguei, ouvi um barulho estranho e naquele momento lembrei das séries policiais que eu assisto com a Nora, droga de séries que me deixam paranóica, ah! Era só um gato.
Entrei cuidadosamente, mas o trinco da porta escorregou e ela fechou com tudo, encolhi meu corpo, fechando os olhos, como se aquilo fosse amenizar o barulho apocalíptico que aquela porta velha fez, inferno!

TOCANDO A FITA(CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora