1915 - A criação de uma aliança

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(ainda não sei se vou manter esse projeto, 

mas eu gosto de deixar tudo amarradinho,

caso esteja gostando, deixe que eu saiba, comente!!)


Sicília, 1915.

A névoa da manhã cobria a vila de San Giovanni, as oliveiras se destacavam em contraste com o céu nublado. As oliveiras eram lindas e também a maior fonte de renda da vila. Matteo observava a terra em que nasceu e viveria para sempre com muito amor e ainda mais preocupação. A vida era árdua e sofrida para os comuns, todos que estavam de fora da nobreza não viviam apenas sobreviviam do trabalho árduo dos campos. Matteo sabia que algo precisava mudar, e ele estava determinado a ser o agente desta mudança. O levante já havia começado em seu coração.

Dentro de sua casa de pedra, Matteo estava se preparando para uma reunião que mudaria sua vida e o destino de todos ao seu redor para sempre, e permaneceria mudando ao longo das décadas. Ele aguardava a chegada de Salvatore Bianchi e Antônio Rizotto, lideres de duas das mais influentes famílias da região. Juntos, eles planejavam formar uma organização que traria justiça, proteção aos oprimidos e fariam uma pequena força de oposição ao fascismo

Matteo acendeu sua lamparina e a colocou sobre a mesa de madeira, a pequena lareira de pedra aquecia a sala fria, a luz amarela deixava o ambiente confortável e quente. Havia um mapa manual da Sicília estendido sobre a mesma. Salvatore foi o primeiro a chegar, um homem grande, mal passava pela porta e com muito dificuldade poderia se sentar nas cadeiras da casa, era forte pela lida e tinha uma imponência que foi desenvolvida com os anos de vida de luta. Antônio chegou em seguida, era o mais inteligente deles, falava e agia como se fosse da nobreza, era bom em cálculos, leitura e estratégias. Além da inteligência era forte e fiel, conhecido pelas vilas ao redor pela sua sagacidade e firmeza.

— Salvatore, Antônio, obrigado por virem. — Matteo cumprimentou-os com um aceno de cabeça. — Não vou me demorar em minhas palavras, osso povo está sofrendo, e precisamos agir.

Salvatore assentiu. — O governo nos explora e leva nossos homens para a guerra. Neste país nós somos bichos, apenas servimos para alimenta-los e protegê-los. Não devemos aceitar as migalhas, precisamos tomar o controle e proteger nossas famílias.

Antônia, sempre mais astuto, como bom estrategista que era, acrescentou: — Precisamos de uma estrutura de hierarquia clara. Se queremos que esta instituição funcione, é preciso que existe regras e papeis. A disciplina é essencial.

Matteo concordou e desenrolou um pergaminho antigo. — Estive pensando muito nisso. É necessário que exista uma hierarquia para que todos saibam seu papel, entendam o seu lugar e sigam suas responsabilidades acima de tudo. Proponho que tenhamos um chefe, um conselho com lideres e precisaremos de soldados fies para que as ordens sejam executadas.

Discutiram por horas cada detalhe até que pudesse chegar em um acordo sobre a estruturação da organização. Matteo tinha algo que Salvatore e Antônio não tinham, ele tinha inteligência emocional e sua presença naturalmente impunha respeito, logo todos estavam de acordo que ele seria o "Capo di tutti capi" Salvatore e Antônio seriam seus conselheiros próximos, formando o "Consiglio dei Saggi". Juntos eles escolheriam os "Caporegime" lideres de menor expressão que seriam os comandantes dos soldados.

— É preciso que também exista um código de conduta. Algo que todos os membros devem jurar seguir. Sendo penalizados com a traição. — Sugeriu Salvatore.

Rendida - Forjada em Sangue (Laços da Máfia)Onde histórias criam vida. Descubra agora