00. 𝐏𝐑𝐎́𝐋𝐎𝐆𝐎

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00. PRÓLOGO

11 de setembro de 2010
Condado de King County

As informações estavam girando em minha cabeça. Alguns minutos atrás, comemorava algo com minhas amigas; depois, a notícia do meu irmão chegou e me devastou por completo. A voz de Shane ecoava no fundo de minha mente. Não prestava atenção em nada do que rolava ao meu redor; era como se estivesse em minha própria bolha e o mundo  tivesse parado. Ponho uma de minhas mãos no peito, sentindo meu coração acelerado. Minha boca estava tão seca que eu podia sentir rasgar a cada vez que engolia um pouco de saliva.

Apoio minhas mãos na cadeira do hospital, inclinando levemente minha cabeça para frente. Buscava o ar o máximo que puder, mas nada chegava aos meus pulmões. Levo uma de minhas mãos até o meu ventre tentando me proteger ao máximo, a dor domina o meu corpo como um veneno me matando aos poucos. Richard o meu irmão mais velho levou um tiro e tampouco sei o seu estado, os médicos não vieram comunicaram nada. Meus olhos vagam por todos ao meu redor, Lauren apertava sua bolsa contra o próprio corpo mordendo o seu lábio inferior, Lori chorava um pouquinho mais afastada de todos com o rosto entre as mãos, e um pouquinho mais ao fundo vi Shane, o homem espalma suas mãos contra o balcão da recepcionista tentando obter alguma respostas.

Tudo parecia muito vazio e distante…faltava algo dentro de todos nós. Vi Carl erguendo-se da sua cadeira, o menino segurava seu boneco de xerife com força contra o corpo, suas orbes azuladas vagam por todos os rosto desconhecidos do hospital. Desde que recebeu a notícia ele permaneceu imóvel, com as bochechas mais pálidas do que o normal e o coração apertado. Meu menininho é apaixonado por Richard, Rick sempre foi um bom pai, a miniatura do meu irmão sempre falou que gostaria de se tornar um xerife já que era a profissão do seu pai, também ama ficar ao lado do pai para tudo.

Me levantei da cadeira calmamente, e em passos lentos me aproximei do garotinho tocando sua bochecha. Com cuidado, toco o seu queixo subindo o rosto da miniatura de xerife, seus olhos cristalinos estavam repletos de lágrimas prontas para caírem por seu rosto. Puxo o corpo de Carl para meus braços apertando-o com força contra mim tentando impedir de que a dor afetasse ele, o pequeno não merecia perder o pai…a dor é horrível, um vazio ficará para sempre no peito…e de alguma forma tentamos suprir essa falta, a falta que corrói a alma e destrói aos pouquinhos.

BETWEEN CROSSED LINES | DARYL DIXON Onde histórias criam vida. Descubra agora