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(jeongmi, exibicionismo)
Myoi Mina atuava em seu cenário comum, escondendo-se por elementos físicos enquanto transitava de uma tela para outra. A vida era sua filmografia incompleta, sem meios ou fins, mas inícios com horas e horas de duração. Ia de tardes ensolaradas, em que as janelas se abriam junto das cortinas, até o sol baixar e pintar o apartamento simples em cor laranja.
Jeongyeon não perdia um instante daquele pôr do sol, Mina se pondo na borda da tela, se deixando ser parte daquela composição de cores, até as ruas escurecerem e acender as iluminações internas tímidas.
Mina atravessava da sala para o quarto, dando tempo de uma tela e outra. Jeongyeon puxava o ar e só soltava ao tê-la de volta. Mina passou pelo batente do quarto, ligando o abajur e se aninhando na cama espaçosa. Ela revirava o corpo entre os lençóis, se livrando aos poucos de cada peça. Ela primeiro retirou o sutiã, puxando uma alça, depois a outra, passando pelo tronco e deixando agarrado em sua cintura.
A atriz se movia lento, não se exigia, era o seu momento de segundo a sós. E ela aproveitava assim, se tocando, se desamarrando aos poucos.
Desabotoou a calça, abaixou o zíper e deixava ir junto do sutiã. Ela se esforçava nessa hora, levantava as pernas, e puxava a peça para cima, embolando nos seus pés até por fim se manter apenas com as peças brancas no corpo. Ela voltou a cabeça ao travesseiro, uma mão acariciando o seio e a outra entre as pernas. Ela tocava por cima da calcinha, trazia os dedos ao seu olfato, inspirava e lambia a ponta, degustando de si.
Seus olhos iam ao teto do quarto, os lábios bonitos se fechavam contra o indicador, sugando e retirando molhado. Malinava um pouco mais do seio, apertando o bico evidente, e pôs a mão por dentro da calcinha.
Ela buscou um pouco de apoio, se abrindo mais.
Era em situações como aquela que a lente de Jeongyeon se mostrava insuficiente, jogando para a mente a possibilidade de criar. E sua imaginação corria como o ar dos pulmões de Mina, a cabeça inclinada para trás, os lábios entreabertos e o pulso movimentando.
Mina se engasgava no próprio tesão, era um sôfrego gozo, as pernas se fechavam contra a mão, mas não se dava por satisfeita. Sensível, mal aguentava tocar em si, os olhos se abriam e seguiam até quem a espiava.
Era ali, na distância entre os prédios e o reflexo da lente, que Mina encontrava o desejo, montando no travesseiro, esfregando contra aquela maciez. Fazia daquela peça, o colo de Jeongyeon, sua grande espectadora. Para quem valia todos os shows.
