A História Não Contada

Velaenar Targaryen

Em 87 após a conquista, o velho rei, Jaehaerys, já cansado e próximo de seu fim, perdia seu filho. O homem tinha apenas trinta anos, partiu ao cair se seu dragão. Deixou uma esposa grávida e viúva. Foi uma das últimas alegrias de vida do rei, antes de perder muito de seus filhos. Diziam as boas e más línguas que ela era preferida pelo sábio, assim como seu pai era. Se Jaehaerys não teria tanta feição pela garota se a visse hoje.

Velaenar nasceu numa manhã chuvosa, onde as nuvens cobriam toda e qualquer luz que irradiava do sol. Seu primo, Viserys, colocou um ovo em seu berço, como a tradição pede. O dragão vingou, nasceu branco, assim como os cabelos da garota, Rain-Bowfire, o  primeiro da ninhada de Vhagar.

Velaenar gostava tanto de bordéis, putas, bebidas e brigas quanto Daemon, se aventurava com o primo nas madrugadas escuras de Westeros. Quanto ela completou seus quinze anos, o mesmo a pediu em casamento, ele acreditava que era uma boa proposta. Daemon ainda era um tanto amargurado com aquele não.

Os cabelos platinados eram reconhecidos até no inferno. Em 103 após a conquista, ela começou a pintar seus cabelos de preto, com tinta de polvo. Ela adotou essa aparência desde então.

Rain-Bowfire passou a ser o terror branco, maior que Caraxes. Velaenar começou a ser mais ousada em suas rebeldias. O seu nome foi marcado quando ela matou um urso e levou ao rei, dizem que com suas presas ela fez um colar e com sua pelagem um casaco.

Para fugir de seus deveres na corte, ela foi embora, viveu como uma viajante todo esse tempo. Putas, vinho e muita barganha. Os bons-dias acabaram.

Seis meses após a morte de sua mãe,  a princesa nomeada herdeira recebeu um mensageiro em seu café da manhã.
- Deseja algo, senhor? -
- Uma carta, princesa - Ela ligou seus talheres na mesa.
- De quem pode ser? Não costumo receber cartas... - ela o olha, o indicando para ler.

A princesa de algum canto de Westeros manda comunicar: "Minha queria sobrinha, princesa herdeira do trono de ferro, como vai? Espero que ainda lembre quem sou, seu pai certamente faz. Passei muitos anos em barganha, sinto que devo voltar ao dever. Viajei por lugares lindos e alguns um tanto tenebrosos, foi divertido. O meu favorito foi A Campina, me embebedei de um bom vinho em um lugar bonito. Tenho grandes histórias para contar a você. Mande prepararem um lugar no fosso para Rain-Bowfire, confortável de preferência. Peça um bom vinho para que eu possa aturar a chatice de seu pai. Deixe seu pai e o conselho dele bem informado de meu retorno, aposto que o falante Hightower terá muito para dizer. Farei uma boa viagem, conte três dias"

Rhaenyra o olhou e arregalou os olhos
- Ve- Velaenar? - Ela olhou para sua comida que agora parecia ter perdido o gosto. Rhaenyra se levantou,  subiu todos os lances de escadas com muita pressa e invadiu a sala do pequeno conselho de seu pai. Todos ali a olharam.

- Ela mandou um recado - Rhaenyra escondia seu sorriso com o que dizia, olhava para a expressão de desagrado se todos a notícia, Vealenar estava de volta.
- Bem, que boa notícia,  não acha? - O rei olhou para Rhaenyra com um sorriso nervoso, a garota sorriu de volta empolgada.
- Eu discordo, se me permite a palavra, majestade- Viserys olha para Otto, assim como todos
- Assim com Daemon, ela é um perigoso desastroso para a corte. Acabamos de nos livrar de um e já arrumamos outro -
O rei se levantou e o olhou
- Cuide das palavras Otto, ela ainda é minha família, como uma verdadeira irmã. Eu mesmo que coloquei o ovo em seu berço. - ele olha um por um
- Vamos receber ela de bom grado, vou mandar fazerem um banquete e dois dias de torneio! - Corlys protestou.
- Não acho que haja necessidade -
- Ela está fora há cinco anos! Grande maioria de Porto Real a venera - Otto resmungou
- Apenas os imorais de atos libidinosos -

Os pedidos de Velaenar foram atendidos e os três dias contados. O grande dia do banquete, a princesa, vestia um longo vestido vermelho. Alicent, sua melhor amiga e filha da mão do rei, a ajudava a se apronta-se.
- Por que isso é tão importante? - ela perguntou olhando nos olhos de Rhaenyra.
- Eu a conheço tão bem e, ao mesmo tempo tão mal! Faz se anos que não a vejo, é tão estranho pensar assim -
- Me disseram que ela é como Daemon -
- Gosto de dizer que ela é pior - Rhaenyra disse sarcasticamente

Foram às doze horas que o terror branco foi avistado, voava majestosamente sobre Porto Real. Pousou minutos depois. Velaenar escorregou em suas asas.
- Meu bom é velho garoto - Ela encosta seu nariz na pelagem do pescoço do dragão - Kirimvose -

Rhaenyra a olha distante - Você ainda parece jovem - Velaenar a olhou - Você envelheceu, no bom sentido, minha sobrinha - Ela se aproxima dos que se agrupavam a sua espera. Ela sorriu de um jeito presunçoso. Voltou-se para Viserys e olhou para baixo - Sinto muito pelos últimos acontecimentos - Viserys colocou uma mão no ombro da mulher.
- Estou feliz que esteja aqui agora - Eles se abraçaram como verdadeiros irmãos.

- Um banquete e dois dias de torneio, estou valendo como um príncipe - Ela sorriu e Viserys também
- Não foi do agrado de muitos, acredite -
- Otto fez sua careta enrugada quando ouviu meu nome? - Ela imitou e era tão igual que os que escutaram riram.
- Você o conhece bem - Viserys pisca.

Ele segurou o ombro de sua irmã e a levou até o banquete real, onde se sentaram e se serviram de um homem vinho, Rhaenyra os acompanhou.
- Ei! Você pode beber? - Ela olhou para a garota, que sorriu.
- Ah, quanta moralidade de sua parte -
Ela olhou a garota de cima abaixo.
- Eu já tenho dezoito, querida tia - Viserys se levantou, levantando a taça no ar.
- Um brinde à minha irmã, que explorou Westeros como ninguém, agora voltou - todos levantaram suas taças também.

Velaenar Targaryen estava de volta.