II: 𝔄𝔪𝔬𝔫𝔤 𝔗𝔥𝔢 𝔉𝔬𝔤

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Boa leitura.

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Entre a claridade das velas que lhes acalentavam o recinto, Abrahim o bom esposo permaneceu quieto ao terminar sua leitura com a carta real em suas mãos. Zahíra, não sabias ler, portanto continuara atenta com os olhos amedrontados perante a cada palavra dita segurando a criança em teu colo.

Mesmo com dificuldades o homem lia cada palavra:

''Meu velho, à quanto tempo eu não o vejo. Soube que tens trabalhado como ferreiro, meus homens disseram conhecer suas criações e sua lâmina és muito respeitada entre o povo anárca. Considero a ti o meu povo, mas preciso saberes se ainda és o homem que conheci entre os vilarejos... convoco sua presença em minha cidadela quando retornares de seu trabalho e sei que és um homem ocupado pois possui bocas para alimentar, mas não posso fazer diferente. Traga sua esposa e sua cria para que jantem conosco, você e eu teremos uma conversa em particular''

Ass: Rei Alejandro R. C. Estrabao.

Os olhos de Abrahim permaneceram vidrados no papel enquanto Zahíra abraçava seu filho preocupada

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Os olhos de Abrahim permaneceram vidrados no papel enquanto Zahíra abraçava seu filho preocupada. Estava feliz pelo retorno de seu marido, sempre aos finais de tarde com o pôr do sol ela o aguardava próxima a árvore frutífera de seu terreiro e quando ele surgia naquele alto carregando suas ferramentas era o momento que seu coração ficara aliviado.

- Algo aconteceu entre suas viagens aos vilarejos dentro das terras de Anárquium, querido? – Perguntou aflita observando-o guardar o papel na calça entre seus bolsos, Abrahim negou caminhando até os fogões faminto.

- Não me recordo minha amada... – Abriu uma das panelas de pedra tendo a vista o seu ensopado preferido, somente por vê-lo tão saboroso seu estômago resmungou.

Durante a volta para casa, seu alimento fora apenas pão e água. Zahíra jamais era capaz de deixá-lo sem comida suficiente para viagem, a mulher sempre fazia o sustento de forma segura para que Abrahim não sentisse fome no caminho, era um homem alto e que trabalhava com a força, necessitaria de comida para que ele pudesse aguentar as viagens e o trabalho pesado.

Mas, o imprevisto fora que Theodore passou mal durante o caminho e o mesmo estava com pouca comida e Abrahim dividira o que tinha consigo. Não contaria aquilo para sua esposa pois não queria deixá-la mais preocupada, tinha certeza que ela não ficaria zangada por ele ter dividido o que tinha com o rapaz em razão de que ela faria o mesmo estando em seu lugar, apenas queria privá-la de preocupações desnecessárias.

- Estou aflita... – Se referiu a carta. – Se não aconteceu nada durante sua viagem aos arredores da capital, saibamos o que possa estar por trás desse convite.

- Não temas o desconhecido, estou contigo.

Abrahim sempre lhe dizia aquela frase... tão usada pelo seu pai que fora passado para si em uma forma de acalmar a alma de quem amava.

BLOOD WAROnde histórias criam vida. Descubra agora