Ah minha heroína

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Oiii amores!
Volteiii e mais uma vez quero agradecer o carinho de vocês, não imaginei que tantas pessoas iriam ler e gostar, cada estrelinha e comentário me deixa muito feliz e eu consigo saber se vocês estão gostando.
Boa leitura!!

Pov Soraya

Onde eu estava com a cabeça quando aceitei embarcar nessa loucura!

- E aí gata, vamos sair daqui e ir para um lugar mais reservado?

Eu mereço! Já não bastava ter tido que passar por amassadores de bunda aleia, tinha que suportar o "gostosão da parada" aqui. Se eu soubesse que festa me reserva isso teria ficando no hotel dançando lambada, mas tinha como?

Não! Pois é. A coitada aqui estava em missão de serviço, inspecionar como este majestoso casino continuava nos tops 10 pelo mundo afora e reportar para meus chefões em casa. Pois minha empresa tinha gastado muito dinheiro nesta pequena expedição que meus colegas morreram de inveja, dizendo que eu estava indo de férias pagas, isso sim.

Ah, se os invejosos soubessem, estava matando-me de trabalhar aqui, bem, mas estava me divertindo também, porque eu mereço! E esta festa estava recheada de diversão, havia um pouco de tudo, até... caramba, como eles conseguiram licença para aquilo.

Mas isto não era problema meu. Meu trabalho era ver e reportar e tomar uns coquetéis neste intervalo, e era justamente isto que eu queria fazer, em paz, na minha, sem esse troglodita incomodando.

O que estava difícil, pois este era mais insistente que os outros, filho da mãe infeliz hein. Não conseguia tomar um não e cair fora!

- Eu já disse que não estou interessada. -
Realcei com meu coquetel na mão começando a ficar irritada com sua insistência.

Que tipo mais chato! Cão que não largava o osso. Dirigi um último olhar sério ao troglodita mostrando que queria ser deixada em PAZ, mas parece que o coitado tinha danos celebrais graves.

Tá certo que minha roupa não era lá grandes coisas, das mais decentes, mas sinceramente, isso era uma festa! E ponto final. Além de que eu tinha direito de vestir como quisesse, isto não me coloca automaticamente na categoria: disponível!

- Isso porque ainda não provaste o grandalhão aqui. - Disse o troglodita pondo a mão no seu material com um sorriso convencido e assustador no rosto.

Ai que nojo! Pra mim deu, não sei se foi os coquetéis que já perdi a conta de quantas exatamente tinha ingerido, mas decide ser grossa mesmo, talvez assim ele entendesse, - e nem penso em provar, não há nada aí que chamou minha atenção. - E sai gargalhando ao alto, deixando o coquetel ao meio.

Não dei tempo do desgraçado responder, sai de fininho, o mais rápido possível que meu salto alto Jimmy Choo vermelhos permitiam. Nem andei muito quando senti o agarro forte do troglodita na minha pele latina.

- O que disse mulher?

O troglodita estava de olhos cerrado, sorriso comprimindo e para variar, sério. Apesar da nuvem embriagadora uma parte de mim entrou em pânico e meu cérebro pôs os miolos a funcionar.

A luz no fundo do poço veio em forma de uma mulher que estava sentada sozinha num canto do bar só observando a festa. Com a ponta do sapato fino dei uma canelada no troglodita que largou-me e eu aproveitei a chance para por meu plano em ação.

Ataquei a coitada antes mesmo dela se dar conta da minha presença. Esmaguei meus lábios nela e sorri ao seu estado paralisado. Mas minha alegria não durou muito porque o troglodita como previsto tinha que vir estragar a festa.

- Hei, nós ainda não tínhamos acabado com a
nossa conversa.

- Larga-me, se não minha namorada vai acabar com sua raça!

O troglodita gargalhou, - quem?

Lutei contra o filho da mãe e este foi obrigado a soltar minha mão, sem perder tempo atirei-me nos braços de minha suposta namorada e ancorei lá. E mais uma vez meus lábios violaram sua boca, surpresa, minha "namorada" não teve reação se não aceitar o que eu estava dando-lhe.

