Cap 2- The first female runner.

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2 meses depois..

Já haviam se passado dois meses desde minha chegada à clareira. Desde então eu não consigo um trabalho totalmente fixo, ultimamente tenho sido uma "faz tudo." O que particularmente na maioria das vezes é completamente uma merda.

Agora estou na plantação junto de Newt, estamos separando os frutos do pomar.

— Newt, posso te fazer uma Pergunta?

— Fala aí.

— Demorou muito para você se estabilizar em um trabalho aqui na clareira?

— Não muito, um mês no máximo, por que?

— Não é que eu não fixo em nenhum trabalho, e está sendo uma merda!

— Uma merda? Olivia, agradeça por não estar no cargo de sloppers, esse é o pior trabalho daqui! — Ele disse me olhando.

— Não precisa me dar um sermão, Newt. — Digo com um sorriso de canto.

Desvio o olhar para baixo, olho para o lado dos muros e vejo o grupo de corredores saindo dele. Paro o que estou fazendo e observo os corredores, apoio meu braço sobre a galho da árvore e os vejo correndo.

Sempre que os vejo, a curiosidade e a vontade de entrar no labirinto tomam conta de mim. Sempre fico me perguntando como seria ser uma corredora, sei que seria um risco. Mas seria um risco que estava disposta a correr.

Fico quieta por alguns segundos, vagando em meus pensamentos, porém, sou interrompida pela voz de Newt me chamando.

— Aí, terra chamando pra Olivia, tá me ouvindo?

— Desculpa.

— O que a sua cabeça tá pensando?

— Nada.

Nada o caramba. Eu estava sobre o labirinto.

— Desembucha logo.

Respiro fundo e olho para Newt, essa vai ser a pior merda que irei fazer.

— Newt, e se eu quiser ser uma corredora?

— Ficou maluca de vez, né?

— Eu só fiz uma pergunta simples. O que eu tenho que fazer pra me tornar uma corredora?

Newt suspirou. Em seguida, se virou novamente para mim e disse:

— Bom, primeiro, você tem que falar com o Minho, já que ele é o líder dos corredores, depois temos que convocar uma reunião com todos os corredores para ver se eles aprovam você.

— Do jeito que está falando parece simples.

— Parece, mas não é.

Reviro os olhos ficando completamente frustrada com sua resposta. Tenho que falar com Minho de qualquer jeito.

(...)

Depois de um tempo, fui até onde os corredores estavam, procurei por Minho e caminho até ele. Meu coração está acelerado, minhas mãos estão suando e sinto que a qualquer momento meu coração pulará para fora de me peito. Por algum motivo isso me deixa nervosa. Quando menos percebo, estou há alguns metros de distância de Minho.

— Aí, Minho, posso conversar com você? — Digo em um certo tom de voz baixo, porém, ele me ouviu. Agora não há mais volta.

— Oi, fala aí. — ele disse sem olhar em minha cara, o mesmo estava enfaixando uma faixa em seu pulso.

Logo, tomo coragem e digo.

— Quero fazer o teste para ser corredora.

Minho parou de enrolar a faixa em seu braço e em seguida olhou em meus olhos com a expressão fechada.

𝐋𝐈𝐕𝐄 𝐎𝐑 𝐃𝐈𝐄- The Maze runner Onde histórias criam vida. Descubra agora