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Leon

O dia está frio aqui em New York, acordei cedo como sempre, não consegui dormir bem, não é novidade, tenho insônia desde pequeno por causa dos meus traumas de infância...

Minha mãe e meu progenitor (pai), nunca se davam bem, desde quando eu me entendo eles já brigavam muito, ele já foi preso e solto diversas vezes ( ela sempre retirava a queixa, nunca entendi o por que), eu via ele diversas vezes batendo na minha mãe, bêbado e drogado, vivia apostando, eu comecei a trabalhar aos 12 anos como engraxar-te e depois em uma oficina, como ajudante de mecânico, para conseguir comprar o que comer para mim e meus irmãos e claro minha mãe, porque o meu progenitor gastava tudo em bebidas e apostas. Eu ia pra escola pela manhã e trabalhava pela tarde, minha mãe vivia abatida, e minha maior preocupação era proteger meus irmãos, como eu sou o mais velho eu sentia essa responsabilidade, o mais novo o Justin era muito apegado a mim, assim como os outros, mas ele poque ainda era muito pequeno, não compreendia bem o que acontecia, eu amava minha mãe, mas não entendia do porque ela estava passando por aquilo, eu me questinoava, onde estava Deus nesse momento, por que ele não fazia nada? Cadê o Deus que as pessoas tanto falam?. Essa semana mesmo uma mulher me abraçou em frente a escola e me disse que Deus me amava. Bobagem, ele não se importava comigo ou com minha família, ele deve ta muito ocupado pra isso.

Eu era só um garoto de 15 anos, porém as circunstâncias me fizeram crescer antes do tempo, meu irmão Noah com anos 13, ele já compreendia as coisas, ajudavamos um ao outro sempre, mas ainda sim ele era um menino, Pedro com 10 ele era bem mais agitado, parecia não  ter calma, sempre o mais ansioso, tudo é  diversão pra ele, e o caçula Justin com 6 anos ele era bem quieto, sempre foi, talvez o ambiente deixou ele assim, quando chegou um dia em que o nosso projenitor entrou em casa transtornado porque perdeu, como sempre em apostas e dessa vez pior, apostou nossa casa e a  perdeu, minha mãe ficou arrasada e chorando muito ela gritou com ele.

- O QUE VOCÊ FEZ? COMO PÔDE FAZER UMA COISA DESSAS?. - Gritou minha mãe chorando muito.

- Cale-se Vadia, a casa é minha, está no meu nome, eu iria ganhar, mas aquele infeliz roubou de mim, eu sei disso

- E AGORA? E NOSSOS FILHOS? COMO PODE? COMO PODE?. - Disse minha mãe avançando pra cima dele (eu e meus irmãos estavamos no quarto, eu estava olhando pela brecha da porta, implorando pra Deus fazer alguma coisa se ele existisse, não que eu era um cristão, mas por conta das circunstâncias eu duvidava muito da existência desse Deus de amor.)

- EU JÁ DISSE PRA PARAR COM ISSO.-  Disse ele impurrando ela, ela caiu em cima de uma mesinha de centro feita de vidro, ela quebrou com o impulso e minha mãe se cortou, porque só via sangue, eu corri até ela pra ajudar, mas ela gritou comigo pra eu ir pro quarto.

- Olha o fedelho, veio ajudar a mamaizinha dele, essa vadia, sabia que eu não sou seu pai? Ela deve ter ficado con qualquer um na rua. - Disse ele bêbado e drogado. Eu odiava esse homem.

-OLHA COMO FALA COM MINHA MÃE. - Corri até ele pra bater, consegui acertar um soco nele, até porque ele estava bêbado e drogado não tinha forças ou equilíbrio.
- COMO VOCÊ TEM CORAGEM MULEQUE. - Ele pegou uma faca na bancada da cozinha e avançou pra cima de mim com ela, minha mãe já fraca porque perdeu muito sangue na queda, entrou na minha frente e essa foi a minha última memória da minha mãe ou do meu projenitor juntos.

Depois disso a polícia chegou, meu irmão Noah pegou o telefone da nossa mãe e conseguiu ligar para polícia.
Os policiais chegaram e prederam meu pai em flagrante, antes da minha mãe dar seu último suspiro ela me disse.

- filh por favor cuida dos seus irmãoss... euuu te amooo mui... -
O meu projenitor matou minha mãe, Deus não existe, se ele me amava como muitos diziam, isso não teria acontecido, se existisse ele tinha feito algo pra impedir, eu sentia e sinto muito ódio, eu só sabia chorar e chorar e chorar, meus irmãos também choravam muito e eu estava com muito medo do que iria acontecer com a gente.
Eu fiquei escondido escutando os policiais conversando dizendo que precisava nos levar pra um orfanato se não tivessemos família. Então um deles veio até mim.

Um Sonho de Deus - (Romance Cristão) Onde histórias criam vida. Descubra agora