A Batalha Dos 100

Cerimônia de Abertura

Após a inscrição na competição, os protagonistas, imersos nos preparativos, entregaram-se a um treinamento físico de ímpar intensidade. Enquanto percorriam as vias de Seul, os lampejos efervescentes dos televisores refletiam a nova série, prometendo a perfeição corpórea em cada esquina, alimentando as expectativas da plebe. Os competidores, perspicazes e cônscios do desafio iminente frente à elite de Seul, optaram por estratégias díspares: alguns abriram canais no YouTube, antecipando-se na busca por visibilidade e engajamento junto aos seguidores.

Entre eles, um agrupamento meticuloso urdiu um plano de treinamento voltado à força e resistência, antevendo as provas árduas do reality show. Corridas prolongadas, erguimento de massas colossais, embates simulados e práticas funcionais, entrelaçados por yoga, artes marciais e meditação, delineavam suas jornadas. A prática da visualização positiva não era apenas um expediente, mas um ritual de êxito.

Enquanto isso, personalidades da categoria A-list aprimoravam não só suas habilidades físicas, mas também robusteciam suas faculdades mentais para suportar o escrutínio dos admiradores e a exposição longeva ao público. Todos se esmeravam ao máximo, cada qual almejando superar seus próprios limites, até que o dia da cerimônia inaugural da "Batalha dos 100" se vislumbrou no horizonte.

No centro da majestosa arena, a figura magnética da apresentadora Tsunade Senju, ex-campeã invicta, proeminente. Seus olhos fulguravam com a determinação que forjou lendas no MMA e na luta livre profissional. Triunfante em 26 contendas, com 20 nocautes e 6 finalizações, Tsunade ostentava um currículo de glórias que a elevava acima de qualquer contenda. Contudo, sua trajetória lendária fora bruscamente interrompida por um incidente infeliz: um golpe fatídico que resultou na cegueira de sua oponente, desencadeando um litígio judicial e seu desterro irrevogável dos octógonos.

Apesar de tudo, seu sorriso irradiava calor e confiança, enquanto a multidão aguardava, expectante, o prenúncio da competição que não somente delinearia o mais robusto, mas também testar os limites do espírito humano frente à adversidade implacável.

— Saudações, Seul, nobres guerreiros! — a voz ecoava pelo estádio, reverberando com uma autoridade que capturava a atenção de todos os presentes. — Hoje, inauguramos uma jornada que não apenas testará os limites de corpo e mente, mas também os espíritos de cada um de vocês. Buscamos não apenas um campeão físico, mas um herói cuja coragem, determinação e resiliência inspirem gerações.

Os competidores ouviam atentamente, alguns visivelmente apreensivos, outros ansiosos para adentrar o campo de batalha, manifestando essa energia através de saltos e socos no ar.

— Contemplo cada um de vocês e vejo muito além de atletas, bombeiros, policiais e fisiculturistas habilidosos. Vejo indivíduos corajosos, capazes de erguer o estandarte da superação. Não importa de onde vêm ou quais são suas origens; o que importa é o que estão dispostos a sacrificar em cada momento que pisarem nesta arena.

Nos próximos dias, serão desafiados de maneiras que talvez nunca imaginaram. Lembrem-se: a força não reside apenas nos músculos — ela reside aqui — ela diz, apontando para a cabeça — e no coração. Eu, Tsunade Senju, ex-medalhista olímpica, invoco o espírito esportivo para acompanhá-los nessa jornada, honrando não só nossos corpos, mas sobretudo nossa pátria. Estamos aqui para representar uma nação inteira; que isso nunca seja esquecido.

Enquanto as palavras dela ecoavam, a bandeira sul-coreana desceu majestosamente, acolhida por uma ovação vibrante.

— Que a coragem e a perseverança sejam nossas aliadas em toda e qualquer hora! Que vença aquele que exibir o melhor físico! Que a competição se inicie!

Ao som solene do hino nacional ressoando pelos corredores do estádio, uma onda de emoção varreu os competidores. Eles fecharam os olhos, absorvendo reverentemente a energia do hino, postura ereta e firme, uma mão oculta atrás das costas enquanto a outra repousava sobre o coração. Com cabeças erguidas, uniram-se na celebração do cântico. Mas será que essa união resistiria ao teste do tempo?