Capítulo 13

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Fico totalmente nervosa e sem reação com a pergunta do Nick, antes de ontem não ligaria mas do lado de Carter justo hoje.

- Oi - Carter está me fuzilando com os olhos me fazendo não conseguir dizer mais nada.

- Prazer Miguel - Ele faz esse favor pra mim.

- Nick, esse aqui Dominic e Carter - Ele aponta para cada um, Carter acena com a cabeça e sai andando.

- Prazer te conhecer, até mais Aurora - Dominic diz.

Não sei porque Carter saiu andando daquele jeito, será que foi ciúmes? Nem disse que era meu irmão, será que ele está pensando que estou com outro? Até porque ele nunca viu meu irmão, a foto do meu celular nem parece mais ele.

Tento ignorar isso, depois eu converso com ele, vou aproveitar meu irmão ao máximo. Mas vejo que Carter senta duas cadeiras a minha direita, bem na minha direção. Fico novamente nervosa com isso, não gosto dessas coisas.

- Gostei deles, parecem ser pessoas legais - Miguel diz.

- E são mesmo, você vai se dar bem com eles.

- Acho que menos com aquele Carter né? Meio estranho ele - Dou risada, acho que todo mundo pensa a mesma coisa quando o vê pela primeira vez.

- Vai sim, só é o jeito dele. Mas vamos embora, você deve estar cansado da viagem - Digo assim que nós dois terminamos nossos lanches.

- Realmente, vou dormir umas horas - Ele se levanta e então vou em sua direção, meu irmão com seu jeito protetor envolveu seus braços no meu pescoço - Tchau galera.

- Tchau - Os meninos acenam pra ele, provavelmente meu rosto deve estar super vermelho de vergonha.

Chego em casa e Hayley estava dormindo no sofá, não sei que milagre ela não se arrumou todinha quando soube que meu irmão estava aqui. Hayley sempre foi apaixonada por ele, eles já ficaram uma vez quando ele terminou com a Fernanda durante 1 dia. Claro que ela aproveitou e o agarrou, não senti ciúmes mas fiquei meio chocada.

Se bem que sempre percebia como ela queria estar junto comigo quando ia visitá-lo e a Fernanda nunca gostou dela, mesmo que Hayley nunca tenha desrespeitado ela.

Porém é aquilo né, mulher sempre sente.

Miguel foi dormi na minha cama e agora me encontro na cozinha, mando uma mensagem para o Dominic para saber aonde eles estavam, na verdade aonde Carter estava, não queria mandar mensagem para ele, ainda estava com muita vergonha.

Ele foi embora, acho que foi pra fazenda.

Assim que leio isso decido ir até lá, pego o carro do Miguel e agradeço minha brilhante mente por ter decorado o caminho.

Desço do carro e o carro dele está lá, a porta está entreaberta e novamente fico parada, não estou preparada para conversar sobre ontem mas quero muito ver ele, quando olho pela porta vejo ele sentado no sofá tocando violão.

Algo que nunca tinha visto, ele tocando violão, na verdade nunca nem vi esse violão, nem na fazenda nem mesmo no quarto dele.

Porém ele tocava uma música que eu conhecia, era "Never say never - The Fray" e tive a certeza quando ele começou a cantar. Quem diria que Carter Hale saberia cantar tão bem, sua voz era doce e gostosa, sabia exatamente seguir o ritmo da música. Eu passaria horas apenas ouvindo ele cantar, com um sorriso enorme igual eu estou agora.

Ele para o que está fazendo quando sem querer me desequilibro e bato na porta, como pode eu ser tão desastrada?

- Pode entrar Aurora - Carter diz me olhando.

- Desculpa te atrapalhar, você canta muito bem. Não sabia que tocava também, nunca tinha visto esse violão - Digo chegando perto dele, não sabia o que dizer e agora não paro de falar.

- Eu deixo ele no porta malas do meu carro, não gosto de deixar ele por aí. Senta aqui - Ele diz batendo no sofá ao seu lado e assim me sento - Ganhei ele eu tinha 10 anos, sempre gostei de cantar e tocar.

- Você faz isso muito bem, ficaria horas ouvindo - Apoio minha mão no meu queixo e olho para ele sorrindo.

- Não duvidaria - Ele sorri de volta.

Meu mundo parou exatamente naquele momento, me encontrei em um sentimento aonde aquilo era minha paz, estava me sentindo tão feliz. Queria realmente que o mundo parasse naquele exato momento, ficasse só nos dois vivendo isso pra sempre.

Mas logo caiu na real de que isso não vai acontecer e nem pode acontecer, se eu fosse ficar aqui tudo bem, mas não vou. Isso só iria partir o meu coração e o dele que já está bem ferido.

- 10 reais pelo o que você está pensando - Carter diz e então percebo que eu estou parada do mesmo jeito.

- Só que gosto de ficar com você, fico feliz - Digo me encostando no sofá.

- Porque foi embora ontem?

- Porque - Dou uma pausa - como já suspeitava, me senti arrependida - Ele desvia o olhar e encosta no sofá igual a mim.

- Desculpa.

- Não, o que um não quer dois não fazem e eu também queria. Mas eu queria sua amizade, não queria misturar as coisas - Suspiro bem forte, na verdade eu queria outra coisa, queria o Carter só pra mim.

- Porque? Está com outro né?

- Se está falando do menino comigo na lanchonete, ele é meu irmão - Ele da uma risada - E não, é porque como eu disse sobre a Hayley, não vamos estar aqui para sempre.

- Para de pensar no futuro e pensa no presente Aurora - Ele me olha.

- Não consigo - E realmente não consigo, só de pensar em ver ele sofrendo por mim meu coração dói.

Ele não diz nada, pega seu violão e fica tocando. Eu não sei porque eu vim, sendo que eu já sabia que a conversa seria essa. Não tem mais o que falar, ele não quer só ter amizade comigo e é o que eu quero, não sei como vamos resolver isso.

- Como vamos resolver isso? - Deito minha cabeça em seu ombro fazendo ele parar de tocar.

- Quem tem que se resolver é você - Ele diz meio grosso e se levanta guardando seu violão, fico o olhando - Quando decidir o que quer, me procura - Pega suas coisas e sai.

Me assusto com essa atitude dele, nunca tinha visto esse lado dele. Ele não está errado, eu digo que quero só amizade mas ontem transei com ele, digo que só quero amizade mas aonde ele vai eu vou, digo que só quero amizade mas na primeira oportunidade me deito no colo nele.

Fico desesperada com meus pensamentos, vou até a janela que ficamos juntos aquele dia e sento nela olhando a maravilhosa vista que tem aqui, realmente não tem outro lugar melhor.

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