Capítulo 15

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Carter narrando

Já era noite quando levo Aurora até um rio perto da fazenda, quero contar da minha vida pra ela, quero que ela me conheça.

Minha vida sempre foi de altos e baixos, mas nunca me deixava abalar. Eu era o adolescente que todos conheciam, fazia todo final de semana uma festa e as vezes até na semana, bebia e fumava como se não houvesse o amanhã.

Eu mudei, depois que a Cristal morreu eu não soube mais voltar como eu era antes, me fechei para tudo. Até mesmo para o amor, mas Aurora apareceu e me encantou. As vezes ela parece perdida nos próprios pensamentos dela, mas seu jeito me encanta, sua doçura misturado com rebeldia.

Sei que ela vai ter que ir embora em alguns meses, mas prefiro ignorar isso e fingir que isso não vai acontecer.

- Agora me conta - Ela diz assim que nós sentamos na grama.

- Depois que minha mãe adotou Luke, meu pai e ela brigavam o tempo todo. Meu pai xingava o tempo todo, minha mãe quebrava as coisas com raiva, era um verdadeiro inferno - Suspiro - Até que um dia meu pai bateu na minha mãe e foi a gota d'água pra ela e terminou com ele. Ele não aceitou, continuou lá em casa, até que a Jessie convenceu ele de ir embora, falou que iria com ele. E assim os dois foram, minha mãe nunca perdoou Jessie por ela ter ido com ele e não ter ficado aqui com a gente, Luke também não, até porque Luke tinha se aproximado muito dela antes disso - Olho para o rio - Eu e meu pai toda dia brigávamos e quando ele bateu na minha mãe, soquei ele tanto. Paramos de nos falar depois daquele dia, nunca mais vi ele depois que foi embora, e nem quero ver. Mas não condeno Jessie por ter ido, ela era muito próxima dele e sempre esteve com ele em tudo.

- Você não sente nenhum pouco de falta dele?

- Não, depois que ele bateu na minha mãe eu não consigo perdoar ele por isso, minha mãe pode ter alguns defeitos mas nenhuma mulher merece isso - Ela deita sua cabeça no meu ombro e eu a abraço.

Me sinto feliz quando Aurora está do meu lado, algo que só senti com Cristal. Talvez a vida possa estar me dando uma segunda chance de ser feliz, de aproveitar momentos que não aproveitei e espero que Aurora esteja nessa disposição. Eu tinha muitos planos para fazer com Cristal, viagens, filhos, casa, mesmo sendo um adolescente eu pensava em tudo isso com ela. O dia que descobri sobre o câncer foi como um tiro no meu peito e logo depois ela veio a falecer, senti que tudo foi tirado de mim, tudo.

- Me fale mais de você - Digo.

- Nunca tive problemas assim, acho que única coisa que sofro é a pressão da minha família. Todo mundo é bem sucedido lá em casa e eu basicamente nem sei o que vou fazer depois que terminar a escola - Ela se desgruda de mim e segura seus joelhos.

- E porque a gente não descobre? Vamos, me diga o que você faz nos tempos livres.

- Nada.

- Não aqui, mas lá no Brasil o que fazia? - Olho para ela que está encarando o rio.

- Tomava conta da balada do pai da Hayley e quando não fazia isso eu estava dentro da boate mesmo.

- E você gosta disso?

- Eu gosto, adorava ficar lá - Ela me olha sorrindo.

- Já tem algo para começar, pode abrir a sua própria balada.

- O futuro a Deus pertence - Ela me olha com um sorriso malicioso.

Acabo me lembrando do meu aniversário, aquele foi o melhor presente que recebi em toda minha vida. Por mim passaria horas iguais aquelas, queria ter aproveitado mais aquele dia mas ela foi embora.

Me levanto e puxo ela para irmos até o carro, mas antes de chegar lá eu a puxo para mim e beijo ela. Não consigo descrever em palavras como o beijo dela me leva até o céu, nosso beijo se encaixa de um jeito maravilhoso.

Pego suas pernas e as envolvo no meu quadril, sinto que já estou duro e pretendo fazer ela gemer meu nome dentro do carro mesmo.

Desfaço nossos beijos tirando sua blusa e percorrendo todo o seu pescoço com minha boca. Tiro seu sutiã e minha mão aperta um de seus peitos, sinto meu sangue ferver dentro do meu corpo. Precisava dela em mim, ainda mais depois de sentir suas mãos envolvendo o volume que estava em minha calça.

- Peça pra mim.

Queria ouvir ela dizendo que me queria também, que não era só eu que estava sentindo faíscas saindo do meu corpo. Ela inclina sua cabeça até meu ouvido e sussurra tudo o que queria ouvir.

- Me faça gemer seu nome Carter.

Dou um sorriso e agarro seu cabelo a beijando, um beijo feroz que parecíamos selvagens. Não penso duas vezes em arrancar sua roupa toda e fazendo o mesmo com a minha.

Abro a porta do carro e entro na parte de trás, ela entra envolvendo suas pernas no meu quadril e me beijando. Necessitava urgente dela em mim, mas faltava a camisinha.

- Minha carteira tá ali pega a camisinha - Aponto para marcha do carro.

Ela pega e abre a camisinha rapidamente, Aurora era sensacional. Todos os seus movimentos eu observava como se fossem uma obra de arte, ela simplesmente era uma obra de arte e agradeço ao autor.

Quando sinto sua intimidade na minha, me sinto em outra dimensão, nossa excitação era como se a qualquer momento iríamos explodir.

Ela começa a sentar em mim e enquanto fazia isso, me olhava nos olhos e seu olhar transbordava desejo, paixão, como se ela estivesse mais viva do que nunca.

Éramos tão jovens e não estávamos apenas fazendo sexo, estávamos fazendo amor. Quantos jovens conseguem encontrar alguém para fazer amor? Me sinto sortudo para caralho.

Me sinto mais sortudo ainda quando finalmente ouço seu gemido que falava meu nome em sussurros, Aurora não era apenas uma garota, era uma mulher que fazia qualquer um enlouquecer.

Não se esqueçam de deixar a estrelinha 🤎

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