Um Sonho de Deus - (Romance Cristão)

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Leon

Minha esposa vestiu o vestido elegante que disse que trouxe e simplesmente fiquei sem palavras para descrever tamanha perfeição, nem tanto pelo vestido, eu já tinha visto antes no nosso armário. Mas por ela que qualquer roupa fica perfeita. Ela usa um vestido bege, não é justo e nem muito curto, com um cinto também da mesma cor, e uma maquiagem perfeita sem exageros e um salto. Cada vez que vejo ela saindo pra algum lugar, percebo que uma mulher não precisa usar decote ou roupas justas para ser bonita e nem maquiagens fortes para destacar seu rosto. Maria consegue captar a elegância e beleza sem se enquadrar nos padrões desse mundo. Minha esposa!

- Amor! Eu estou sem palavras... você está exuberante! - Disse admirado com ela.

- Os elogios só melhora. - Riu e me deu um selinho rápido, nem consegui sentir o sabor dos lábios que tanto amo.

- Eu quero um beijo de verdade! - reclamei pra ela que negou pegando sua bolsa. - Amor! Por favor! Um beijo rápido. É o batom? Pra quê usar batom então? Nem gosta de batom!

- Mas hoje irei usar, tenho que estar elegante por completo. - Disse girando.

- Mas nem dar de ver direito o batom! Nem vai fazer diferença.

- Se você prestou atenção que estou usando é porque faz diferença. E vamos! - me puxou pra fora do quarto, mas ainda queria o beijo.

- Quando que vou poder beijar você então? - Reclamei igual o Liam cruzando os braços.

- Quando sairmos do restaurante... -Revirei os olhos diante disso. - Amor! - riu de mim. - Viveu uma vida sem meus beijos e não morreu até agora.

- Por isso mesmo, vivi uma vida sem, agora que posso viver com, você simplesmente não quer me dar.

Entrou uma mulher no elevador nessa hora e a Maria abaixou a cabeça colocando a mão na frente.

- Leon! Que coisa! A mulher vai pensar outra coisa! - Ela não sabia se brigava, se ficava com vergonha ou se ria.

- Deixa ela pensar, você é minha esposa mesmo! - Falei alto dando ombros e ela não aguentou e gargalhou com a mulher aqui dentro.

- Vamos pelo menos fingir na frente das pessoas que somos normais... -Falou tentando se manter séria.

Passamos pelo saguão do Hotel e vimos uma cena um tanto que desagradável. Uma mulher gritando que queria o melhor atendimento. Pedi pra Maria pra gente observar de longe o que estava acontecendo e como iriam resolver. Mas os minutos se passavam e não conseguiam fazer aquela mulher calar a boca. Isso atrapalha os outros hóspedes e mancha nossa reputação de certo modo. Me aproximei segurando a mão da minha esposa e a mulher nos olhou de cima a baixo muito esnobe.

- O que está acontecendo aqui? - Perguntei bravo. Os funcionários abaixaram as cabeças e o gerente se aproximou de nós.

- Senhor, essa senhora aqui, quer um de nossos quartos na suíte porém... ahm... não quer pagar o valor...

Maria gargalhou

- Gente... isso tem sentido? Senhora, a senhora pode nos dizer o por quê quer a suíte? - Maria perguntou tentando se controlar pra não rir.

- Quem é você? Quem vocês pensam que são? - Elevou o tom de voz com a gente nos olhando com arrogância. - O que eu quero e deixo de fazer não é da conta de vocês. - Maria riu atrás de mim e eu também estava achando engraçado por causa da Maria, mas tinha que me manter sério.

- Senhora... - O gerente tentou avisá-la.

- Somos hóspedes, estavamos passando e vimos o barraco que estava fazendo. - Maria disse agora séria. - Não percebe que está incomodando os outros? Se você não quer ou não pode pagar uma suíte, você não vai morrer se se instalar em outro quarto. Tudo é a mesma coisa, serve pra dormir.