Podemos Fingir Mais Um Pouco? [MAXLEY - BRADLEY x MAX]

Max ❤️ (cap 1)

Max

Estou em uma festa da faculdade com PJ e Bobby, na verdade, PJ está ficando com a namorada em um canto e Bobby está paquerando uma loira no outro canto, bando de héteros aqui, se bem que eu sou bi, eu poderia pegar alguma menina, mas sei lá, não tô muito interessado em pegar alguma delas.

Chego perto do lugar que tem as bebidas e pego uma lata de cerveja, essa festa está muito chata, então vou ver se pelo menos fico um pouco bêbado.

Ouço passos se aproximando de mim, me viro e lá está, minha ex, Roxanne, ela parecia perfeita a inicio de tudo, relacionamento era simplesmente incrível, impecável, até ela perder todo e qualquer sentimento por mim, não me avisar sobre isso e me trair, essa vagabunda. Desvio o olhar, com ódio dessa idiota.

-- Max, podemos conversar?

--Não posso. -- Digo sem olhar para ela.

--Por que não? Tipo, você só está bebendo.

--Assim como naquela época você "só estava" me traindo? --Dou mais um gole na cerveja.

--Max... --Sinto um tom de tristeza na sua voz, mas não sinto pena.

--Posso até ser idiota as vezes, mas tudo tem limite.

--Então a gente pode dar nem mesmo uma ficada?

Agora tudo fez sentido, é só isso mesmo que ela quer, cara, como eu fui idiota naquela época.

--Me deixa em paz.

--Max. --Ela pega no meu braço.

--Eu disse para me deixar em paz, Roxanne.

--Mas... Ah, quer saber? --Ela me puxa e me beija contra minha vontade, eu a empurro.

Onde já se viu? Logo ela que parece uma santinha.

--Vai se lascar, garota.

--Max!

Eu a olho irritado, transfiro meu olhar para minha cerveja e tenho um pensamento bem intrusivo de jogar todo o líquido restante da garrafa na cabeça dela, mas melhor não, sou um cara controlado.

--Tchau. --Digo e me dirijo por dentro da festa sem olhar para trás e acabo esbarrando na pessoa que eu menos queria ver em todo o universo agora.

--Max? --Diz ele se virando para mim, surpreso.

--Oi Brad, desculpa. --Comprimento sem conseguir olha-lo nos olhos.-- Vou indo embora e podemos continuar nos ignorando.

--Você fala tanta merda, imbecil, sai logo da minha frente e...

--Max! Me escuta!! --Roxanne aparentemente estava atrás de mim e o interrompe e tenta me puxar pelo braço.

--Cala a boca! Nunca que eu volto com você! Supera que isso tem anos, já! --Tento puxar meu braço de volta mas a menina aparentemente é bem forte.

--Você sequer namora! Qual o problema de pelo menos uma ficada!

--Você já está começando a se humilhar com essa história! Me deixa em paz!

--Ele namora. --Diz Brad, deixando a mim e a ela surpresos, mas concordo com a cabeça, não suporto mais essa doida.

--Ah é? E quem é a menina?

Ótimo, quero ver o que esse maluco, riquinho, metido, besta, cabelo lambido, exibido, mentiroso, popular, irritante e lindo, tem a dizer.

--Não é menina, sou eu, a gente namora, feliz? --Sorri como se dissesse "eu ganhei", e já vi esse sorriso várias vezes, por mais que tenha sido eu que tenha ganhado a maioria delas.

--Desde quando você é... -- Faz o movimento da mão que todo ser humano no século XXI (vinte e um) sabe o que quer dizer.

--Eu sou bi, e daí? --Pego na mão do Brad para disfarçar, noto que ele se assustou, foi até engraçado, mas depois ele relaxou.

--Tudo modinha essas coisas, vou ir embora, mas não pense que eu terminei.

--Não ligo. --Digo.

--E seu namorado? Não vai falar nada? Nenhuma reação? --Parecia muito incomodada com a ideia de eu ter um namorado.

-- Olha, é que... --Sinto ele pegar no meu rosto e beijar minha bochecha, o que me faz corar e a faz sair emburrada.

Acho que paralisei.

--O que houve, pateta? Não vai falar nada? Se ficar desse jeito, eu vou ter que beijar em outro lugar para você ter uma justificativa para não estar falando.

Ele deve estar muito bêbado para estar dizendo isso, tenho certeza que ele não tem ideia do que está dizendo, sem contar que está olhando fixamente para minha boca.

--Eu... É que tipo... Sabe, eu... --Não consigo pensar em nada no que falar.

--Então não fala, e afinal, como você é meu "namorado", eu posso te beijar, certo? --Ele sorri de canto, ele tem ideia do que está dizendo??

Ah, ótimo! Estou tendo um gay panic, certeza!

--Sim... --MEU DEUS, O QUE EU ESTOU DIZENDO!?

Ele me pega pelo braço e me leva até um quarto vazio, tranca a porta e simplesmente me beija, eu por algum motivo não quero sair daquele beijo, e sinto que ele também não quer, e meu senhor! Ele é muito cheiroso! E beija bem, tipo, muito bem. Nos separamos por falta de fôlego.

--Brad.

--Max? --Sussurra no meu ouvido, me fazendo arrepiar.

--O que houve?

--Devo ter bebido demais, só isso, relaxa. --Ele tenta me beijar de novo, eu quero recuar mas não consigo, eu quero beijar ele.

Nos beijamos mais um pouco até eu afastar ele.

--Brad, você não me odiava? A gente não se odiava? --Digo quase em um sussurro enquanto ele passa os dedos nos meus piercings.

--Alguém disse o contrário?

--Bradley!! --A gente ouve alguém o chamar.

--Ah... --Murmuro magoado, ele vai ter que sair.

Por que isso me incomoda!?

--Está magoado, meu bem? --Ele zoa. --Qualquer coisa, repetimos outro dia. -- Diz sarcástico.

Queria dizer para ele não me alimentar com esperanças. Espera, esperanças? Eu quero que isso se repita? Não, não, não! Jamais! Jamais vou beijar esse doido riquinho de novo! Por mais que ele seja lindo e beije bem!

--Claro que não, se manca, Bradley.

--Vou indo. --Pareceu ofendido quando falei seu nome.

Ele sai do quarto vazio, espero uns dois minutos e saio também, esperei para não deixar tão na cara, os meninos iam me matar se soubessem que fiquei com o Brad.