Capítulo 38

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Carter narrando

Eu estava precisando tanto transar com ela, sentia que meu pau iria explodir se não a sentisse novamente. Essa mulher é incrível, quando sinto meu pau dentro dela é como se estivesse entrando no paraíso, como é possível isso?

Estamos dentro do lago e aqui está um gelo, ajudo ela a passar um sabão no corpo e cada parte que toco sinto que não quero perde isso novamente, como passei tanto tempo sem poder trocá-la?

- Chega, já estou congelando aqui.

- Vamos voltar.

Me troca rapidão e enquanto ela se arruma vou até a parte de trás e pego algumas madeiras, começo a fazer uma fogueira para nós. Estou tão acostumado a fazer que logo já começa a subir o fogo, pego umas cadeiras e coloco ali.

- Nossa, estava precisando disso, aquele rio estava um gelo - Ela se senta do meu lado.

- Estava nada, você que não aguenta uma água geladinha.

- Você é louco - Dou risada e abraço ela puxando para mais perto de mim.

- Acho que não conseguimos ser amigos.

- Realmente não podemos, não conseguimos nos segurar nem por um segundo.

- Eu não quero te perder novamente Aurora.

Sinto que ela até para de respirar quando digo isso, não quero assustar ela mas é a verdade. Por mais que esconda isso por trás da raiva, na maioria das vezes não consigo esconder, ela longe de mim era mais fácil mas ela do meu lado é impossível.

Acho que se passaram uns 5 minutos e ela não diz absolutamente nada, exatamente como ela fazia quando já sabia que iria embora. Mas o que ela ganha com isso? Sua vida lá é uma merda pelo jeito que ela diz, antes tinha uma esperança de que daria certo, mas e agora? Agora para mim não tem sentido ela ir embora.

Mas não vou apressar as coisas ou forçar algo, se ela quiser voltar, tudo bem. Antes minha vida era baseada nela, hoje em dia minha vida é baseada em mim e nos estudos.

(...)

Acordo com o barulho da fogueira no seu fim, Aurora ainda está no meu colo e dormindo, não trocamos mais nenhuma palavra depois do que eu disse.

- Aurora - Dou beijos no seu rosto - Acorda.

- Hm? - Ela nem consegue abrir os olhos.

- Relaxa, eu te levo - Pego ela no meu solo e coloco ela no sofá.

Começo a arrumar as coisas e depois me sento na janela, costumávamos a ficar aqui olhando o horizonte e falando sobre a vida. Queria que ela tivesse me falado mais sobre seus pensamentos, sobre seus medos, poderíamos ter enfrentado eles juntos.

As vezes as situações e a resolução do problema é mais simples do que imaginamos e as vezes só precisamos de alguém para mostrar isso. Eu mostraria para ela que não precisava ter medo, poderia esperar o tempo que fosse para tomar a decisão de que faculdade fazer, poderia ficar aqui e iríamos juntos para New Haven, ela jamais estaria sozinha.

Não a culpo por deixar o medo vencer, quando encarei a faculdade quase deixei o medo me vencer, senti que não iria dar conta e que era impossível. Mas eu tinha alguém para me ajudar a vencer isso, tinha Cristal, por mais que não estivesse do meu lado, eu sentia o incentivo dela.

Começo a sentir tanto sono que mesmo com Aurora dormindo eu abro o sofá e lembro que foi minha melhor aquisição esse sofá-cama. Ela se remexe um pouco mas logo para quando ficamos de conchinha, durmo sentindo o cheiro dela.

- Acorda bonitinho, estou com fome - Ela me balança.

- Bom dia para você também.

- Bom dia.

Me levanto passando a mão no rosto, ainda estava morrendo de sono, nem me lembro quanto tempo fiquei sentado naquela janela.

- Quer comer o que?

- Pão de queijo, pão na chapa, café e um suco natural.

- Aqui no máximo você vai encontrar pão e água.

- A pior parte daqui é isso, vocês não sabem o que é comida de verdade - Ela cruza os braços na minha frente e dou risada.

- Para de ser rabugenta e vamos na padaria, mas você dirige, estou com muito sono ainda - Pego a chave do carro jogando nela.

- Achei que tivesse dormido junto comigo.

-  Não, só te coloquei aqui e fiquei sentado na janela, não sei que horas fui dormi.

- Entendi.

Vamos para o carro, coloco no waze o endereço e me deito no carro, preciso dormi um pouco mais.

- Acorda bonitinho.

- Se toda vez eu for acordado com esse bonitinho vou viver dormindo.

- Para de ser exibido.

Compramos algumas coisas para comer e voltamos para fazenda. Ela fez um tour pela fazenda, como estava claro dava para ver tudo melhor, o rio estava lindo e o sol tão lindo quanto Aurora.

- Eu amo esse lugar.

- É uma paz aqui né?

- Sim, muita - Ela sorri e chego mais perto dela.

- Uma paz é estar com você também - Puxo sua cintura e ela enrola seus braços no meu pescoço.

- Achei que fosse uma rabugenta - Dou risada.

- Só as vezes gata, só as vezes - Não aguento e dou um beijo nela.

Nosso beijo sempre foi bom, sempre encaixou perfeitamente, para mim jamais vai existir outra mulher igual ela.

(...)

Transamos umas 4 vezes pela manhã até a tarde, fizemos brincadeiras, ficamos fazendo carinho um no outro.

Parece que estou vivendo um sonho, não consigo acreditar que estamos juntos novamente. E o pior é que tudo igual, a vontade, o desejo, o amor é tudo igual. Por mais que ela não tenha dito que me ama, mas suas ações me mostram que ama e eu a amo muito.

Enquanto ela está no rio pela última vez, começo a arrumar as coisas para voltarmos, estou com uma dor de cabeça e não queria entrar no rio. Vejo uma bolsinha de remédio da Aurora e vou vasculhar para ver se acho algo que melhore essa dor, mas me deparo com um remédio em específico que é para o tratamento de câncer.

Porque Aurora teria esse remédio? Ela não pode estar com câncer.

Começo a me lembrar das tonturas que ela andava sentindo e enjoo, são alguns dos efeitos colaterais. Mas se ela tivesse Hayley saberia? Ela não poderia estar escondendo isso de todo mundo.

- Nossa, comparada com ontem, hoje a água está uma delícia - Ela para assim que me vê com o remédio na mão.

- Porque esse remédio está na sua bolsa Aurora? - Ela fica paralisada - Responde Aurora - Ela continua quieta - RESPONDE.

- Eu estou com câncer - Ela fala tão rápido mas consigo entender cada palavra, as palavras que mais parecem tiros no meu peito.

Não se esqueçam de deixar a estrelinha. 🤎

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