Capitulo 1- De volta a Seattle e dramas familiares.

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ᴠᴏᴄᴇ̂ ᴘᴏᴅᴇ ɴᴀ̃ᴏ ᴛᴇʀ ᴅᴇɪxᴀᴅᴏ (ᴍᴜɪᴛᴀꜱ) ᴍᴀɴᴄʜᴀꜱ ʀᴏxᴀꜱ ɴᴀ ᴍɪɴʜᴀ ᴘᴇʟᴇ,
ᴍᴀꜱ ᴅᴇɪxᴏᴜ ᴍᴀɴᴄʜᴀꜱ ʀᴏxᴀꜱ ᴇꜱᴄᴜʀᴀꜱ ɢɪɢᴀɴᴛᴇꜱ ᴘᴏʀ ᴛᴏᴅᴀ ᴍɪɴʜᴀ ᴀʟᴍᴀ.
– ᴀɪɴᴅᴀ ᴍᴇ ᴘᴇʀɢᴜɴᴛᴏ ǫᴜᴇᴍ ᴇᴜ ᴅᴇᴠᴇʀɪᴀ ᴛᴇʀ ꜱɪᴅᴏ.

ᴀ ᴘʀɪɴᴄᴇꜱᴀ ꜱᴀʟᴠᴀ ᴀ ꜱɪ ᴍᴇꜱᴍᴏ ɴᴇꜱᴛᴇ ʟɪᴠʀᴏ [ᴀᴍᴀɴᴅᴀ ʟᴏᴠᴇʟᴀᴄᴇ]

𝓗ope havia retornado para Seattle há três dias, tentando readaptar-se ao clima chuvoso da cidade. A última vez que esteve ali, tinha 22 anos e estava fazendo internato em Chicago. Embora tivesse morado um pouco na cidade durante sua infância, suas lembranças eram vagas e distantes. Ela não tinha planos de retornar, mas devido a alguns acontecimentos recentes em sua vida, não conseguiu encontrar outra escolha senão aceitar a proposta de trabalho no Seattle Grace Hospital. O frio não deveria incomodá-la já morou em Toronto por anos até se formar em medicina, mas por algum motivo aquele frio de Seattle fazia cada centímetro do seu corpo arrepiar-se.

Enquanto Hope atravessa a porta do bar, uma sensação de desconforto imediato a envolve. O ambiente escuro e abafado parece se fechar ao seu redor, como se as paredes estivessem se aproximando lentamente, ameaçando sufocá-la. O som alto da música e das conversas preenche seus ouvidos, criando uma cacofonia de vozes que ecoa em sua mente.

À medida que ela avança pelo espaço, cada movimento parece amplificado, como se todos os olhares estivessem voltados para ela. Ela sente os olhos curiosos e críticos sobre si, como se cada pessoa ali presente estivesse julgando-a silenciosamente. É uma sensação opressiva, como se ela estivesse sob um holofote brilhante, enquanto o resto do mundo assiste à sua performance.

Os clientes do bar parecem formar uma parede invisível ao redor dela, bloqueando sua rota de fuga e amplificando sua sensação de isolamento. Ela tenta manter uma expressão neutra, mas por dentro, está fervilhando de ansiedade e autodúvida. A sensação de estar fora de lugar é avassaladora, mas ela se recusa a mostrar fraqueza, mantendo suas camadas de "eu não me importo" como uma armadura contra o mundo hostil ao seu redor.

Hope fecha os olhos por alguns instantes, uma tentativa fugaz de escapar da sensação persistente de ser observada. Quando os abre novamente, nota que a intensidade dos olhares ao seu redor não diminuiu. Parece que as próprias paredes do bar estão se inclinando em sua direção, como se quisessem absorvê-la completamente em um abraço claustrofóbico de julgamento silencioso.

Suspirando profundamente, ela se encaminha diretamente para o balcão do bar, sentando-se em um dos bancos altos. Seu celular vibra no bolso da calça, interrompendo sua tentativa de escapar da realidade.

— Merda. — Ela resmunga ao ver  o nome de Geórgia piscando na tela, uma mistura de irritação e exaustão toma conta dela. — Cansei de você.

Com um gesto impaciente, recusa a chamada e deixa o telefone cair descuidadamente do outro lado do balcão, arrancando algumas risadas de si mesmo.O barman a observa com uma expressão confusa, claramente intrigado com o comportamento incomum de Hope e talvez com pena. Ela apenas balança a cabeça em frustração, sem energia para dar explicações.

Hope prefere um telefone mais antigo, sem redes sociais ou aplicativos modernos. Para ela, o dispositivo servia apenas como uma forma de ligar para alguém quando necessário. Embora reconhecesse a importância da modernidade na medicina, preferia manter sua vida pessoal mais reservada. A ideia de expor seus detalhes pessoais nas redes sociais ou em aplicativos nunca foi atraente para ela, então encontrar outro seria um grande desafio.

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