Capítulo 4

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Abby

Sua ligação não me causou medo, não acredito que ele seja capaz de cumprir qualquer uma de suas ameaças. Ele só está bravinho porque o papai o jogou pra fora, babaca, se tentar me machucar eu corto o seu bem mais precioso fora.

Não sou mais a garotinha indefesa do colegial, eu aprendi a me defender e ser fria com quem merece, Mason mereceu tudo de ruim que já aconteceu em sua vida.

Me deito na cama, e durmo o restante da noite.

7h

Acordo com o barulho irritante do despertador, estico a mão e aperto no botão acima dele, o desligando. Me sento na cama sentindo meu corpo pesado pela noite mal dormida e esfrego os olhos.

Tomo uma ducha rápida e escovo os dentes, logo em seguida penteio meus cabelos, também faço uma maquiagem leve, apenas para dar cor a minha pele branca.

Não tomo café pela manhã, caso eu coma me sinto enjoada, só consigo comer algo ao meio dia, sempre foi assim.

Pego as chaves do meu Civic em cima do balcão da cozinha, e saio de casa.

O trânsito está calmo hoje, chego no trabalho vinte minutos depois. Abro as portas do café e entro as fechando de novo.

Acendo todas as luzes, e coloco meu avental. Sou dona da Cafeteria Escocel. Não preciso mais trabalhar, o lucro aqui é alto, porém eu gosto de estar em público. Por isso, fico no balcão cuidando dos pagamentos enquanto meus funcionários atendem a todos.

Minha primeira atendente Karina chega, animada como todos os dias.

–Bom dia patroa - ela sorri, somos amigas ela pode me chamar de Abby, mais ela insiste em me chamar assim. –Dormiu bem? - pergunta.

–Bom dia Ka, dormi pouco mais até que bem e você? - respondo.

–Minha noite foi uma merda, meus pais brigando de novo eu acho vou ter que ouvir você - ela revira os olhos. – Vou procurar um apartamento hoje quando sair daqui - sua fala fica baixa.

– Eu já disse Ka, seria melhor pra você morar sozinha, seus pais só te usam. - é a verdade, eles pegam todo o salário dela e usam nas despesas que ela não usufrui.

– Eu acho que... - sua frase é cortada quando Eva entra no café. 

–Bom dia meninas - respondemos ela educadamente, ela entra na cozinha para provavelmente vestir seu uniforme.

–Bom, ao trabalho chefa. - Karina segue Eva, para o mesmo objetivo.

Os outros funcionários chegam, e eu abro as portas da Cafeteria, iniciando mais um longo dia de trabalho.

Mason

Coloco o cadáver em cima da mesa com cuidado, Desde aqui vou tirar apenas os ossos. O restante vou fazer a desova, não sei por qual motivo um humano queira comprar ossos, mais esse é meu trabalho.

Busco a tesoura e corto sua camisa ao meio, o sangue já está ficando seco, a camiseta está grudada na pele. Corto o restante de suas roupas, ele é um cara grande  o que me deu um trabalho para matar sem quebrar nenhum osso, um tiro foi necessário bem no peito. Não quis atirar na cabeça, estragaria o crânio.

Estão pagando por esse imbecil 40 mil, ele era muito odiado em vida, quem me contratou alegou que ele matou sua irmã e não foi punido. Então, a justiça foi feita por mim.

Eu o matei, e trouxe para meu local de trabalho, gosto de chamar de necrotério. Fica no meio da maior floresta daqui, nem estrada tem para chegar até aqui, passo por um enorme caminho no meio do mato, e como sou obcecado em bunkers eu construí um a prova de som, assim como aquele abaixo da igreja, Perfeito para matar, e cortar pessoas.

Passo a mão na minha testa, secando as gotas de suor que caem, tiro minha camiseta e a jogo longe, está quente demais e eu já estou cheio de sangue mesmo.

Pego a serra óssea, e começo a cortar o osso com calma para que ele saia perfeitamente. Assim que terminar, eu ligo para quem me contratou, espero ele a quilômetros longe daqui com os ossos em uma caixa, não sou nem idiota de mostrar onde é o necrotério.

Dinheiro na minha mão eu entrego, caso contrário não me custo de matar mais um. Faz parte do contrato, quando buscar a encomenda quero o pagamento a dinheiro vivo.

Tenho 4 horas para terminar de tirar os ossos e me limpar, depois vou visitar Abby.

°°°

E agora amigoes ? 🙈
Um ódio aumentado?  

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