1. Piloto

32 5 5
                                    


SIYEON

Ephimera, 27 de março de 3050

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ephimera, 27 de março de 3050.

Com dificuldade, Siyeon abriu os olhos e sentiu a claridade invadir sua visão, atrapalhando que enxergasse o que tinha ao seu redor. Ela tentou coçar os olhos, mas suas mãos estavam presas por algemas apertadas, assim como as pernas por cordas de sisal. Era impossível se movimentar em um espaço tão apertado. De repente, o silêncio avassalador foi interrompido por um grande estrondo que a fez arregalar os olhos assustada. O barulho reverberou pelo chão e tudo ao redor tremeu. Ela olhou para os lados em busca de uma resposta, mas todos estavam desacordados dentro de uma máquina, com exceção de si mesma.

Por algum motivo, o vidro que fechava sua máquina estava aberta, o que provavelmente a fez acordar antes de todos. Um erro que não devia ter acontecido.

No outro extremo da sala, uma grande porta foi aberta e guardas altos usando roupas de astronautas entraram no cômodo, pisando com tanta força que não tremia apenas o chão, mas o coração acelerado da garota. Siyeon fechou um olho e prendeu a respiração, tentando esconder o nervosismo para não demonstrar qualquer sinal de que estava acordada.

— Eu aposto que metade deles não vão passar no experimento — disse o guarda, rindo de forma debochada. — Foi uma perda de tempo trazê-los.

— Aquele menino magrelo não vai aguentar nem um dia no treinamento — exclamou o outro, soltando uma risada estridente que doía os ouvidos sensíveis da menina. — Podiam ter feito um alistamento na Terra. Isso aqui parece piada.

Siyeon estremeceu. De que treinamento e experimento estavam falando?

Aos poucos, memórias foram invadindo a mente da pobre garota, memórias que a lembraram do porquê estava ali. Entretanto, por que apenas ela estava acordada?

— Espera — disse o homem mais alto, apontando na direção de Siyeon, que fechou o outro olho imediatamente, sentindo um calafrio por todo o corpo. — Aquela máquina está aberta. Deve ter aberto na hora do pouso.

— Pff... essa nave já deu vários problemas só essa semana — o outro resmungou impaciente. — Devem ter construído igual a cara deles.

Os passos estavam cada vez mais próximos de Siyeon, que inspirou uma grande quantidade de ar e prendeu a respiração quando o homem finalmente se aproximou. Com cuidado, ele fechou a máquina da garota, mas soltou um suspiro que chamou a atenção da garota.

Será que foi descoberta?

— Droga, não estou com a chave aqui — falou o homem, passando a mão pelos bolsos da calça. — Eu sabia que tava esquecendo de algo.

O guarda baixinho bufou e aproximou-se do parceiro, tocando seu ombro com a mão direita.

— Depois fazemos isso, Sr. Lee. Os waffles vão esfriar, e eu não estou a fim de comer comida gelada — resmungou o homem.

POV | SuayeonOnde histórias criam vida. Descubra agora