Capítulo4 (Continuação)

4 1 0
                                    

Antes…

Passaram-se duas semanas desde que conheci o grandão, ou seja, o Christopher.

Naquele dia passei apenas umas dicas rápidas para quando ele sentisse dor ou comichão, não trocamos os números porque eu não queria uma aproximação amais, homens são todos uns mentirosos e folgados e o tipo riquinho dele não faz o meu estilo.

Estava atendendo alguns clientes na Silver’s sounds, a minha loja de música e instrumentos musicais quando o sininho da porta da entrada soou e um homem alto passou por ela, estava com roupas um chapéu e óculos escuros, como se quisesse se esconder de alguém.

- Bem-vindo a Silver’s sounds, no que posso ajudá-lo?

O homem a minha frente retirou o chapéu da cabeça e os óculos, e para a minha surpresa era nada mais nada menos que Christopher Lockwood.

- Bem eu estou procurando algo específico, algo um pouco antigo e fora do comum talvez _ Disse ele se apoiando no balcão com um sorriso de canto olhando intensamente para mim.

Olhei para ele por breves segundos com um pequeno sorriso no rosto, pensando comigo mesma se isso foi uma conscidência ou nem por isso.

- Bom, se dizer o que procura talvez o possa ajudar Senhor Lockwood.

- Hamm sim claro, estou procurando um disco de uma banda de rock famosa de 1975. “Southern Chords” (Acodes do Sul) conhece?

- Para a sua sorte temos e sim, conheço… me siga.

Fomos juntos em silêncio até a ala das prateleiras de músicas antigas, especificamente rock. Procurei pelo que ele queria e achei, mas era um pouco alto para mim, tive de colocar a escadinha de três degraus, mas ainda assim não consegui alcançar e quase me desequilibrava na tentativa, por sorte o grandão me segurou com uma mão e com a outra retirou o disco da prateleira (as vantagens de ser alto) ficamos nos encarando por um tempo ate eu me desenvincilhar dele.

- Obrigada! não achei que tinha gostos tão peculiares para um tipo como você.

- E qual gostos você acha que eu tenho?  

- Música clássica, ópera, essa coisa toda.

- Engano seu minha cara, tenho muitos mundos desconhecidos por muita gente.

- Aí é? e qual outro mundo seu me chocaria se eu conhecesse?

- Só lhe conto se aceitar sair comigo amanhã.

- Isso é uma chantagem Sr. Lockwood?

- Claro que não Senhorita Silver, é apenas um convite irrecusável

- Você é mesmo um abusado, mas passe aqui amanhã no horário do almoço, talvez eu aceite o seu convite.

- Tudo bem então, pelo menos já é alguma coisa, amanhã eu venho.

Fomos até ao caixa para ele poder fazer o pagamento do disco.

- Foi um prazer revê-la, até em outros mundos Diana.

- Até em outros mundos Christopher.

Agora…
Depois do Christopher ter deixado a sala, fiquei observando o meu corpo, inacreditável como coisas dessas são mesmo reais e está acontecendo comigo, queria poder saber o que fazer agora, alguém que me dissesse por onde seguir e o porquê que ainda estou aqui vendo tudo isso acontecer.

Mais uma vez me sinto sendo levada para um outro cenário, onde vejo Christopher conversar com dois policiais, pude ouvir o exato momento em que um deles disse que o acidente foi proposital.

Christopher passou de abalado á furioso em fração de segundos, sua primeira reação foi gritar com os policiais perguntando exasperado uma coisa em cima da outra. Como? Quem? Porquê? eram as mesmas perguntas que estava a fazer a mim mesma.

A pouco tempo eu pensava ter sofrido um infeliz acidente e agora fiquei a saber que não foi um simples acidente, como pôde alguém ser tão maldoso assim ao ponto de querer me ver morta? O que eu fiz de errado?...

Tudo o que os policiais poderiam dizer é que o caso já estava a ser investigado e que precisariam que o Christopher fosse até a polícia assim que pudesse, para responder algumas perguntas e dar uma possível lista de suspeitos que poderiam me fazer mal.                                                                                     
Christopher só conseguiu assentir com a cabeça, ficando imerso em pensamentos que provavelmente o levariam a exaustão e stresse, logo que os policiais saíram do corredor daquele necrotério as forças dele se esvaiaram, o fazendo deslizar no chão e chorando amargamente.
E eu assistindo a tudo sem poder fazer nada para diminuir a sua dor, sendo que partilhamos da mesma.
Era isso que fazíamos, sempre contávamos um com o outro e nos ajudávamos sempre que fosse necessário e quando não era.

Depois de um tempo ele levantou-se sem se importar de enxugar as lágrimas e foi andando até a saída daquele lugar, acompanhei os seus tristes passos até ao seu carro onde entrou se trancando apoiando as mãos e a cabeça no volante, soltando um grito sofrido ao olhar o lindo porta chaves que dei a ele no nosso primeiro natal juntos.

Pequenos pingentes redondos, como se fossem planetas, com as iniciais de cada mundo secreto seu que tive o prazer de conhecer.

°Quem será que poderia querer a Diana morta e logo no dia do seu casamento,tadinho do Christopher😥.
Deixe a sua⭐,deixe nos comentários as suas teorias e adicione a história na sua biblioteca para ficar ligado aos próximos capítulos🥰.

Com amor...DianaOnde histórias criam vida. Descubra agora