Capítulo 17 • João Vitor Pov's

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Minutos antes do filme acabar

Porra não é possível que no final do filme o inferno na Terra veio me mandar mensagem, a Lia, meu Deus, não é possível que o vácuo já não era o suficiente. Eu não quero responder, não quero conversar com ela. Entender que cada vez mais ela me usava como um ser que iria tirar a carência dela em momentos específicos me da mais raiva, agonia e ódio de ter continuado com ela. As vezes sinto dó, porque sei que ela é uma pessoa sozinha e eu tentei, tentei muito que ela socializasse com meus amigos, amigos dos meus amigos, mas o ponto é, ela não agrada ninguém.

Por muito tempo fiquei cego, meus amigos me avisavam, mas eu estava completamente preso. Ela foi muito longe pra peder o tédio. Eu terminei. Eu acabei com tudo. E foi um alívio, um peso saiu de cima de mim, como se eu sustentasse aquilo tudo sozinho. Como não, eu sustentava. Demorei muito pra perceber, muito mesmo, me sentia culpado, na minha cabeça ou pelo menos o que ela dizia e me mostrava ela estava mal sem nós. Mas, era entrar em qualquer rede social dela, ela estava lá, feliz, rindo e curtindo a vida como se não tivessemos terminado um relacionamento de 4 anos.

Eu compreendo meus problemas, entendo completamente sobre minha dependência emocional nas pessoas. Mas eu não tenho culpa se todo mundo que eu me apaixono é um amor falso e faz sentir que eu irei morrer sozinho. Ela me prometeu, ela me prometeu que eu não iria morrer sozinho, só não me prometeu que seria com ela.

Tomo coragem pra abrir a mensagem e calma, porque ela está perguntando sobre isso? Não faz sentido, ela nunca se interessou em nenhum assunto meu relacionado a música, parecia que ela odiava isso em mim, ou seja, parecia que ela me odiva, já que a música é a minha vida.

Tomo coragem pra abrir a mensagem e calma, porque ela está perguntando sobre isso? Não faz sentido, ela nunca se interessou em nenhum assunto meu relacionado a música, parecia que ela odiava isso em mim, ou seja, parecia que ela me odiva, já que a...

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Minha única reação foi mostrar pra Giovana, não vou ficar coringando sozinho, ainda mais que eu acabei de chorar no ombro de um homem desconhecido, afinal são extremamente aconhegantes, não da de chorar de novo, não irei passar esse mico, pela Lia não.

- Olha isso - Viro o celular pra Gio e mostro a mensagem da Lia.

- Puta merda, essa menina ta querendo dar e não quer falar - Gio responde e meio alto.

- Porra Giovana, fala baixo, depois essa pisicopata ta atrás da gente. - Falo olhando pros lados, porque eu realmente não duvido da capacidade dessa garota.

- Foi mal, vamos terminar de ver o filme e comentamos com o Zebu e a Mari, eles vão rachar o bico com essa mensagem. - Giovana fala se acomodando na cadeira.

Assim feito, o filme terminou, só que tem um detalhe, o homem do meu lado. E se eu me levantar e for um homem estranho, ou até mesmo um fã, meu Deus, eu esqueci desse detalhe e se for um fã. Coloco meu capuz nada discreto, laranja, foi a única roupa laranja que eu achei no meu guarda-roupa. Me levanto e olho pro lado. Puta que pariu. Isso não é um homem, é um anjo. Calma se for um fã, vai pedir pra tirar foto e o de sempre, só tirar, fingir que nada aconteceu. Agora se não falar nada, eu não sei como agir.

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