Rhaenyra Targaryen estava morta. Após inúmeras perdas e traições, seria o momento da rainha dragão finalmente descansar?
Dizem que os Targaryen são mais próximos dos deuses do que dos homens por causa de seus dragões e toda vez que um Targaryen nasc...
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Rhaenyra acordou em um sobressalto após ouvir um trovão, a Targaryen se levantou e caminhou em direção a varanda do aposento em que estava. Ao abrir a grande janela em sua frente, se deparou com uma tempestade colossal, raios caíam e trovões eram ouvidos mesmo em uma grande distância. A Rainha fechou os olhos aos sentir as gotas de chuva molharem seu corpo, pela primeira vez em muitos anos, mesmo em meio a uma tempestade, Rhaenyra estava em paz.
— Quando me falaram que você realmente estaria aqui, não acreditei e tive que vir aprecia-la com meus próprios olhos.
Rhaenyra se virou rapidamente em completo horror ao ouvir a voz rouca do homem, a mulher cobriu-se com as mãos já que sua roupa estava extremamente molhada e colada ao seu corpo por causa da chuva que tomara. Ao virar-se a Targaryen se deparou com um homem de cabelos platinados, corpo másculo e olhos laranjas, não podia jamais negar que era um homem atraente tão atraente quanto seu último marido, o Rei Consorte Daemon Targaryen.
— VOCÊS NÃO SABEM BATER NA PORTA??? — A platinada gritou, fazendo com que o homem gargalhasse. Rhaenyra correu de volta ao seus aposentos e enrolou seu corpo em um lençol, já que sua roupa estava transparente. — Pelos deuses, que porra você é?
— O causador dessa tempestade que deixou a princesa, digo, Rainha nesse estado. — O homem fitava o corpo de Rhaenyra mesmo enrolado ao lençol, causando arrepios na mesma e uma sensação em seu ventre que a Targaryen conhecia bem.
Rhaenyra engoliu seco, sabia exatamente quem estava a sua frente, já havia feito sacrifícios em nome desse mesmo Deus antes das duas sementes traidoras reivindicarem Vermithor e AsaPrata, pedindo proteção aos mesmos por irem aos céus, o domínio desse Deus, lutar em seu nome. Ou era isso que ela pensava.
— Vermithor ou Deus dos céus e dos trovões. Bem, acredito que você deva conhecer um objeto chamado porta, mesmo sendo um Deus, acredito que saiba que não se entra nos aposentos de uma mulher sem antes bater. — O comentário da Targaryen era ácido, a mesma olhava meticulosamente ao Deus em sua frente, o olhar atento de Rhaenyra ficou estagnado nas cicatrizes nos braços de Vermithor, a mulher se perguntava onde o homem teria conseguido aquelas cicatrizes, já que acreditava que os Deuses viviam em paz entre eles.
— Essas cicatrizes foram causadas por Caraxes e por Balerion, se é isso que você quer saber já que não consegue tirar os olhos delas. Temos uma relação.. como posso dizer? Complicada. — O comentário do homem fez Rhaenyra corar e desviar o olhar de suas cicatrizes, a Targaryen olhava para suas mãos e mexia em seus dedos sem seus típicos anéis, procurando uma forma de aliviar a ansiedade. — Não precisa manter essa postura reativa em minha frente, eu precisava vir ver pessoalmente a mulher que causou a discórdia entre meus irmãos. E devo admitir, que você faz jus aos comentários sobre sua beleza. Peço desculpas por não ter tido o mínimo de educação e ter entrado dessa forma rude em seus aposentos. — O Deus virou as costas para a mulher em sua frente pronto para ir embora, porém ao sentir duas mãos geladas em seus braços, se virou de frente para Rhaenyra novamente.
