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Roma | Itália
Harley olhou com raiva pro Zaiden enquanto ele não desviou os olhos escuros de mim. Engoli em seco sem conseguir piscar ou mover um músculo sequer.
— Tá surda garota?! — ele rosnou pra Harley.
— Vai se foder, Zaiden! — disse afiada.
Ele riu e pegou no braço dela a puxando até a porta. Me levantei de supetão tentando afastar a Harley das mãos dele, mas o filho da puta foi mais rápido e jogou ela pra fora fechando a porta na cara dela.
— Abri isso, Zaiden! — ela bateu na porta do lado de fora.
Antes que eu dissesse alguma coisa ele jogou uma camisa preta em cima de mim. Olhei pra camisa e franzi o cenho confusa.
— Veste isso e volta pra porra da aula! — disse como se ele mandasse em tudo à sua volta.
— Que?!
Ele se aproximou de mim e eu dei alguns passos para trás ficando nervosa — mais do que o comum — e ele não cessou seus passos. Bati minhas costas na parede e ele me encurralou contra a parede mantendo as mãos espalmadas na parede em cada lado da minha cabeça.
Minha respiração ficou acelerada e irregular. Ele abaixou a cabeça e me olhou no fundo dos olhos.
— Se não quiser que eu arranque os olhos do Nico e de todos aqueles filhos da puta lá fora é melhor vestir isso! — rosnou, o hálito quente dele batendo no meu rosto me causando arrepios pelo corpo inteiro — entendeu?!
Limpei a garganta sentindo o corpo dele muito perto do meu.
Perto demais...
Perto demais...
— P-por que tá me dando sua camisa?! — questionei apertando a camisa entre meus dedos trêmulos e suados de nervosismo.
Ele riu. E que sorriso lindo do caralho.
— Em primeiro lugar ninguém mexe com quem tem meu interesse, e em segundo lugar: odeio ver outros caras babando por você.
De tudo que ele disse, minha mente só captou o "meu interesse". O que ele quis dizer com isso?!
— Veste isso de uma vez e volte para aquele maldito ginásio.
Ele se afastou de mim e eu consegui respirar normalmente, como se a proximidade dele tivesse cortado a circulação de ar nos meus pulmões.
— A professora me expulsou da aula — sussurrei olhando pra camisa.
— Foda-se, eu mandei você voltar pra lá! — disse rude — e se aquele imbecil do Nico dirigir uma palavra sequer com você eu arranco a língua dele.
Ele saiu e eu fiquei encarando a porta e a Harley entrou vindo na minha direção com os olhos arregalados.
