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Leon

A qualquer dia ou qualquer hora pode nascer nossa feijaozinha. Não sei o que fazer pra manter essa mulher parada em um lugar. Quando pisco ela está em outro lugar da casa. A impressão que tenho é que só eu estou aflito com a possibilidade dessa menina nascer a qualquer minuto.

- AMOR VIU MINHA CARTEIRA? - Entrou no quarto gritando. - Ah, oi! - Sorriu. - Viu? Apostei com o Pedro se o Liam ia comer Kimchi. E o Liam comeu pro tio ganhar. Aquele traidor.

- E por que ele comeu pro tio ganhar? - Isso é muito suspeito.

- Oras porquê, porque Pedro prometeu levar ele pra comprar um brinquedo se ele comesse. Isso foi injusto. - Deitou na cama com a expressão cansada passando a mão na barriga.

- Você está bem? Está sentindo alguma coisa? - Me aproximei dela preocupado. Me sentei perto dela tirando o cabelo dela do rosto, pois estava solto.

- Estou cansada demais! Ela está muito pesada, minhas costa estão me matando. - Fechou os olhos.

- Quer massagem? Senta, vou fazer um pouco de massagem em você. - Ela se sentou e fiquei atrás dela começando a massagear. - Vai passar amor. - Beijei as costas dela. Fiquei um tempinho massagiando. - Vamos descer pra Jantar amor?

- Vamos, estou com fome mesmo. - Nos levantamos. - Obrigado por ser Marido e Pai! - me beijou.

Descemos com cuidado. No segundo andar antes de descer ela parou um pouco pra recuperar o ar.

- Quer ir no hospital? Isso não tá normal. - Isso me preocupou. Ela negou com a cabeça e continuou a descer. Acompanhei ela com cuidado. - Senta. Vou colocar sua comida hoje.

- O que foi Maria? Está com a cara mais acabada que o normal. E cadê meu dinheiro? - Por incrível que pareça ele não estava brincando. Ele falou preocupado.

- Só um pouco cansada. Uma noite de sono resolve. E o dinheiro, o meu marido vai pagar. - tentou sorri. A mãe dela automaticamente ficou olhando pra ela com bastante atenção.

Começamos a comer na confusão de sempre, todos falando ao mesmo tempo, Liam gritando pra poder participar da conversa, todos rindo na bagunça maior, por causa da família da Maria que eu acho que é pior que a nossa no quesito barulho.

- CALEM A BOCA! A MARIA ESTÁ COM DOR! MARIAA! AI MEU DEUS - Minjin gritou se levantando e todos ficaram em silêncio assustados. Minha sogra, meu sogro, meu pai e eu fomos até ela desesperados. Sabíamos que iria acontecer, estavamos nos preparando pra isso a qualquer momento. Mas ao mesmo tempo não imaginava sentir isso. Não estou preparado pra isso. Faltei alguma aula não é possível.

- Amor! O que foi? - Acho que o ambiente ficou menor. De repente me sinto claustrofóbico. Estou sem ar. O sangue se foi.

- Calma. A bolsa estorou! Precisamos ir ao hospital. - Respondeu em meio à uma puxada de ar. Segurei a mão dela e estava gelada.

- Bem na hora do jantar ela resolve nascer? Só podia ser filha de vocês mesmo. - Pedro brincou, mas ninguém gostou da brincadeira, tirando a Maria e a Minjin claro.

- PEDRO! - Todos exclamaram ao mesmo tempo e os três riram.

- Não sei como a Maria ainda pode rir nessa situação. - Mônica também estava nervosa. - Levem logo ela gente. Aí meu Deus.. e se ela nascer aqui na cozinha?

- Leon pega a bolsa dela e da bebê. Vamos para o hospital! - A dona Livia mandou - Filha? Quanto tempo de uma contração à outra?

- Acho que 6 minutos. - Respondeu em meio à uma careta de dor. Ela apertou muito forte minha mão. - Não sei mãe. Só acho que ela vai nascer nessa cozinha se não formos logo. - Corri para o nosso quarto, peguei tudo que já estava preparado à dias. Desci correndo, escorreguei um pouco, mas continuei correndo, não tinha tempo pra cair agora. Minha filha vai nascer.

Um Sonho de Deus - (Romance Cristão) Onde histórias criam vida. Descubra agora