𝕏𝕏𝕍𝕀

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— Vocês finalmente chegaram. Tava pensando que iam ficar no quarto. - a Uzumaki revirou os olhos. — Puta que pariu, Izuna! Esse colar é—

— Muito bonito né? - Tobirama cortou a ruiva.

Se Izuna descobrisse que aquele colar era uma edição limitada da Van Cleef & Arpels e o quanto custava ele com certeza brigaria com seu alfa.
E Tobirama não queria que Izuna brigasse consigo.

— Sim. Muito bonito. Só pra sua informação, meu aniversário é dia 3 de maio e, além de ser a pessoa que te ajudou a marcar o seu omega, vou ser sua cunhada e você tem que me tratar bem pro Hashi não brigar com você.

Tobirama soltou uma risada nasal e apenas concordou com a ruiva.

— Eu preciso fazer uma ligação rápida. - o Senju disse. — Eu volto logo mas se precisar de mim chame.

— Tudo bem. - Izuna concordou.

O salão de festa era enorme.
Havia uma grande pista de dança e um pequeno bar. Tinha também pessoas andando com tabuleiros de pequenos aperitivos e bebidas.

A música que tocava era lenta e pelo que eles perceberam, seria assim a noite toda o que fez Mito pensar que ricos não sabiam se divertir.

— Boa noite. - um homem se aproximou deles. — Será muito cedo para que chame a senhorita para uma dança? - ele se curvou com a mão estendida na direção da Uzumaki.

Mito intercalou o olhar entre Izuna e o homem na sua frente desesperada.
O omega ao ver o desespero da amiga sorriu e fez o sinal para que ela fosse.

Enquanto sua amiga dançava, Izuna foi para o bar.

— Boa noite. Poderia me dar uma limonada, por favor.

— Boa noite. Já está saindo. - o barman disse. — Normalmente não saem pedidos de bebidas não alcoólicas por aqui. Posso saber o seu nome?

— Ah, eu não bebo. E me chamo Uchiha Izuna.

— Como alguém tão jovem como o senhor não bebe? - perguntou entregando a limonada para Izuna. — Está perdendo as coisas boas da vida.

Izuna apenas concordou com a cabeça enquanto dava um gole na sua limonada. Ele não queria se aprofundar naquele assunto porque ele tem os seus motivos para não beber.

— Quero uma dose dupla de Jack Daniel's.

— Por favor. - o Uchiha completou pelo homem desconhecido. — Não dói ser um pouco educado.

— E você gracinha, quem é? Parece que já tem dono. . . - comentou vendo a marca. — Mas isso não me impede de te colocar no seu lugar.

— Sim, sim. Você é o lobo mau. - revirou os olhos. — Apenas se afaste de mim antes que meu alfa chegue e nós dois poderemos aproveitar a nossa noite.

— E se eu não fizer isso?

Tudo que Izuna fez foi suspirar e deixar o desconhecido falando sozinho.
Ele realmente estava cansado de salvar o pescoço desses alfas por isso se Tobirama chegar ele não vai impedi-lo de fazer nada.

— Você está me ouvindo, omega insolente? - o homem agarrou o pulso alheio com força. A pele de Izuna era sensível e aquilo com certeza ficaria marcado. — Você não vale o meu tempo, eu vou embora.

— O senhor quer que eu vá buscar os primeiros socorros? Seu pulso está machucado.

— Você deveria chamar uma unidade médica, mas não pra mim. Se meu alfa ver isso aquele homem realmente não vai ficar bem. . .

— Por acaso, seu alfa é o senhor Senju? - Ishikawa, o barman, viu Izuna acenar positivamente com a cabeça e desesperou.

Todos os funcionários do Cruzeiro foram avisados que havia um alfa lúpus dominante a bordo e que não era pra se meter com ele de forma alguma.
Muito menos com sua família.

— Izu, você está bem? - falando no diabo.

O barman sentiu a pressão só pelo facto daquele homem estar na sua frente.
Ele imediatamente ligou para que a unidade médica fosse ao local.

— Eu estou. Estava aqui conversando com o. . .

— K-Kamizuru Ishikawa. . .

— Kamizuru-san. Ele é legal. - Izuna comentou com seu alfa. — E a limonada está muito boa.

— Só você pra vir pra uma festa assim e pedir limonada. - o platinado riu. — Quero um copo do champanhe que eles estão distribuindo por aí, por favor.

— S-sim, senhor! - ele praticamente correu para ir servir o alfa.

— Izu, por que não está bebendo a sua limonada?

— Bem. . . - se ele tirasse a mão de cima do pulso para pegar o copo, seu alfa veria seu pulso marcado e isso não seria nada bom.

— Você está escondendo alguma coisa? - Tobirama arqueou a sobrancelha olhando para a mão do Uchiha.

Ele não queria forçar Izuna a falar nada e como se fosse um sinal, o barman colocou a bebida de Tobirama em cima do balcão.

— Aqui está, senhor.

— Você esteve aqui o tempo todo, certo? - o homem acenou com a cabeça rapidamente. — Então você sabe o que aconteceu. Fale.

— Um dos nossos clientes estava alterado e bom. . . Ele acabou machucando o senhor Izuna. - Ishikawa ainda não era corajoso suficiente para mentir para o Senju.

Tobirama ouviu a palavra 'machucado' e imediatamente tirou a mão de Izuna de cima do seu pulso expondo o local roxo.

— Quem fez isso? - não obteve resposta. — Eu perguntei quem fez isso!

— Olha como você fala comigo, Tobirama! - o moreno levantou o tom. — Eu não sei o nome do cara e quase não olhei pra cara dele. Minha pele fica marcada por qualquer coisa, você já devia saber isso.

— Mas se ficou marcada significa que ele encostou em você. Ele não pode encostar em você. - Tobirama estava falando isso de forma tão calma que o barman deu um passo pra trás.

— Eita que aqui tá um clima tenso. O que rolou? - só Mito pra conseguir desanuviar o ambiente.

— Nada demais. - Tobirama disse e se virou para o barman e estremeceu com o olhar avermelhado. — Quem é?

— E-ele está sentado no sofá vermelho. Com omegas e betas a volta dele. - ele disse quase não conseguindo respirar.

— Obrigado. Mito, fique com o Izu por 10 minutinhos enquanto eu resolvo isso. E, por favor, cuide do pulso dele. - só então a ruiva percebeu o pulso do amigo e arregalou os olhos.

— Pelo menos leve ele para fora pra não causar tumulto. - Izuna suspirou.

— Está bem.

— Uchiha Izuna. Você vai me falar tudo que aconteceu e com os detalhes que eu mereço.


𝒟ℯ𝓈𝓉𝒾𝓃ℴ {𝕋𝕠𝕓𝕚𝕚𝕫𝕦}Onde histórias criam vida. Descubra agora