☆ - ☆ - Alícia Bellerose - ☆ - ☆
Cheguei em casa agora, minha mãe me ligou perguntando onde eu estava, e que era para mim voltar para casa o mais rápido possível, eu cheguei primeiro que ela. A qualquer minuto minha mãe vai entrar pela porta da frente de nossa casa e me abraçar, ela precisa mais do que eu neste momento, sei disso.Minha mãe estava trabalhando quando recebeu uma horrível notícia de minha tia Sendi, minha vó acaba de falecer.
Mamãe ficou sabendo a pouco tempo que ela estava doente, vovó estava lutando contra a depressão e, apesar de ter acompanhamento médicos e ter demostrado uma pequena, porém, significativa melhora, ninguém esperava que isso acontecesse tão repentinamente.
Sei que é um momento difícil e delicado, vovó simplemente "pulou" das escadas, provavelmente foi muito traumático para meu vô Ricardo, quando ele á encontrou jogada no chão sem se mexer, porém, eu não estou triste, não importa se seja por mim, mas, porra, eu deveria ficar triste pela minha mãe certo? Deveria ficar triste pelo meu avô. É...eu deveria, no entanto não consigo...eu não sinto nada está um completo vazio dentro de mim.
__ Filha, preciiso que me ajuude __ Ela diz tentando não chorar __ Sua tia e seu vô estão vindo, preciso que receba bem eles quando chegarem euu...eu preciiso... __ Ela exita por um instante, tentando não deixar transparecer sua dor __ Preciso arrumar tudo para o velório de sua avó.
__ Claro mãe, não se preocupe vai dar tudo certo ok?! ___ Ela confirma com a cabeça deixando me ver uma preve lágrima escorrer de seu rosto.
Chloe Bellerose - minha mãe - a mulher mais forte que eu conheço.
Eu me aproximo dela e dou-lhe um abraço bem apertado. Minha mãe, nunca foi de demonstrar muito os sentimentos em público, era raridade quando eu via ela chorando.Deve ser para ela que eu puxei, de alguma forma tenho esse problema de bloquear meus sentimentos, é bem mais fácil não se preocupar em se magoar se você não sente nada pela pessoa certo?! Isso acaba se tornando uma garantia de que jamais irei sofrer por alguém.
Nós nos soltamos e ela sai novamente, me deixando sozinha com meus pensamentos e aparentemente responsável para receber meus parentes, vindo de sabe se lá Deus aonde. Já faz décadas deis da última vez que recebi ou tive alguma notícia deles, não que eu tenha ido atrás de notícias também.
De qualquer forma não me importo se eles estão vivos ou não, sei que pode parecer insensível da minha parte, porém, infelizmente essa é a realidade. Escuto alguém chamando no portão, pego as chaves e vou abrir para a minha querida tia e meu avô.
__ Ah minha querida sobrinha, a quanto tempo não tenho notícias sua ___Ela diz com aquele sorriso amarelado em seu rosto.
É certo ela estar contente assim? Afinal sua mãe morreu hoje então...Esquece eu não me importo. E é claro que ela iria ficar, eu encaro suas cinco grandes malas, aparentemente ela deve achar que vai ficar por um ano aqui em casa, aah mas não vai mesmo. Ela percebe que estou a encarar suas malas enormes e começa a se explicar.
__ Ah, certo...Não são todas minhas, uma é de seu avô. ___ Não acredito nisso, sério que você trouxe só quatro malas? __ Mas enfim, em qual quarto iremos ficar?
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Sou Eu?!
RandomNo fim, não sabemos nada. Todas as nossas ações são mesmo de nossa total responsabilidade? Ou existe algo ou um ser maior que escolheu nosso destino? Temos mesmo livre arbítrio? Na real, como eu sei se sou eu mesma? Como posso ter a plena certeza de...