— Essa aqui é a Pilar dona Helô... — Creusa disse apresentando a empregada para Helô.
— Oi muito prazer.... — Helô disse terminando de tomar café da manhã.
— Obrigada pela oportunidade, eu realmente estava precisando muito, minha família é do interior do Amazonas e esse dinheiro vai ser muito bem vindo! — Pilar disse.
— Bem, como a Creusa te explico, vamos fazer uma explicação de três meses, se a gente gostar, a gente te contrata de vez.... — Helô disse.
— Ok. — Pilar respondeu ansiosa.
— Creusa te passa tudo! — Helô disse.
— Vem Pilar, vou te levar pra conhecer a casa, da licença dona Helô.... — Creusa disse e saiu com Pilar.
Depois Helô foi pro quarto dela, onde Pedro e Stenio dormiam tranquilamente, naquela noite Pedro estava muito inquieto e mesmo não gostando muito, deixou o menino dormir com ela e Stênio na cama. Ela queria muito esquecer e superar, mas ver os dois dormindo assim, um do lado do outro, era inevitável não pensar ou se perguntar. Ela estava se achando louca, mas até a forma de dormir, a disposição em que os braços estavam, as pernas e a boca eram parecidas. Tentando afastar esses pensamentos, ela foi tomar banho.
Enquanto a água caia sobre seu corpo, ela se questionava mais uma vez como pode não ter notado a diferença, como não percebeu e acima de tudo, como foi tão descuidada e acabou resultando no Pedro. Não que ela não amasse o filho, mas não era pra ter acontecido. Não com ela, não de novo. Não com dois psicopatas.
— Posso me juntar a você? — Stenio disse entrando no banheiro esfregando o olho ainda sonolento e ela só assentiu. Ele tirou a roupa e entrou no chuveiro com ela. — Tá tudo bem?
— Tá.... A Creusa tá mostrando a casa pra nova empregada.... — Helô disse.
— Você não quer? — Ele perguntou.
— Não é isso...mas... Sei lá.... — Helô suspirou enquanto ele abraçava ela por trás. — Senti uma coisa estranha quando olhei pra ela.... não sei .....
— Helô, se você não quiser, tá tudo bem.... — Ele disse de forma carinhosa.
— Não, não é isso....— Helô suspirou. — Sei lá, é como se eu já tivesse conhecido ela antes, não sei explicar bem...
— Mas a gente já não levantou a ficha dela? — Stenio disse.
— Eu sei... — Helô disse virando pra olhar pra ele enquanto a água caia pelo corpo deles. — É só neura minha mesmo.
— Vamos pra fazenda esse final de semana? Eu, você e as crianças? — Ele sugeriu.
— Olha, ate que é uma boa ideia viu.... — Helô disse sorrindo.
— Bom.... — Ele se inclinou pra beijar ela, seria um beijo casto, mas Helô aprofundou o beijo, e ele impressou ela na parede do box, mas antes que as coisas pudessem ir mais longe, eles ouviram Pedro resmungando na cama.
— Ah...droga.... — Helô reclamou rindo encostando a testa na dele.
— Rapidinho.... — Stenio disse puxando ela pra outro beijo, mas nesse momento os lamentos amenos do bebê se tornaram um chorinho e Stenio suspirou. — Vai ficar pra depois....
— Isso é uma promessa? — Ela perguntou rindo saindo do banheiro e colocando o roupão.
— Na verdade, um convite, vamos jantar fora? — Ele falou.
— Ok... — Helô disse disse indo pro quarto pegar o filho. — Meu Deus, quanto drama... — Ela disse pegando o bebê no colo que parou de chorar assim que ficou nos braços dela. Automaticamente o menino procurou o seio da mãe e ela deu livre acesso pra ele.
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The Hidden
General FictionA vida às vezes prega algumas peças na gente de maneira surpreendentes mas nem sempre milagrosas, Helô e Stenio aprenderiam isso da pior maneira.