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Rindou saiu me arrastando por todo o corredor pela mangá do meu uniforme, assim que chegamos perto do elevador, ele clicou rapidamente no botão, chamando-o.

Quando o elevador abriu as suas portas, ele entrou juntamente comigo, e largou a manga. No entanto, o mesmo colocou ambas as mãos na cara, e olho para ele de relance sentindo as suas frustrações.

— Por que ele... argh!

Encostei-me no elevador e suspirei pesado, abaixando a minha cabeça, colocando minha mão direita sobre meu pescoço bem na onde levei as suas mordidas doloridas. Meus lábios ainda queimavam quando pensava em nosso beijo.

— O que você estava fazendo com ele ? — Ele me perguntou ríspido, olhei rapidamente para ele, que reprimiu os seus lábios.

Na hora, minha mente se transformou numa grande neblina, não conseguia pensar em nada para o responder, fazendo-me encarar os meus próprios pés.

— Nada — Tentei contornar a situação mentindo descaradamente enquanto reprimia meus lábios — Não aconteceu nada...

" Não quero mais ter que lembrar disso... prefiro esquecer tudo que aconteceu naquela maldita sala! "

— Então... — Ele continuou, mas logo o tratei de o cortar não querendo mais lembrar do desgraçado do Haitani Ran.

— Não quero mais falar sobre aquele puto! — revirei meus olhos, agora levando meus dedos para meus lábios, tocando-os levemente enquanto meu peito doía sem parar — Esquece esse assunto de uma vez, Rindou!

— Tudo bem... — acenou de leve a sua cabeça — Irie esquecer para não descontar a raiva que tenho dele em você ou qualquer pessoa que passar por aqui.

De repente, o silêncio constrangedor começou a aparecer, nenhum de nós tocamos em qualquer assunto que sentíamos interessados. Mesmo que se eu não fosse muito ligado para as coisas que existem por ai, a minha vida é toda tomada pela gangue ou alguma besteira que acabo fazendo e depois pagando o preço.

Uma vida bem monótona e triste aos olhos de qualquer um, se pudesse trocar de vida com alguém, com certeza trocaria sem hesitar.

— Está pensando bastante — Rindou murmurou, com um toque de divertimento.

— Hum? — Respondo-o — Como assim ?

— Você está olhando a minutos a porta do elevador aberta.

Quando me dou conta disso, faço uma pequena careta de reprovação revirando os olhos. Sai do elevador, ficando ao seu lado. Olho para o lado averiguando se tinha mais pessoas da Tenjiku, mas absolutamente não havia ninguém.

— Izana mandou todos sairem daqui quando saiu saiu da sala de reuniões — Ele me deu a resposta que precisava — Agora preciso ver que aquele seu soco em um dos membros passe apenas despercebidos e não chegue nele ou nos superiores.

— Superiores? Você não é um? — O encarei com a expressão de duvida.

Desde o momento em que começamos a conversar, Rindou se mostrou uma pessoa bem introvertida quando se tratava dos superiores, os celestiais de toda a Tenjiku, mas ainda não entendi o motivo dele ficar assim, sendo que ele possivelmente deve ser um.

— Está enganado — se virou de costas para mim, começando a andar em direção a porta — Sou um apenas um executivo, não sou um celestial como os outros.

Também comecei a andar, seguindo-o atentamente. Rindou passou pela porta e se virou para mim de novo, expressando a sua amargura por ser um simples executivo da gangue enquanto seu irmão é um celestial.

Vᴏᴄᴇ̂ ᴇ́ ᴍᴇᴜ ᴠíᴄɪᴏ - RAN X SANZUOnde histórias criam vida. Descubra agora