𝕏𝕀

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Na volta, Mikoto dormia no banco de trás do carro do alfa enquanto os dois adultos estavam na frente.

— Me desculpe. - Tobirama disse no meio do silêncio fazendo o Uchiha o olhar confuso. — Eu prometi para a pequena que ia me desculpar com você por ter te deixado triste. Me perdoe.

— Não se desculpe!

— Posso perguntar por quê que você ficou triste?

— Sendo sincero? - o alfa concordou com a cabeça não tirando os olhos da estrada. — Eu pensei que você tinha desistido da gente. . . A verdade é que, no fundo, eu ainda não consigo acreditar que alguém como você quer algo com alguém como eu. . .

— Izuna, o que eu preciso de fazer para que você acredite que eu te amo?

Aquilo fez o omega arregalar os olhos de tal forma, que quem o visse pensaria que que iriam pular para fora mas ele não respondeu nada.

— Chegamos. - o alfa suspirou ao chegarem na casa do Uchiha. — Se você quiser, eu posso levar a pequena para casa.

— Ah, sim. Obrigado. . .

Eles entraram na casa e Tobirama levou a pequena até o seu quarto enquanto Izuna ficou na sala brincando com os seus dedos tentando pensar no que dizer para o alfa.

— Eu estou indo então. Se precisar de qualquer coisa é só me ligar que eu venho a qualquer hora. - o Senju se despediu evitando o contato visual.

— Espere. . . Eu não queria deixar nem você nem o seu lobo tristes. . . - o omega disse ao perceber o motivo do alfa não estar olhando para ele. — Eu quero confiar em você, Tobirama. . . de verdade! Eu só não sei como.

— Está tudo bem. Eu já disse que não vou apressar nada e que é tudo no seu tempo. Só. . . me ligue se precisar de mim, sim?

O Senju saiu antes de ouviu o que o omega tinha pra falar até porque seu lobo estava no limite.
Mais um pouco e ele fica depressivo e quando ele sente que isso vai acontecer, só teu uma pessoa em quem ele pode contar.

— Tobi? - Hashirama sempre recebe as ligações do irmão com dúvida e preocupação porque o Senju mais novo não é de ligar.

— Você ainda está lá em casa? - sua voz transmitia toda a tristeza que ele estava sentindo porque ele não precisava fingir nada com o seu irmão.

— O que aconteceu, Tobi?

— Não importa o que eu faça, ele nunca vai confiar em mim, ele nunca vai me ligar se precisar de mim, ele nunca vai me chamar pra desabafar.

— Tobi. . . Vocês estavam tão bem aqui. O que faz você pensar isso?

— Foi ele que me disse. Ele disse que quer confiar em mim mas não consegue.

— Se ele disse que quer confiar em você já é alguma coisa.

— Eu tenho a certeza que ele só disse isso para eu não me sentir tão mal. Não funcionou por isso estou indo para aquele lugar libertar o meu lobo por uns dias. É isso ou ficar com um lobo depressivo e eu não estou afim de lidar com isso.

— Tudo bem, Tobi. Obrigado por me avisar e fique bem, sim?

— Eu vou tentar. Ele não vai ligar mas se por um milagre isso acontecer, diga que fui em missão ou algo assim.

— É claro que ele vai ligar, Tobi. Ele ligou enquanto você estava no rut, esqueceu? Você devia avisar pra ele. . .

— Não. De qualquer forma, até daqui a uns dias.

Tobirama ouviu um suspiro do irmão mais velho antes de desligar e também suspirou.

Enfim, alguns dias depois, Tobirama voltou para casa mas não contactou Izuna.
Em contrapartida falava com a sua filhote quase todos os dias e ela o contava o quanto ela estava ansiosa para o ano novo.

— Tobi! O que vamos fazer no ano novo? - Hashirama perguntou animado.

— De jeito nenhum vamos fazer uma festa como a do ano passado. Eu odeio ser o único sóbrio do grupo.

— Então beba! - Jiraya falou como se tivesse resolvido o maior problema do mundo.

— Se eu beber, quem é que vai cuidar do vocês?! - silêncio foi a sua resposta. — Exato. Então, sem festa.

— Tobi! - Hashirama choramingou. — A gente promete que não vai exagerar. A sua casa é a única que a gente pode fazer as festas.

— Por isso que sou sempre eu que me fodo! - ele reclamou. — Eu ja disse que não. Eu agora tenho uma filhote, não posso perder o meu tempo sendo babá de caras com 30 anos nas costas.

— Então se você for passar o ano novo com eles, a gente pode ficar com a sua casa?

— Não, porque eu ainda quero ter onde viver no próximo ano. - o platinado revirou os olhos. — Além disso, se eles quiserem passar o ano novo comigo, vai ser na minha casa.

— Mas se eles não quiserem, você vai precisar de alguém pra te animar!

— Eu já disse que não! Agora trabalhem antes que—- Tobirama foi interrompido por Hiruzen, que veio dar uma notícia.

— Tobirama, você tem uma visita na sala de espera.

O Senju achou isso muito estranho mas ainda assim concordou e foi para a sala de espera. Tudo isso apenas pra encontrar ninguém mais, ninguém menos que Izuna.

— Izuna. . .

— Oi. - o omega cumprimentou corado. — Você está muito ocupado? Interrompi o seu trabalho?

— Não! Você não interrompeu nada. Quer falar comigo? Para ter vindo até aqui deve ser importante.

— Sim. . .

— Vamos sair então. Aqui as paredes tem ouvidos. - ele grunhiu para os fofoqueiros que os espiavam atrás da porta. As vezes parece que esquecem que ele é lúpus dominante.

Tobirama levou o Uchiha para um pequeno parque ali perto.
Por coincidência ou não, era perto do lugar onde eles se conheceram e estava tanto frio quanto no dia.

Com isso em mente, o alfa cobriu Izuna com o seu casaco mais pesado e mais quente pelo seu calor corporal.

— Não precisa! - Izuna tentou, em vão.

— Você veio até aqui sozinho? - ele ignorou totalmente o omega, que apenas assentiu suspirando. — Sabe que isso é perigoso, Izuna. Onde está a pequena?

— Ela está com a Mito. Além disso, eu precisava falar com você hoje! Eu não estava aguentando mais. . .

— Pode me dizer Izuna.

— Eu. . . Eu sinto a sua falta, Tobirama! Eu quero você, alfa. . .

𝒟ℯ𝓈𝓉𝒾𝓃ℴ {𝕋𝕠𝕓𝕚𝕚𝕫𝕦}Onde histórias criam vida. Descubra agora