INDOMÁVEL - LIVRO 1

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EPÍLOGO

05 de Agosto — Hospital Almifi Coast.

— Mulher, na casa dos 20, em estado hipotérmico, foi encontrada em uma viela próximo ao bar Nettuno. Ela está inconsciente, não conseguimos avaliar com precisão, seu tórax está inchado. Os hematomas no rosto deixam claro que houve agressão. — O enfermeiro entra correndo no hospital de Almafi Coast Hospital.

— Daqui eu assumo! — Pietro, o novo médico do traumatologia emergencial, se posiciona em frente à maca para melhor avaliar a mulher à sua frente. Apesar dos hematomas e das roupas rasgadas dava para perceber que era uma bela mulher. Negra, com os cabelos revoltos cacheados. Mas completamente apagada, se não fôssem rápidos ela poderia morrer em seu plantão. E considerando que é seu quinto dia naquele novo hospital, ele não queria correr o risco de deixar uma mulher morrer.

— Pulsação fraca, vamos avaliá-la e em seguida começar o processo de aquecer. Preciso de um quarto livre, temos aqui um caso de agressão grave. E considerando o calor que está fazendo hoje essa mulher passou dias dentro de um iglu. — Soltou correndo para uma sala que foi apontada, as avaliações começaram. As pupilas não tinha reação contra a luz, havia hamatomas por todo seu corpo além do rosto. A pele estava fria e com cortes perceptíveis por várias partes.

Pietro poderia está lidando com um caso de agressão doméstica, o homem deve ter largado ela de qualquer jeito na rua achando que a mesma estava morta. Mas ela continuava viva e permaneceria se dependesse de Pietro.

— Doutor, a polícia está aqui. Querem ver a mulher para soltar uma nota oficial e começarem a investigar o caso dela.

— Ninguém entra aqui, até eu descobrir o que se passa com ela. — Disse ríspido fazendo um aceno para Kaleb seu colega de trabalho fechar as cortinas que separavam as camas uma das outras.

Giordana era uma espécie de supervisora da emergência, ajudava os médicos com os pacientes que chegavam. Conduzindo para os médicos e enfermeiros disponíveis. Pietro se sentia irritado com a mulher mais velha que tinha um temperamento difícil e que não aceitava um "não" como resposta. Mas neste momento está paciente precisava ser avaliada com o máximo de detalhes.

O médico começou a rasgar as roupas, vendo uma cena grotesca nas pernas da moça, uma marca profunda ia da virilha ao joelho. Parecia ser feitos com uma faca, a sorte da moça ou azar nessas circunstâncias, que ainda não sabíamos qual era, foi que não acertou sua veia femoral.

— O que fizeram com esta mulher? — Sussurrou Caio, o outro enfermeiro.

— Ela foi torturada. — Pietro chega à conclusão ao virá-la de costas e perceber que suas costas foram açoitadas. — O abdômen está inchado, parece que sofreu uma pancada forte nesta região. Precisamos realizar uma TAC de urgência.

As análises apenas ao toque continuavam, Pietro apertava cada centímetro para ver se não havia ossos quebrados também. Mas ao tocar na costela, sentiu que poderia haver uma ou duas fraturada.

— Costela fraturada. — Disse, a mulher permaneceu apenas de calcinha, Pietro estava pronto para chamar uma assistente mulher para que avaliasse também as partes íntimas quando percebeu o sangue escorrer por entre as pernas. E uma água sair em abundância. — ELA ESTÁ GRÁVIDA, O BEBÊ ESTÁ NASCENDO.

Gritou a todo pulmões, pegando uma tesoura para cortar a parte íntima da mulher. A cabeça com os cabelos pretos foi a primeira coisa que Pietro viu, com uma ajuda necessária naquele momento, já que a mãe não poderia fazer força. Pietro passou a massagear a barriga da mulher.

— Dobrem as pernas dela. — Ditou enquanto puxava a criança para fora, mas tudo que viu foi um bebê roxo e sem vida em suas mãos.

— 10:55 da manhã, a criança já nasceu sem vida.