capítulo 1

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— Alô?

— Tá por onde, loiro?

JJ ainda sonolento, tirou o celular da orelha e checou as horas no aparelho.

— Dormindo. — murmurou, tentando entender porque Rafe estava ligando para ele às três da manhã.

— Vem pra cá?

A pergunta saiu mais como uma ordem.

— Aconteceu alguma coisa? — o loiro coçou os olhos, olhando em volta para ter certeza que não adormeceu na casa de algum de seus amigos de novo.

— Sim, vem pra cá.

— O que aconteceu?

— Aconteceu que você é um puta gostoso e eu tô com tesão, vem pra cá, por favor…

JJ não sabia se deixava o sono lhe vencer por completo ou a voz do Rafe do outro lado que ficou estranhamente sexy de repente.

— Como é que é? — o loiro se virou para o outro lado.

— Eu tô de pau duro, JJ.

JJ riu baixo.

— Por que?

— A culpa é sua, vem pra cá. — JJ estava achando adorável Rafe implorar, mas ele estava com tanto sono…

— Como a culpa é minha se eu estou com tanto soninho? — JJ murmurou, fechando os olhos outra vez.

— JJ, porra. — Rafe bufou. — Você está em casa não é? Não é assim tão difícil você vir pra cá.

— Eu tô dormindo, Rafe…

— Caralho, eu tô mandando.

— Tá bom, boa noite.

— JJ? Caralho.

Rafe bufou e encerrou a chamada, ele odiava quando JJ era teimoso.

[ . . . ]

JJ acordou quando ouviu um barulho alto vindo de algum cômodo da casa, ele resmungou por ter sido acordado pela segunda vez naquela madrugada. Ele só queria dormir!

Maybank tirou seu celular que estava em cima do seu rosto porque depois de falar com Rafe ele pegou no sono sem nem ao menos se preocupar em guardar seu celular.

O barulho foi ouvido pela segunda vez e JJ despertou do seu sono, aquilo o deixou levemente apavorado porque ele está sozinho em casa, então o que poderia ser isso?

Ele tirou o cobertor do corpo e se sentou, ele não quis ouvir a briga interna da sua mente sobre se esconder do possível ladrão ou fugir e deixar a casa para o possível espírito.

JJ se assustou muito mais com a ideia de ser um espírito do que um ladrão.

Ele respirou fundo e se levantou, criando coragem para abrir a porta do seu quarto. Quando ele saiu do cômodo e estava quase na metade da sala escura, se arrependeu amargamente de não ter pego alguma coisa para se defender do fantasma, até um chinelo seria útil agora, mas ele está descalço.

— O que tá fazendo aí?

— Puta que pariu, Rafe!!

JJ deu um salto para trás e levou a mão até seu peito, sentindo seu coração acelerado.

— Você quase me matou!!! — JJ disse, vendo Rafe com uma chave na mão e um olhar de quem não está entendendo nada. — Por que você está na minha sala parecendo uma assombração?

— Eu tenho uma chave.

— Desde quando? — JJ ficou ainda mais indignado enquanto Rafe passava por ele e caminhava até seu quarto.

𝗔𝗧𝗥𝗢𝗭𝗘𝗦 ୨ৎ jj e rafeOnde histórias criam vida. Descubra agora