the lies of fame - sabiany

004 | the heaviest cross

"Eu posso?"

Any Gabrielly

—Isso é ridículo, horrendo, assustador!

—Joalin: Parecia muito que vocês queria se comer, os olhos de vocês ofuscavam desejo e tesão. — Olhei para ela completamente indignada, mas antes que eu voasse em seu pescoço para mata-lá, Savannah lhe acertou um tapa estralado na nuca. —Qual é?

—Savannah: Você não está ajudando.

Eu podia sentir a raiva corroer cada centímetro do meu corpo, toda essa confusão, essas merdas de fotos vão me deixar maluca de ódio. Sei que o meu trabalho envolve a internet, paparazzis, e essas porras de fofocas, mais com ela não, eu prefiro morrer a ter que aturar todos comentando que eu fui mais uma em sua cama.

Sabina e eu, somos como fogo e gasolina. Se ficarmos perto demais, tudo a nossa volta se torna um caos, tudo explode, é como um vulcão em erupção.

—Por que isso tinha que acontecer justo comigo? — Fingi chorar e me sentei em cima da mesa, enquanto ouvia Joalin rir. Respirei fundo, e encarei a loira com cara de poucos amigos, tentando ignorar todos os motivos que o universo estava me dando para mandá-la ir se foder hoje.

—Joalin: Que drama. Isso aconteceu com você, e com outras milhares. — Eu e Savannah reviramos os olhos entediadas. Ser amiga de Joalin é meu segundo maior castigo da vida, o primeiro é Sabina Hidalgo.—Não ligue tanto para isso, Noah gosta que suas estrelas sejam o centro das atenções.

—Savannah: O que quer dizer com isso?

—Joalin: Eu quero dizer que, toda vez que uma pessoa nova é contratadas pela Urrea's eles usam a imagem de Sabina para ter mais engajamento, e visibilidade.

—Savannah: Está dizendo, que mandaram tirar aquelas fotos propositalmente para alavancar a carreira de Any?

—Joalin: Talvez isso tudo seja uma armação, só um marketing barato que está dando certo.

—Eu não preciso de Sabina para nada, para porra nenhuma. — Fechei as mãos em punho, e esmaguei meus dedos com força para tentar conter o ódio. —Nunca! me ouviram bem? Eu nunca, vou abrir as pernas para aquela troglodita, nem se ela for a última pessoa no mundo e eu estiver morrendo de tesão.

—Joalin: Já ouvi isso antes, e sabe como terminou? — Juntei a sobrancelhas, confusa com toda sua animação. —Eu juro sua vadia, que quando eu sentar ninguém me tira mais de cima. Aww Sabina! — Ela falou com uma vozinha fina e irritante, e seu gemido saiu alto me fazendo arregalar os olhos.

Joalin e Savannah se entreolharam, e ficaram em silêncio por um tempo antes de caírem na risada bem ali, na minha frente. Primeiro eu fiquei possessa vendo elas se acabarem de rir, pensei várias vezes em perder meu réu primário mandando essas filhas da puta pro inferno, porque eu realmente estava falando sério sobre essa porra toda, mais no fim acabei rindo também até a minha barriga começar a doer.

—Vão se foder. — Sorri, e levantei meus dois dedos do meio na direção delas.

Quando o sinal tocou os alunos começaram a entrar na sala, e nós nos sentamos nos nossos lugares. Durante toda aula eu podia sentir as pessoas me olhando, rindo, e tirando fotos de mim discretamente. Estava sendo difícil me concentrar, não consegui entender nada do que a professora dizia, e ainda tive que ficar aturando as bolinhas de papel que Joalin fazia questão de jogar na minha cabeça. Parecia que a hora não passava, era torturante, estava tudo conspirando para que meu dia fosse péssimo hoje.