3. Esperança à vista

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SIYEON

Ephimera, 29 de março de 3050

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Ephimera, 29 de março de 3050

Um novo dia começou, e Siyeon caminhava lentamente pela vasta floresta de Ephimera. Diferente do dia anterior, logo pela manhã, ela já havia visto milhares de animais, a maioria insetos grandes e coloridos, totalmente diferentes dos insetos nojentos e assustadores da Terra.

A primeira noite afastada de tudo e de todos foi, com certeza, uma das piores experiências que Siyeon vivenciou. Boa parte da madrugada passou enquanto ela agarrava suas próprias pernas para se aquecer do frio, enquanto lágrimas de tristeza escorriam por sua bochecha. A fome incessante ela já não sentia mais, e a angustia não era mais um dos sentimentos intensos que a atrapalhavam cair no sono.

Distante e atrás de alguns arbustos altos, havia um potro de pelo branquinho e com a crina dourada, o que chamou a atenção de Siyeon. Ele ainda era filhote e parecia estar perdido da mãe, já que não havia sinal dela em lugar nenhum. O animal andava cada vez mais para longe, e os instintos da garota fizeram-a segui-lo sem hesitação.

A caminhada não durou muito, porque durante o caminho ela se encantou com um pequeno bosque florido e logo parou ali, deixando o filhote perdido seguir seu próprio rumo sozinho. A variedade de cores era hipnotizante para seus olhos curiosos, que nunca viu tantas variedades de verde em toda a sua vida. Ela havia chegado ao coração da mata, onde encontrava-se um bosque de flores luminescentes. Tudo em Ephimera tinha seu próprio brilho, e é claro que ali não seria uma exceção.

À medida que Siyeon aproximava-se de uma árvore frutífera, um aroma exótico invadiu seus sentidos, misturando o doce perfume de uma rosa desabrochando com a frescura de um maracujá. Quanto mais inalava, mais intenso e cativante aquele cheiro chamava a atenção da menina. Cega de fome, ela pretendia provar daquela fruta saborosa para saciar a fome que a deixava cada vez mais faminta e fraca.

O aroma doce e hipnotizante invadia o ar ao seu redor, tornando impossível resistir. Ela pegou um dos frutos com cuidado, admirando sua cor rubi e as veias douradas que pulsavam levemente sob a superfície rugosa. Com um sorriso curioso, ela levou a fruta à boca e deu uma grande mordida. A doçura explodiu em seu paladar, uma mistura surpreendentemente parecida com uma manga madura e abacaxi, mas com um toque refrescante de framboesa no fundo. Não havia nada na terra que se comparava com o sabor dessa fruta.

Que delícia! pensou ela, saboreando o néctar que escorria da polpa macia.

A fruta parecia uma obra-prima, com certeza uma das melhores coisas que ela provou na vida. A fome foi embora aos poucos e a energia que Siyeon não conseguiu recuperar durante a madrugada voltara aos poucos. No entanto, após alguns momentos, uma leve amargura começou a surgir, quase imperceptível no início.

Ela franziu a testa ligeiramente, mas continuou a comer, completamente viciada no novo sabor. Porém, então, uma sensação estranha começou a se espalhar por sua boca, um formigamento que se intensificava a cada segundo. Seus lábios e língua começaram a adormecer, e uma onda de calor percorreu seu corpo.

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⏰ Última atualização: Oct 23 ⏰

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POV | SuayeonOnde histórias criam vida. Descubra agora