O ENCANTO PROIBIDO - Remus Lupin

𝙋𝙧𝙤́𝙡𝙤𝙜𝙤

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No imponente salão da Mansão Fawley, a patriarca da família observava com desaprovação sua filha mais nova, Margaret, radiante na mesa da Grifinória em Hogwarts. Seus olhos frios e severos refletiam a insatisfação diante do desvio do destino esperado para a jovem herdeira. Enquanto seu primogênito, seguindo a tradição familiar, fora selecionado para a Lufa-Lufa, Margaret desafiava as expectativas ao se destacar na Casa dos Leões.

Entre um gole de vinho de sangue puro e outro, o Senhor Fawley expressava sua preocupação em voz alta, lamentando para os ouvidos atentos dos retratos ancestrais que adornavam as paredes.

- Como pode nossa filha encontrar felicidade em uma casa que não carrega nossa história? Resta agora apenas ela se envolver com um mestiço ou um nascido trouxa para completar ainda mais a transgressão - ecoava sua voz autoritária e impregnada de preconceitos enraizados..

Diante das acusações veladas do pai, Margaret ergueu o olhar com determinação, refletindo a chama de rebeldia queimando em seu peito.

- Não tenho culpa, pai. O Chapéu escolheu por mim, e não posso mudar isso. Mas confesso que lamento não seguir os traços familiares como Edward - murmurou ela, revelando a mágoa de não cumprir as expectativas paternas.

O Senhor Fawley suspirou pesadamente, suavizando sua expressão dura por um breve momento.

- Não vamos te deixar de lado, minha filha. Amamos você acima de tudo, mas ansiávamos por ver nossos valores perpetuados através de você - respondeu ele com um misto de afeto e resignação.

Enquanto o jantar prosseguia entre silêncios carregados e olhares cheios de significado, Edward interveio animado para desviar a atenção do conflito latente.

- Estou muito feliz na escola! Adorei as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, especialmente agora que trocamos de professor. Não suportava o Gilderoy Lockhart - exclamou ele com entusiasmo, desviando o foco para sua própria jornada em Hogwarts.

Os pais de Edward compartilharam sua alegria, indagando-se sobre quem seria o novo professor designado para essa disciplina desafiadora. Enquanto isso, Margaret permanecia absorta em seus pensamentos sombrios sobre o futuro incerto que se desenhava à sua frente.

Após o jantar tenso na Casa Fawley, o elfo doméstico da família surgiu para recolher os pratos, interrompendo momentaneamente a atmosfera carregada que pairava sobre a mesa. Com um semblante sério e voz trêmula, ele informou ao Senhor Fawley sobre a carta do Ministério da Magia que convocava o patriarca para depor em um julgamento iminente. O Senhor Fawley assentiu com gravidade, deixando a mesa e subindo as escadas para se preparar para o compromisso oficial.

Enquanto isso, Margaret abandonou a mesa de jantar com um suspiro resignado, ciente de que teria que se dedicar ainda mais aos estudos da matéria que tanto detestava no novo ano letivo que se aproximava. Ela se dirigiu ao sofá, perdida em seus pensamentos conflituosos, quando uma batida na porta chamou sua atenção.

A Senhora Fawley esperou que o elfo abrisse a porta e se deparou com o Senhor Diggory acompanhado por seu filho Cedrico. O Senhor Diggory era um antigo aliado da família Fawley e do Ministério da Magia, e sua presença naquele momento carregava consigo um ar de importância e urgência. Parecia que ele se juntaria ao Senhor Fawley em sua ida ao Ministério.

A Senhora Fawley, com sua habitual gentileza, convida os visitantes a adentrarem a casa, expressando que eram bem-vindos naquele momento de incerteza e agitação. O Senhor Diggory agradece o gesto caloroso e informa que Cedrico precisaria ficar sob os cuidados da família Fawley até o momento do embarque para Hogwarts no dia seguinte.