Seus lábios volumosos pelo tato e suaves com um sabor ambrosíaco amargo-doce abriram num suspiro e eu mergulhei fundo, tirando o maior proveito da situação possível. Não iria deixar uma oportunidade dessas passar, seus lábios eram suaves demais para somente fingir beija-la.
Esquecendo do mundo afora, meti provocatoriamente a língua dentro, o explorando com ganância.

Mas como tudo bom acaba, fui arrancada dos braços dessa deusa e forçada a encarar o filho da mãe infeliz do troglodita que não largava o osso, mesmo depois da pequena demostração sem vergonha que o dei de graça!

- Hei boneca, eu disse que ainda não acabei contigo e você fique longe dela.

Fala sério!

- Acredito que ela pediu pra larga-lá.

Aquela voz rouca feminina soou. Graças a Deus!
Meu plano estava dando certo!

- Vai cuidar do seu assunto sua filha da... - as palavras do troglodita morreram assim que ele virou e enfrentou meu herói. - Desculpe, eu.
Desculpe Senhora Tebet. Não sabia que ela pertence a senhora.

U.a.u. pelos vistos minha heroína deveria ser uma fodona para o troglodita cair fora assim.
Foi aí que meu pequeno cérebro embriagado sussurrou palavras que alertaram: pertence a senhora. Eu, pertencer a alguém?

Virei lentamente o corpo para ver a minha suposta "dona", pois quando ataquei a coitada
no bar não tinha prestado total atenção nela, meu instinto feminino só disse que aquela mulher poderia resolver meus problemas com o troglodita. E eu, claro, ataquei.

Céus, por Deus, que que era aquilo?

Palavras sumiram, evaporaram diante da presença daquela estátua venerável de uma mulher. Não me importaria mesmo de pertencer aquela mulher. Ela era a mulher mais bela que já havia visto.

Tinha os olhos escuros, e algumas tatuagens pelo corpo. Uma lutadora?

No entanto, isso não se encaixava com suas roupas Caras: camisa preta social feita a medida, calça azul-escura de marca que destacava suas pernas, sapatos e cinto de couro preto. Tudo sombrio e misterioso.
Meu estilo de vida permitia-me saber diferenciar roupas de etiquetas e marca perante as outras. Por isso essa mulher punha-me confusa, suas roupas ditavam uma badgirl excêntrica, enquanto sua energia, postura gritavam perigo, cautela e atenção.

Mas mesmo com esse aviso continuei minha análise. Estava intrigada demais agora para deixar passar. Ela era alta, com a pele branca parecendo neve.
Possuía um corpo atlético, massa muscular na medida certa e dando uma olhada rápida, não a dava mais de 25 anos. Seu rosto estava fatigado, moldado em traços duros como se não estivesse habitada a sorrir.

Apesar de estar sorrindo — sei que aquilo poderia se chamar de sorriso, uma leve curvada pretensiosa nos lábios não contava como sorriso, contava? E então, o que tudo isso dizia-me sobre ela?

O que era e quem era essa misteriosa mulher?
Não sei. Só sei que estava fascinada por ela, por seu temperamento claramente calmo, suave - prova disso foi como ela lidou com a situação do troglodita - mas algo nos seus olhos, energia, deixava-me ligada, atenta ao seu mero movimento, como se não pudesse tirar meus olhos dele.

Bem, aqui estava uma novidade a ser explorada nestas tao dita cuja "férias."

- Tudo bem? - Aquela rouquidão soou novamente e quase tive um troço ao ouvi-la de novo, desta vez mais macia, sem perder o timbre autoritário. De que planeta era essa mulher? Onde que fabricavam modelos da GQ com onda de lutadoras de ruas?

O exalar autoritário e por ela ter-me protegido do troglodita foram o que levou-me a dar o primeiro passo a perdição - e não tiro a culpa do álcool no meu sistema, dei uma boa risada antes de executar minha vontade.

- Ah minha heroína.

E cai de boca nela com tudo.

Esse capítulo foi no ponto de vista da Soraya, então não tem muitas surpresas, se vocês merecer posto mais um hoje, mas vou pensar, para as meninas que estão no grupo, temos um spoiler. Até o próximo capítulo

Sob a Sombra do PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora