Com amor...Diana

Capítulo 4 (continuação)

Antes…

Christopher no dia seguinte voltou a loja como combinamos e aceitei sair com ele.
Deixei a loja aos cuidados da minha amiga e sócia Natali, ele estava lindo de terno provavelmente tinha acabado de sair do trabalho, fomos até ao outro lado da rua onde ele disse ter estacionado o seu carro, e que carro senhoras e senhores.

Entramos no mesmo e depois dele ter ligado o carro perguntou se poderia colocar uma música, concordei e ele deixou que a escolhesse, conectei o meu telefone com o dispositivo do carro tocando uma música em espanhol.
O vi me olhar admirado, diferente do momento que entramos no carro e ele parecia meio nervoso e calado.

- Pelos vistos não sou o único com alguns mundos desconhecidos. _Disse ele olhando para mim com cara de deboche.

- Pois é meu caro, sou uma caixinha de surpresas.

- Uma bela caixinha de surpresas por sinal. _Soltou o comentário olhando para mim por breves segundo e depois voltou a sua atenção para a estrada.

Fomos até um restaurante refinado no centro da cidade, não é o meu estilo, mas ele me trouxe e já estamos aqui mesmo.

- Não sabia do que você gostava então te trouxe para aqui, servem de tudo. _Disse ele meio inseguro, o que foi fofo de se ver.

- Tudo bem não tem problema, relaxa. _Pegamos o cardápio que estava disposto na mesa e quando o garçon veio fizemos os nossos pedidos. 

- Da próxima vez eu pergunto onde você gostaria de ir! _Disse ele calmamente olhando fixamente para mim.

- Próxima vez?... quem te garante que terá uma próxima vez? _Respondi-lhe firmemente devolvendo o olhar fixo.

- E porquê não haveria uma próxima vez Senhorita Silver? _ O facto de eu não conhecer você e não querer saber de homens por um tempo e te achar um riquinho mimado? (pensei comigo mesma).

- Não sei, não conheço em você e não confio em homens de terno. _Limitei-me a responder.

- Quanto a não me conhecer podemos mudar isso agora mesmo. _ Estendeu a mão em cumprimento para mim que retribuí prontamente, em seguida disse:

- Olá senhorita, me chamo Christopher Watson Lockwood e você? _Ri do seu jeito brincalhão e decidi entrar na brincadeira.

- Boa tarde Sr. Lockwood, me chamo Diana Marie Silver.

- Prazer em conhecê-la, dá-me a honra da sua companhia para o almoço?

- Claro, porquê não?!_ Rimos da nossa brincadeira e em seguida os nossos pedidos chegaram a mesa, não tive dificuldades em escolher um prato, apesar de ter muitos com nomes refinados e em francês, porque eles realmente servem de tudo, então escolhi um prato simples composto por peito de frango, salada e arroz ao contrário do Christopher que escolheu um prato com pouquíssima coisa e de nome francês (provavelmente deve custar os olhos da cara). 

- Eu sei que mal nos conhecemos e você tem razão de não confiar em mim, mas podemos ser amigos?

- Bom, eu acho que não tem problema sermos amigos, mas por favor não me ligue quando estiver bêbado de madrugada em um bar pedindo para ir pegar você, me chame para te ajudar a enterrar um corpo ou coisa do tipo, mas isso não.

- Hhhhh pode deixar que não farei isso se precisar, vou até colocar o seu nome nos contactos de emergência, mas para isso eu preciso do seu contacto.

- Espertinho hein, tudo bem eu te dou o meu contacto, me dê o seu telefone para eu gravar. _Deixei o meu contacto no seu telefone e ele gravou como “Silver” assim como tem me chamado desde que nos conhecemos.

- Já agora, porquê que você me chama pelo meu sobrenome e não por Diana? _Perguntei colocando a primeira garfada de comida na boca, pode até ser um prato simples mas estava muito gostoso.

- Acho que a maioria das pessoas te chama de Diana, então eu quis chamar você por Silver, uma coisa minha, além disso combina com você, algum problema, você não gosta desse nome?

- Problema nenhum, eu gosto sim, me faz lembrar do meu pai, ele também tinha o sobrenome Silver. _Respondi-lhe com um pouco de saudade e emoção a transbordar pelos olhos.

- Desculpe perguntar mas você disse “tinha”…

- Sim, infelizmente ele faleceu quando eu era pequena, mas o amava muito.

- Sinto muito por isso, ele deve ter sido um ótimo pai.

- É ele foi! Mas não vamos falar disso, me fale sobre você Sr. Lockwood.

Conversamos e fiquei sabendo mais sobre ele, tem vinte e quatro anos, mora sozinho em um apartamento, tem um irmão gémeo chamado Dilan, trabalha na empresa de imobiliária do pai, que fiquei sabendo ser uma das mais famosas e requisitadas de Los Angeles (comprovando a minha teoria de que ele era do tipo riquinho).

Contei também algumas coisas sobre mim, o básico mesmo, não gosto de me expor para pessoas que não tenho confiança, vai que ele seja um maníaco obsessivo?! Deus me livre… De repente como uma luz, lembrei-me que não perguntei como foi que ele me achou então perguntei-lhe.

- Christopher como foi que você soube onde trabalhava?

- Ham sim! Como trabalho nesse ramo de imobiliária, teve um cliente que procurava por uma casa para comprar em uma zona específica da cidade e como eu estava responsável por isso fiz um estudo de campo do local, vi o nome da loja na faixada e para a minha surpresa vi você dentro da loja, liguei os pontos e decidi entrar.

- Faz sentido, foi uma grande conscidência.
- Uma bela conscidência reencontrar você, tive sorte.

Depois do almoço ele pediu um sorvete como sobremesa e eu um bolinho de chocolate com calda, continuamos a nossa conversa entre risos e piadas, ele relembrando algumas histórias da sua infância com o seu irmão gémeo.                                                              Quando terminamos ele me deixou novamente na loja.

- Obrigada por ter aceite o meu convite, foi bom passar um tempo com você Silver. _Disse ele olhando para mim ainda dentro do carro.

- Foi bom também passar um tempo com você, até que não és assim tão chato, até mais Lockwood.  _Respondi-lhe em tom de brincadeira me despedindo.  

 - Até em outros mundos Silver.

-Até em outros mundos. _Dei o último adeus saindo do carro entrando na loja e o ver ir embora.